O dono do morro e a Patricinha || 2°Temporada

• capitulo 40 •

Sabrina narrando.

Calcei meu chinelo e fui correndo pro banheiro vomitar mais uma vez, eu não aguentava mais.

— Tá tudo bem tata? - Hugo perguntou entrando no banheiro.

Me levantei dando descarga e indo lavar minha boca, eu sabia que não dava pra guardar pra mim por muito tempo.

— Tá sim, vamos logo. - Falei saindo do banheiro.

Guiei pra sala aonde minha mãe nos esperava. Hoje ia ter churrasco na casa da minha madrinha, que no caso era Maria. Eu estava tremendo, sabe quando você sabe que algo tá pra acontecer? Pois então, eu sentia isso.

Um uber veio nos buscar pra ir na Rocinha.

*****

Tava maior pagode rolando lá, eu não estava conseguindo comer linguiça, nem senti o cheiro, aquilo estava me dando ânsia.

— Tu tá pálida... - Henrique disse disfarçando enquanto pegava o copo no chão.

— Eu não to muito bem.. - Falei passando a mão na barriga.

Carioca chegou com as linguiças novamente e aquele cheiro foi o basta, eu corri pra dentro da casa indo atrás do banheiro, aquilo só faltava sair pela minha boca. Subi as escadas correndo e quando vi a porta aberta corri me esvaziar, eu não parava de vomitar. Senti segurarem meu cabelo e continuei soltando tudo oque tinha no meu estômago. Me levantei olhando pra trás e vi Maria Victoria.

— Era disso que você precisava me falar? - Maria Victoria me perguntou fechando a porta.

Limpei minha boca e assenti me abaixando no chão segurando minhas lágrimas.

— Eu to grávida, minha mãe vai me matar Ma... - Falei sentindo minhas lágrimas caírem.

Maria Victoria se abaixou do meu lado e me abraçou bem forte.

— Sabrina, sua mãe não vai te matar. Pode ser que ela surte por conta de você ser nova e ter um futuro pela frente, mas jamais ela vai querer seu mal meu amor. - Maria Victoria disse se afastando e me olhando. - Quem é o pai da criança? - Ela perguntou.

Foi ai que comecei a tremer, eu comecei a chorar mais ainda, começaram bater na porta e eu ouvi a voz da minha mãe com Henrique.

— Abre aqui coroa. - Henrique falou batendo na porta.

Maria Victoria olhou pra mim e fez uma cara de pasma, parecia que ela tava ligando todos os pontos, ela começou a se levantar devagar e eu comecei a chorar mais ainda, ela abriu a porta e Henrique entrou me abraçando.

— Minha filha oque tá acontecendo??? - Teresa perguntou desesperada se ajoelhando até ela.

Olhei pra Henrique e ele me levantou pegando na minha mão, minha mãe ficou nos olhando sem entender e Maria Victoria foi puxando ela pra fora, fomos saindo até aonde estava o churrasco e quando saimos todos nos olharam.

— Tá tranquilo ae Sabrina? - Jorginho perguntou me encarando desconfiado.

— A gente precisa falar com todos vocês. - Henrique falou alto.

Bruno ficou encarando a todo momento sério e logo foi abaixar o som, eu estava nada bem, eu estava bem nervosa.

— Sabrina tá grávida! - Henrique disse de uma vez.

Senti um frio na minha barriga, minha mãe me olhou sem acreditar, bem indignada.

— Quem é o mané Sabrina? - meu pai Guilherme perguntou bebericando a cerveja.

Eu apontei pro Henrique, e Bruno deixou a latinha da cerveja cair no chão.

— O caralho falei pra usar camisinha. - Bruno disse passando a mão no rosto.

Minha mãe saiu dali e tia Maria Victoria foi atrás. Senti mais uma vez meu rosto molhar, eu não acreditava ainda que eu estava grávida.

— Sabrina, tu é nova pequena, mas to aqui, qualquer papo to aqui, sou teu pai. To ligado que fiquei mo cota sumido, mas saiba que amo tu e o que tu precisar cê sabe aonde moro. - Meu pai falou me abraçando.

Bruno veio todo sem jeito com as mãos nos bolsos, pegou a cadeira e chamou o Henrique com o olhar, ele sentou e Henrique sentou no chão.

— Tu sabe que vai assumir né?! - Bruno falou encarando Henrique.

— Sei sim pai, eu vou assumir todas as minhas responsabilidade. - Henrique disse enquanto não parava de balançar o pé.

— Pô nora, tu sabe que qualquer idéia que cê precisar da um toque, Tamo aqui pra qualquer papo. - Bruno disse beijando minha testa. - Cuida do meu neto em, se não esfolo vocês dois. - Bruno disse rindo num tom de brincadeira.

— Relaxa coroa. - Henrique disse. - Pai deixa eu pergunta, pode meter grávida nela mermo? - Henrique perguntou na maior inocência e eu meti um tapa nele.

•aperta na estrelinha•