70 - BÔNUS

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Maria Victoria

6 meses depois...

Senti Bruno gozar e acabei tendo meu orgasmo, me deitei no peito dele e ele me olhou.

— Ano novo já já... - Bruno disse rouco.

— Pois é, mais um ano novo juntos em. - Falei sorrindo.

— Quero mais cem ano novo contigo mulher, e quando a gente morrer a gente passa pra eternidade. - Bruno disse sorrindo.

Sorri e olhei o horário vendo que já era nove horas, me levantei indo pro banheiro tomar banho e Bruno veio junto. Tomamos banho com uma mão ali a outra aqui, uma boca aqui.

Saimos do banho e fui escolher minha roupa, escolhi um shorts branco, com uma blusa vermelha com um decote e uma anabella. Sequei meu cabelo e pranchei ele, me maquiei e passei perfume, creme, desodorante e blá...

Vi Bruno me esperar sentado na poltrona todo arrumadinho.

Fui até ele e ele me encarou.

— Tu tá mais gatona do que é, ô sorte, obrigadão Deus. - Bruno disse olhando pro teto.

Ri e ele veio me abraçando e fomos descendo pra sala, vi Caroline com aquele barrigão abraçada de Tubarão.

Benjamin estava sentadinho no sofá olhando a tv, já Aurora e João já tinham começado a andar, não paravam um se quer minuto.

— Olha que bonitona. - Carol disse sorrindo me olhando.

— Você também tá, até porque é filha minha por mais que sua cara seja do seu pai. - Falei revirando os olhos.

— Bora então. - Bruno disse indo pegar João pra colocar no bebê conforto e depois Aurora.

Caroline e Tubarão foram se levantando e eu peguei Benjamin no colo. Fomos saindo e entramos no carro, coloquei os três na cadeirinha e Caroline foi com Tubarão de moto. Coloquei na rádio e estava tocando Patricinha de Olho Azul.

— Eu moro no morro, e lá na zona sul, sou negão e a patricinha é loira de olho azul. - Bruno cantou olhando pra mim que sorri pra ele.

— É a nossa música. - Falei rindo.

Ele pegou minha mão e beijou me encarando.

****

Tava um jantar na casa de Guilherme e Teresa. A gente tava todos na sala assistindo os povo na praia esperando dar a virada.

— Tá pronto a comida gente. - Teresa disse chamando a gente.

Fomos e vimos aquela mesona cheia de comida, Caroline foi a primeira a ir pegando um prato e fazendo. Bruno parecia que não comia a tempos, fez um prato que me alimentaria por uma semana, e ainda por cima encheu a comida com uva passas.

Fiz meu prato e começamos a ver os povos falando o que esperava no outro ano e aquelas coisas de ano novo.

— Nunca vou entender a idéia de se arrumar pra ficar na sala. - Henrique disse bufando.

— E tu ta arrumado por acaso? Tu tá ai de chinelão pivete, nóis passa da melhor forma. - Bruno disse negando com a cabeça.

— Pra que tênis? Vou fazer corrida silvestre por acaso? - Henrique disse e Bruno virou a cara olhando pra ele sério.

Henrique sumiu indo pra cozinha e logo voltou com o prato mais cheio do que já estava.

— Meu Deus gente, desse jeito vão achar que não faço comida em casa. - Falei olhando eles comerem.

— Fez almoço, mas olha a hora que é. - Henrique disse.

Ficamos assistindo mais um pouco e depois quando estava faltando cinco pra meia noite saímos no quintal, Guilherme colocou uma musiquinha baixa, que era um samba e ficamos ali abraçados falando coisas a lento dias como...

— Que esse ano que entre não venha morar nenhuma vagabunda aqui. - Teresa disse bufando.

— Que esse ano meu pivete venha com saúde, e depois paro de cria. - Jorginho disse.

— Que esse ano minha mulher fique prenha de quadrigêmeos. - Bruno disse e todos riram.

— Que esse ano Bruno opere pra não termos mais pois já está muito bom com os que tenho. - Falei rindo.

Fechei meus olhos e senti uma sensação tão boa, senti que eu estava preenchida, com as melhores pessoas ao meu lado, com quem eu amo.

— Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um... - Eles contaram juntos alto.

Foi ai que os fogos foram lançados, mais um feliz ano novo, mais um ano se recomeça, mais 365 novas oportunidades pra fazer diferente, ou pelo menos tentar né já que acaba não rolando.

— Feliz ano novo minha mulher. - Bruno disse me agarrando e me lascando um beijão.

— Eu te amo pra sempre dono do morro. - Falei sorrindo.

Ele me encarou sério mais logo soltou um sorriso.

— Amo tu também patricinha. - Bruno disse me dando um selinho.

Nos afastamos e fomos abraçar os outros, fui até Caroline e quando abracei senti algo tão bom.

— Mãe... - Ela disse me olhando assustada.

— Oque foi Caroline? - Perguntei assustada.

— O Ryan vai nascer. - Ela disse vendo a roupa dela toda molhada da bolsa que havia estourado.

— O RYAN VAI NASCER. - Jorginho berrou alto desesperado. - Ai mano vou ligar pro Samu. Ai caralho, Samu não entra aqui se não da b.o pra nois. - Jorginho disse correndo de um lado pro outro.

Eu ri e tive ainda mais a certeza que eu sempre tive que era aqui o meu eterno lugar, perto deles.

• aperta na estrelinha •

F i m




O dono do morro e a Patricinha || 2°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora