Capítulo 72

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Sempre pensei que a vida tinha um ciclo intenso, onde as pessoas lutam por cada momento, tornando lhe vitorioso ou especial.

Dizem que a morte é a parte vitoriosa da pessoa, depois de tantas lutas e sofrimento, ela possa desfrutar da paz eterna.
Mas a dor, é algo difícil de lidar, uma coisa que faz te quebrar por inteiro.
Eu estava sentido isso, demonstrar fraqueza nunca foi meu forte.

Mas o que eu podia fazer?

Nada.

....

Ver um monte de pessoas entrando na igreja, fazia meu estomago revirar. Me sentia culpada por tudo.

-Filha? - Disse meu pai tirando minha atenção. Viro meu rosto e ele me analisa com preocupação.

-Pai. -Responde com serenidade. Sinto sua mão toca na minha, ela estava um pouco fria, pelo ar condicionado.

-Você tem certeza que quer... Está disposta a fazer isso? Se quiser podemos ir pra casa, se não estiver sentido bem. -Ele diz com preocupação.

-Não, eu tô bem... -Respiro fundo e olho para entrada da igreja novamente. -Eu preciso fazer isso. -Completei, dando um sorriso forçado.

Ele assentiu, soltou a minha mão, e saímos do carro, ele me abraça de lado até adentrar no local.

Vendo pessoas tristes e chorando, me deixou um pouco para baixo. Acho que a culpa estava fazendo isso.

A visto Rebekah, irmã de Silios conversado com uma pessoa perto do caixão. Logo quando me viu, venho me cumprimentar.

-Elizabeth. -Ela diz serena, dando-me um abraço caloroso. -Que bom que está aqui. -Disse ao se afastar, seus olhos azuis estavam vermelhos, seu rosto inchado. Quem a conhecesse não reconheceria.

-Como você está? -Pergunto analisando seu rosto sereno.

-Nada bem. -Respondeu dando um suspiro.

-Não está sendo fácil para ninguém. -Digo desviado meu olhar para caixão.

-Em tempos assim temos que nos manter fortes. -Ela indagou dando pequeno aperto na minha mão. - Mais estou feliz, que esteja aqui. Silios à amava muito. - Suspirou dando um sorriso leve.

Se ela soubesse a verdade, me odiaria pra sempre.

Respiro fundo e assente trêmula.

-Eu também. - Responde engolindo em seco. Tento controlar a sensação de chorar, que não está sendo fácil.

-Bom, eu preciso cumprimentar as outras pessoas. Mais tarde nos falamos. - Disse Rebekah, ao se afastar observo o caixão a poucos metros. Não hesito em me aproximar.

O objeto estava cercado de acessórios e símbolos da SHIELD. Onde fez questão de fazer uma cerimônia digna de um fundador.

Ao ver o rosto pálido dele, mas fez meu corpo tremer dos pés à cabeça, e meu coração errar algumas batidas.

Fecho meus olhos por um momento, tento enganar a minha própria mente, de que ele não está morto.

-Sinto muito. -Ouço a voz da pessoa que um dia foi minha amiga. Tão cautelosa que nem senti a sua presença.

-Eu não preciso do seu consolo. - Digo séria ao abrir os olhos. Depois que Nick me recrutou em Dublin, eu pensei muito e percebi o quanto uma missão faz com uma pessoa, até trair.

-Não vamos fingir que ainda somos amigas, porque não somos. -Exclamei a encarado, ela me olha incrédula. Volto meu olhar para morto à minha frente.

A Filha Do StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora