Epílogo

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Em toda minha vida nunca me senti tão vulnerável, mesmo afastado aqueles que mais amo, o medo de perder tudo é única coisa que me reprimi.

Mesmo me alto mutilando não surgia efeito. Parecia que meu organismo precisava de mais... Muito mais do que meu próprio sangue.

O sangue daqueles que me fizeram sofrer... Os que derramaram sangue da minha família. Se eu dissesse para alguém, ou até mesmo meu pai, diriam que estou ficando louca, ou delirando por causa do luto. Mas não.

Estou vendo tudo com clareza. E sei que isso pode custar a minha vida... Mas e daí.

Eu estava cansada, destruída. Queria descontar minha raiva em qualquer coisa. Por isso, faço um furacão dentro do quarto, destruindo tudo onde passo.

"Você é especial"

O que adianta ter super poderes, se não pode salvar quem você ama.

"O preço da liberdade custa caro, e sei que esta disposta a pagar."

Se for necessário sim, pagarei o preço de cada ato.

Com tanto odeio, sem pensar pego um objeto e lanço contra o espelho, pondo toda força que me restava, deixando ele em pedaços.

Meu corpo estava trêmulo, ao ver no pedaço do espelho e não me reconhecê mas. A única que via era uma pessoa desesperada, esperando uma resposta para solucionar seus problemas.

"Por favor pensa. Somente uma pessoa poderia ser capaz de fazer isso"

Por instante, pela primeira vez paro e penso sobre o que Brian disse.

Sim, só tem uma pessoa que possa ter capacidade de fazer tamanha barbaridade... Como também só existe uma pessoa que possa descobrir isso. Enquanto estou aqui chorando, pessoas estão morrendo pela mesma pessoa que está me fazendo sofrer, e vou fazer com que isso não aconteça mais.

[...]

Outono em Boston é encantado para quem visita pela primeira vez. Em parque central, aonde pessoas vão para admirar a beleza exuberante, mas para alguém que não está ligado a mínima para isso, que só está a serviço.

A visto meu informante sentado no banco e olhando ao redor do parque. Caminho em sua direção normalmente, e sento ao seu lado.

-Senhor Clark. - Cumprimento ele formalmente.

-Senhorita Stark. - Retribui me encarado. - Eu soube que aconteceu. Sinto muito. - Respiro fundo e digo:

-Não quero falar sobre isso. Trouxe o que pedi?

-Sim. - Respondeu Range, ele me estendeu um envelope branco, e pego sem hesitar. Respiro profundamente e abro. - Parece que voltamos na estaca zero. - Suspirou.

Meu coração erra uma batida, ao ver quem era, já não esperar. Uma lembrança antiga, passa pela minha cabeça, quando o vi pela primeira vez. Tinha que 15 anos quando fui enviada para matar lo. Soldado Invernal. Parece que passado voltou para me atormentar. Quatro anos que estou atrás desse homem, tive chances de matar lo e perdi, mas agora não vou deixar passar.

Cerro os punhos, amassado o papel da minhas mãos.

-O que vai fazer? - Perguntou Range se inclinado para frente e me encarado fixamente.

Um minuto de silêncio se propagou naquele momento. Ergo minha cabeça e digo com firmeza.

-Matar lo seria muito fácil. Eu vou despeça lo, ele sofrer por ter entrado no meu caminho.

CONTINUATION

A Filha Do StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora