Capítulo 27

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Fizeram um jantar para elas, bem leve e gostoso. Tudo no meio de muitas brincadeiras e risadas. Depois arrumaram tudo, lavaram a louça e foram se sentar em um divã do lado de fora, e tomar uma taça de vinho.

- Pequena, sei que pra você falar de certos assuntos é difícil, mas gostaria de saber da sua história, do que aconteceu com sua família. Quero poder ficar mais por dentro de tudo o que vem acontecendo com você. – pede Priscilla com cautela.

Natalie fica calada com o olhar distante. Mas, por incrível que pareça, ela está bem, pois sabe que seu amor está ali ao seu lado, e que nada pode destruir esse amor.

- Eu era pequena, adorava brincar nos jardins, meu pai me pegava e me rodava, era tão bom. Minha mãe sempre nos acompanhando nas brincadeiras. Éramos muito felizes. A fama do meu pai como juiz foi crescendo cada vez mais. Com isso ele atraiu a ira de muitas pessoas importantes também pra cima dele. Eu saia sempre com alguém junto, pra ir à escola, ou pra ir ao shopping. Vivíamos com medo o tempo todo. Já estava na adolescência, terminando o ensino médio, meu pai resolveu se afastar enfim do trabalho. As coisas estavam bem tensas. Pretendíamos fazer uma viagem, já estava tudo pronto no carro. Meus pais estavam felizes, tudo estava bem, até que ao sairmos e pegarmos a rodovia, meu pai percebeu que tinha um carro nos seguindo. Ele acelerou para poder fugir, mas o carro começou a se aproximar em alta velocidade, e começou a tocar na traseira do nosso carro, meu pai mandou eu me deitar no meio dos bancos, e não sair por nada. Só senti quando houve uma pancada mais forte, e i nosso carro saiu da pista, vindo a capotar várias vezes. – nessa hora Natalie começa a chorar, e Priscilla a abraça enxugando suas lágrimas com carinho.

- Eu olhei e vi meus pais totalmente machucados, com muito sangue. Ele ainda olhou pra mim, e me pediu pra fechar os olhos e não abrir por nada. Eu só escutei os tiros, e o homem foi em minha direção, mas eu não me mexia, estava com um corte na cabeça, e tinha um carro se aproximando, ele antes de ir se voltou pra mim, eu abri os olhos e ele me disse: "a sua hora chegará, não foi dessa vez." Ele saiu correndo até o carro dele e fugiu em alta velocidade. As pessoas pararam e chamaram socorro. Eu fui levada para o hospital, e fiquei por dois dias em observação, até poder ser liberada. Fui criada por um tutor, até poder atingir a maioridade e poder cuidar dos meus bens, que meus pais haviam me deixado. Estudei fora, me formei, e aqui estou, juíza, assim como meu pai. Essa é a minha história. – diz Natalie com uma grande tristeza no olhar.

- Me desculpe meu amor, não queria ter feito você se lembrar disso, mas eu precisava saber pra poder te ajudar. Eu vou estar sempre com você, não vou deixar nada de mal te acontecer. Confia em mim pequena. Não quero ver você triste, te amo tanto, você é a luz que faltava em minha vida. Vamos achar quem está por trás disso tudo, eu prometo. – Fala Priscilla a olhando nos olhos, e em seguida lhe dá selinhos por todo seu rosto.

Depois da conversa que tiveram, o assunto morreu, ficaram ali curtindo o barulho da natureza por mais algum tempo, e então se recolheram, estavam cansadas, decidiram dormir para poderem aproveitar o dia de amanhã.

Priscilla se deitou e Natalie se aconchegou a ela, assim com Priscilla lhe fazendo um cafuné gostoso, Natalie adormeceu, e Priscilla logo depois também veio a adormecer com sua amada em seus braços.




obs.: Meus amigos me contém se estão curtindo a história. Estou demorando mais pra 

           postar, pois estou na faculdade de manhã e depois trabalho até as 23 horas. Mas continuarei a postar. Só tenham paciência comigo, to me adaptando a esse universo novo.

Obrigada a todos pela compreensão.

Natiese - Na trilha da justiça - por Maria Cristina VivancoOnde histórias criam vida. Descubra agora