Como foi ferida em serviço, Priscilla ficou uns dias em casa, para que seu braço cicatrizasse e não corresse risco de infecção. Natalie queria poder ficar com ela o tempo todo, mas tinha audiências, e não poderia adiar. Priscilla ficou em casa quieta apenas dois dias, depois começou a acompanhar Natalie no fórum, não queria dar espaço para o azar, vai que alguém tentasse algo contra ela nesse período.
Enquanto Priscilla esperava por Natalie, viu um garotinho sentado encolhido num canto do banco onde aguardava.
- Oi, tudo bem com você? Meu nome é Priscilla e o seu? – pergunta Priscilla.
O garotinho a olha assustado, e se encolhe mais ainda no banco.
- Ei, não precisa ter medo de mim, eu sou da polícia. Tá tudo bem. – diz Priscilla.
- Eu me chamo Vitor, você é mesmo da polícia? Veio pra me prender então? – pergunta Vitor.
- O que você fez pra ser preso Vitor? É algo grave? – pergunta Priscilla interessada.
- Meu pai disse que matei a minha mãe, e por isso serei preso se não me comportar. Mas eu não a conheci, só sei que ela morreu por eu ter nascido. – diz Vitor triste.
Priscilla não acredita no que acaba de ouvir. Como um pai pode acusar uma criança de ter matado a mãe.
- Vitor vou te explicar uma coisa. Eu não vim te prender. E também você não matou a sua mãe. Algo deu errado quando ela foi ter você, e por complicações ela acabou não resistindo. Então você não é o responsável, ok. – fala Priscilla.
- Ok, tia Priscilla. Você é muito legal, queria ter uma mãe assim como você. – diz Vitor.
Priscilla fica emocionada com as palavras de Vitor. Ela o abraça e segue para a sala de Natalie.
Natalie está em sua sala, olhando alguns papéis, quando Priscilla entra.
- E aí pequena, como foi a sua audiência? – pergunta Priscilla lhe dando um selinho rápido.
- Amor não foi fácil, mas acho que podemos dizer que nesse caso foi o melhor. A briga é pela guarda de um garotinho. A tia requereu a guarda, pois o pai judia do menino, e o culpa pela morte da esposa, pois ela morreu no parto ao dar à luz ao pequeno. Depois de muita luta, hoje a tia conseguiu a guarda, e eu espero que esse pequeno seja feliz agora com seu novo lar. – diz Natalie.
- Que bom pequena, acho que isso será muito bom. E por incrível que pareça eu conheci esse garotinho. Que tal darmos uma espiada no corredor para podermos ver a reação dele? – fala Priscilla.
Elas então saem para o corredor, e se dirigem até onde Priscilla havia encontrado Vitor. Nessa hora é dada a notícia para o garoto, que ao saber que ficará com a tia de agora em diante, abre um enorme sorriso e a abraça com muita euforia. É tão bom ver a felicidade estampada no rosto daquele menino, e que de agora pra frente isso seja constante.
Assim o dia termina para Natalie, mais um trabalho cumprido. Agora era só ir para casa e curtir a noite com sua esposa. Claro que ela estava de repouso ainda, mas tem um fogo que vou te falar, não dá sossego. Mesmo com dor não tem como a parar. Pelo menos esses dois dias Natalie conseguiu a fazer ficar quieta. Mas hoje tá muito difícil, as caricias já começam no carro, no caminho pra casa.
- Priscilla, você está de repouso, não pode inflamar esses pontos, e o médico pediu pra você não fazer esforço e se comportar. – diz Natalie.
- Eu sei pequena, mas é difícil de me conter, tendo uma mulher tão linda e gostosa assim ao meu lado. – diz Priscilla.
Foi difícil de segurar a onda de sua namorada, mas com muito auto controle, Natalie conseguiu que os pontos secassem sem nenhuma infecção e sem arrebentar nenhum ponto. O médico elogiou Priscilla, e Natalie deu um sorrisinho discreto, olhando pra ela.
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Natiese - Na trilha da justiça - por Maria Cristina Vivanco
FanfictionUma juíza, um passado. Uma policial que é apaixonada pela justiça. Os caminhos delas se cruzam. Natalie Smith ficou famosa após várias prisões de pessoas importantes. Priscilla Pugliese uma policial que luta sempre para que a justiça seja feita. O a...