Capítulo 42: A dor dor dois

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Quando ela sentiu aquele braço forte a segurar pela cintura, o álcool misturado com a saudade que estava dele, fez toda a razão desaparecer. Ele a levou para um depósito, no começo ela ensaiou uma resistência que não durou por muito tempo. Logo ela estava entregue a ele, de corpo e alma! Ele a sugava com tanto tesão! Como ela sentia falta daquele homem, da sua sua atitude na cama, do sexo ardente que os dois faziam. Esqueceu de tudo e de todos, talvez a culpa fosse do álcool, ou simplesmente da terrível saudade que ela tinha dele. Que se lasque o mundo, eu quero você John! Era só isso que ela conseguia pensar. E se amaram, não por quanto tempo queriam, mas pelo tempo que dava!

Como ela gozou gostoso inúmeras vezes, soltou todo seu desejo reprimido por meses! Ao cavalgar nele, como ele era grande e gostoso, ela se sentiu saciada. Agora sim se sentia uma mulher bem fodida! Quando acabaram todo o corpo dela tremia de desejo, ainda podia sentir as pernas bambas. John levantou-se e jogou várias cédulas em cima dela, no começo, ela não sabia se pelo álcool e porque simplesmente ela não queria acreditar que ele estava a chamando de prostituta.

Ela ficou estática olhando para ele, aqueles olhos que há alguns minutos atrás ardiam de prazer, agora estavam escuros de ódio. Ele abriu a porta, saiu e fechou deixando-a jogada, nua e humilhada. Ela colocou as mãos no rosto e chorou, chorou muito!

- Idiota! Burra! Vc é uma completa idiota Mariane Cavalcante! Soluçava de de dor e desgosto.

Se deu conta que estava nua e a qualquer momento alguém poderia entrar, levantou e trancou a porta. Procurou a calcinha e não achou! Vestiu o vestido, tentou arrumar os cabelos que estavam desalinhados devido à intensidade do sexo, começou a chorar novamente.

- Desgraçado vc me paga!

Abriu a porta devagar, não viu movimento e saiu, procurando desesperadamente a porta de emergência, para sair sem ser vista.

#John

Saí daquele depósito destruído moralmente. Por que eu tinha feito isso com ela? A mistura de amor e ódio invadiam meu coração. Eu acredito que estava doendo mais em mim do que nela, fui para fora do salão respirar. Puta que pariu fiz merda! Um misto de arrependimento dominou meu ser, voltei em disparada atrás dela, mas fui contido pelo meu segurança.

- Ela já se foi senhor!

- Vcs são uns merdas! Não dão conta de reparar uma mulher! Vcs deixaram ela fugir duas vezes! - John estava completamente fora de si.

- Calma senhor! Estamos em um local público, sua esposa está lá dentro, controle-se! Vamos para o carro!

- Foda-se o mundo! Eu quero é ela! E eu fiz uma cagada muito grande! Eu preciso consertar!

O segurança me pegou pelo braço e me levou para o carro. Eu estava descontrolado, algo me sufocava, tentei sair mas fui impedido.

- Senhor ela foi embora, pense um pouco na sua esposa, ela ficará envergonhada ao ver o senhor nesse estado por outra mulher!

Ele tinha razão! A vida dele estava tão desarrumada. Ele não conseguia viver sem ela, ele se sentia homem, vivo, ardente e pulsante ao lado dela.

- Digam para minha esposa que eu tive que ir embora! Mas não deixem que ela vá atrás de mim! Chega de merda por hoje!

No caminho de volta para casa eu não conseguia parar de pensar nela, meu corpo ainda estava com o cheiro dela. Isso não pode ser paixão, muito menos amor, só pode ser uma doença! E provavelmente ela não tinha cura pois pelo tempo já era para ele ter sido curado.

Estou muito bêbado! Eu preciso pensar com calma! Parece que o efeito da bebida misturado com as emoções tinham chegado com tudo. Chegaram ao apartamento e Michel, seu motorista abriu a porta para ele, fazia muitos anos que Michel trabalhava pra ele, era um senhor de meia idade,senti uma necessidade de abraçar alguém conhecido, abracei Michel e chorei no seu ombro, provavelmente iria me arrepender depois, mas era o que o meu maldito coração pedia naquele momento.

Michel me abraçou, e deixou eu desabafar. Eu o soltei e olhei nos olhos dele:

- Agora eu a perdi Michel! Para sempre!

- Calma senhor! Ela também o ama, dá para ver no rosto dela. Não deixe que o seu orgulho a afaste dela. Comece fazendo a coisa certa. Não espere que esse amor acabe do dia para noite que ele não vai acabar. - Ele falou com o olhar sereno de quem entendia muito sobre a vida.

- Agora você me ajudou muito! Falei com desdém!

- Não deixe a vida transformá-lo em uma pessoa amargurada. Ou se ama ou se tem orgulho, os dois juntos não dá certo! Alguém vai sair machucado.

- Eu não sei o que fazer! Eu não sei! Ela fodeu com a minha vida! Eu não consigo nem comer minha mulher direito sem pensar nela! - confidenciou John.

- O amor tem razões que a própria razão desconhece! A senhorita Ane é uma mulher linda e exuberante! Eu nunca vi o senhor tão feliz como era quando estava com ela.

- Ela é uma maldita desgraçada! Isso que ela é! Eu a odeio! E ao mesmo tempo eu amo! Eu estou louco pra ir naquele apartamento daquele babaca do noivo dela e arrancá-la de lá. - John começava a apresentar desespero motivado pela bebida.

- O senhor não fará isso! Entre, tome um banho e vai dormir! Amanhã o senhor estará melhor!

Deixei ele sair e fui direto para o bar, me servi de mais uísque e fiquei lembrando dos nossos momentos, e não foram poucos! Senti meu bolso alto e percebi que tinha guardado a calcinha dela. Olhei aquela minúscula calcinha e cheirei, como ela era cheirosa e gostosa, ainda estava melada, pois eu tinha a deixado muito excitada antes de tirá-la.

Num ataque de fúria joguei meu copo na parede que espatifou por toda a sala.

- Eu te odeio! Eu te odeio Ane!

#Ane

Consegui pegar um táxi em frente ao salão e fui para o apartamento de Paul! Me sentia suja! Talvez John tivesse razão, eu não passava de uma prostituta arrotando santidade! Ela é noiva de Paul, e enquanto seu noivo estava lá, babando aqueles malditos empresários, ela estava lá no depósito transando desesperadamente com seu ex!

O que ela tinha feito não era nada bonito. Provavelmente a esposa dele também estava lá. Esperando seu marido infiel foder com força e gostoso a ex-namorada! Caramba! Por que ela insistia em amá-lo, mesmo odiando com todas as forças ela conseguia amá-lo mais que tudo.

Chegou ao apartamento e subiu direto para seu antigo quarto! Tinha mandado uma mensagem para o noivo dizendo que a bebida não tinha lhe feito bem e que ela estava indo embora. Ele respondeu que em breve estariam juntos.

Politicamente correto demais! Aff era um saco! Tirou a roupa e foi para o banheiro. Viu seu corpo vermelho e marcado dos carinhos de John, ela sentia muita falta de tudo isso! Entrou na banheira, mergulhou e deixou a água lavar suas lágrimas.

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