Capítulo 95

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Ane estava tremendo, não conseguia falar muita coisa. Paul estava agitado, nervoso e irritado.

- O que eu quero com vc? - Soltou uma risada debochada. - Em breve vc verá! Me de seu celular.

- Eeeeuu... não sei onde deixei... - Tentou mentir, mas foi em vão

- Deixa de ser dissimulada e pegue sua bolsa e me de seu celular! - Falou gritando.

Ela pegou a bolsa, retirou o celular que estava no compartimento de trás e entregou. Ele desligou o aparelho e deixou próximo dele.

- Pronto! Agora eu quero ver seu cão de guarda te localizar!

Eles andaram por muitos locais, ela não conseguia identificar onde estava, não sabia se era pelo nervosismo ou simplesmente por não saber realmente onde estava.

Entraram numa espécie de galpão, Paul desceu e ficou em pé na porta conversando com um homem, ela aproveitou o momento de distração dele e apertou o botão de ligar o celular. Após alguns segundos, o homem foi embora.

Ele deu a volta e a pegou pelo braço.

- Desce sua vagabunda. Agora vc e o seu maridinho vão me pagar tudo o que me fizeram.

Ele saiu a empurrando para dentro do galpão que era sujo e fétido. Ela travou e não conseguiu sair do lugar quando viu uma cama grande no meio do lugar. O que aquele lunático pensava em fazer?

- Entre! - Ele ordenava. Mas os pés dela não obedeciam. - Eu falei para entrar na porra do lugar agora!

Ela arregalou os os olhos, o coração estava disparado e ela sentiu um líquido quente descer entre suas pernas. A bolsa tinha estourado!

- Não acredito que essa maldita criança vai querer nascer agora antes que eu consiga fazer o que eu quero! -Ele esbravejava.

- Não chame minha filha de maldita seu desgraçado! - Ela gritou e foi atingida com um tapa muito forte no rosto, ela só não caiu porque ele a segurava pelo braço

Sentiu o rosto quente e dolorido com a intensidade do tapa. As lágrimas começaram a cair de ódio daquele sujeito tão desumano.

- Me deixa em paz! A minha filha está prestes a nascer, a minha bolsa estourou! Peça o dinheiro que vc quiser! John lhe dará mas nos deixe em paz!

- Eu não quero dinheiro! Hoje tudo vai se acabar aqui! Vcs irão me pagar por destruírem minha vida! Vc arruinou minha vida! - Ele gritava.

Ele continuou a andar, sempre a puxando como se fosse um estorvo, ao chegar próximo a cama ele a jogou com muita força. Ela sentiu uma contração forte e se retorceu.

- Você tem ideia o que a minha vida se transformou desde o dia em que vc entrou naquele apartamento? Me diga! - Ele gritava como um louco.

- Eu não sei! A única coisa que eu sei é que nos relacionamos e acabou, como tantos outros relacionamentos, mas vc simplesmente não conseguiu aceitar o fim! Desde então eu não tenho paz! - Ela respondeu e foi atingida por outro tapa que a fez cair com o impacto.

Ele a puxou pelos cabelos com muita força e a fez sentar novamente e olhava dentro dos olhos dela com muita fúria. Ela sentiu outra contração forte, deu um gemido e ele continuou puxando seus cabelos muito forte. Era muita dor!

- Não sua prostituta de quinta! Eu só me aproximei de vc porque seu pai me viu uma vez conversando com vc, e pensou que eu estava apaixonado por vc! Nada o que eu fiz por vc foi porque eu era bonzinho! Eu estava cagando se o seu noivo doido queria te matar ou não! Mas quando seu pai me contou a história, eu vi a possibilidade de mudar de vida e te usei, fingindo de bom moço.

Como ele podia ter fingido por tanto tempo? Ele era realmente um psicopata.

- Consegui a diretoria da empresa porque seu pai me indicou ao cargo. Quando eu te trouxe para cá, ele ficou ainda mais grato e eu trabalhei muito até conseguir a vice presidência, no qual ele também me indicou!

- E por que vc quis tanto se envolver comigo? Já que o seu objetivo sempre foi dinheiro?- Ela falou baixo, entre dor e outra.

- Ora por quê? Vc é filha única! Seu pai tinha interesse em lhe assumir, lhe registrar, isso te tornaria a única herdeira legítima dele. O seu pai é muito rico! Vc não sabe de nada, além de trepar gostoso, quem iria assumir aquele império? - Ela o olhava espantada!- Isso mesmo! Eu! Eu ia ser dono de tudo aquilo! Mas vc e aquele playboy mimado destruíram meus planos!

- Vc ainda tinha um cargo alto Paul! Vc poderia seguir sua vida tranquilamente. Vc não precisava fazer tudo o que fez. Vc mesmo arruinou sua vida.

Ele continuava puxando os cabelos dela e agora apertava as suas bochechas com a outra mão.

- Poderia ter seguido adiante se eu não tivesse me apaixonado por vc! Desgraçada, vc arruina a vida de mundo que chega perto de vc! Tem noção o quanto eu sofri quando me deixou? - Seus olhos eram uma mistura de fúria e mágoa- Eu me entreguei para vc! Vc foi a única mulher a qual eu amei de verdade e o que vc fez? Me traiu com outro dentro de um banheiro como uma cachorra no cio! Eu não consigo esquecer isso! Eu estava disposto a criar esse filho! Mas vc enfeitiçou a todos daquela família. Eu não consigo viver no mundo que vc existe! Você tem noção o que aconteceu depois daquele maldito exame de DNA? - Ele gritava e ela sentiu outra contração, começou a se retorcer e ele continuou puxando seus cabelos e deu-lhe dois tapas na sua cara.

Ela não suportava a dor e a humilhação que ele a estava fazendo passar, ela sentia a filha querendo sair... A mãe dela sempre dizia que as mulheres da família costumavam ter partos rápidos assim que a bolsa de rompia, pelo visto com ela também seria assim.

- Toda dor e sofrimento para vc é pouco, quando aquele playboy desgraçado contou toda a história para seu pai, sabe o que ele fez comigo sua bastarda? - Ele puxava seus cabelos ainda com mais força. - Ele fez com que me demitissem! Acredita? Depois de tudo o que fiz por vc, ele simplesmente não reconheceu.

Ela sentiu outra contração, o prazer de Paul era vê-la sofrer, ele deu-lhe outra bofetada e ela já estava sentindo gosto de sangue na sua boca, ela sentiu que o seu rosto estava inchado, devido às intensidades das bofetadas. Ela sentiu suas forças sumirem do seu corpo... mas foi despertada por outra contração .

- Ahhhh! - Ela gritou.

- Vc não vai desmaiar! Vc quer saber meu plano? - Ele a indagou.

- E porque vc diria a mim? - Falei ofegante.

- Direi tudo, detalhe por detalhe, pois nenhuma das duas sairão vivas hoje daqui! - Ela sentiu o sangue gelar, ela precisava lutar, por ela e pela filha. Tudo o que elas tinham passados juntas merecia um final feliz.

- Desde que fui demitido, estudei cada passo de vcs! Mas tudo era fortemente organizado. Ele te prendeu em uma fortaleza, eu não podia entrar lá, era impossível! Então, eu estudei todos seguranças da família Roberts, sempre tem um que é mais ambicioso, precisa de dinheiro... e eu o encontrei. - Ele sorriu.- Esse lugar estava pronto há mais de um mês, esperando apenas o menor vacilo para lhe pegar. E eis que que princesa acorda disposta a fazer comprinhas sem o seu fiel "ção de guarda" , é muita sorte para mim. E azar para vc... - Ele pegou o revólver e começou a passar pelo meu rosto.

- Vc não vai sair viva daqui! Nem eu, nem vc e muito menos essa criança. - Ela arregalou os olhos. - Vc tinha que ter mais cuidado com a sua segurança, vc é uma mulher bilionária hoje! Vc põe em risco a sua segurança e a segurança da sua filha! Eu estarei fazendo-lhe um favor ao acabar com a sua vida! Vc iria ser uma péssima mãe!

Ele tinha razão! Por que ela tinha sido tão negligente ao sair hoje? Mesmo com todos pedindo para que ela não fosse. Mas seria perca de tempo, talvez seu destino realmente seria esse... morrer nas mãos desse louco, pois mais cedo ou mais tarde ela iria querer sair sozinha... e ele estaria pronto para atacá-la... Mas ela não podia deixar que ele fizesse mal a sua filha, à ela não!

- Deixe minha filha viver! Eu te imploro! - Ela falou em um fio de voz.

Ela já estava sentindo a cabeça da criança querendo sair... quando um tiro foi disparado ...

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