Capítulo 50:

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Ane tentou  fechar a porta na cara de John, mas com certeza não obteve sucesso, um homem enorme daqueles, sem contar que ela estava fraca.

- O que você quer aqui John? Quem te falou que eu morava aqui? - estava perplexa!

Ele não disse nada. Apenas a encarava com uma expressão que ela não sabia definir.

- Hoje é véspera de Natal! É dia de comemorar com a família. Acho que a sua esposa não gostará nada se vc chegar atrasado! - Só de lembrar que ele é casado doía o coração.

Ele continuava em silêncio!

- Porra! Diga logo o que quer e me deixa em paz! - Gritou sufocada de amor e raiva. Ela estava totalmente perdida desde ontem.

Ele entrou e fechou a porta atrás dele. Passou as mãos nos cabelos, como se procurasse por onde começar.

- Você tem alguma coisa para me dizer Ane? - Foi tudo que ele falou. Ela ficou pálida, lívida.

Não é possível que ele já sabia de alguma coisa.

- Não tenho nada para lhe dizer.-  Falei rápido.

- Tem certeza? - Ele me fitava intensamente e eu confirmei com a cabeça e desviei o olhar.

Ele caminhou até mim e me abraçou de modo que eu fixasse o olhar nele. Ele era tão lindo, que ela ficava toda derretida, mas ele tinha trocado de perfume... Não era aquele mesmo cheiro bom...

Largou dele e saiu correndo para o banheiro, abriu a tampa do vaso e vomitou todo o chocolate que tinha tomado.

Ele veio atrás e segurou seus cabelos.

- Me solte...

E outro jato de vômito! Se ele tivesse desconfiado que ela estava grávida, agora tinha certeza! Ela deu descarga. E virou-se e o viu tirando toda roupa.

Ela ficou parada, olhando, aquele loiro lindo que ela tanto amava, tirar a jaqueta, a blusa, desabotoou a calça e tirou junto com a cueca e mostrou aquele pau lindo, grande, grosso, duro... perfeito! Ela estava hipnotizada, quando seus olhares se encontraram, ele sorriu e ela desviou o olhar. Ele ligou o chuveiro e começou a tomar banho.

Caramba! Ele percebeu que ela sentiu enjoo do seu perfume! Ela começou a escovar os dentes, mas estava louca para olhar aquele um metro e noventa de homem lindo e gostoso tomando banho no seu banheiro.

Ela tinha que se livrar dele. Como?
Foi para a cozinha beber água e sentou-se à mesa, pensando numa mentira. Seria difícil ludibria-lo

Ele saiu enrolado na toalha, deixando o peito nu todo amostra, pela toalha dava para ver sua excitação. Ela desviou o olhar quando ele começou a mexer no cabelo, estava grande, sensualizando.

Ela estava se sentindo feia, mais magra e cansada...

Ele a puxou pelo braço, e a abraçou.

- Estou cheiroso agora?- Ficou encarando ela.

- Eu não disse que vc não estava cheirando. - Desviou o olhar.

Ele virou novamente seu rosto para que ela pudesse olhá-lo:

- Eu cheguei aqui disposto a te atacar, a brigar ... mas quando a vi tão abatida eu ...

Eles olhavam um para os lábios do outro e não resistiram, se beijaram. Ele estava barbudo... Ah! O que ela tinha dito a si mesma? Nada de se entregar à ele, ah que beijo bom, beijava em cima e acendia um fogo em baixo...

Com muito custo ela se livrou dele.

- Vai embora John! - Falou tentando recuperar o fôlego.

- Eu não irei Ane, até vc me falar a verdade. - Ele a olhava sério.

- Que verdade John? Vc é um homem casado, nem deveria estar aqui!

- Estou separado Ane, desde a noite da festa.

O coração dela deu um salto do peito de surpresa!

- Parece que aquela noite mudou o destino das nossas vidas. - Ela falou vagamente.

- Ane eu...

- Por que vc não volta para sua mulher e deixa eu seguir minha vida? Eu me afastei de você, porque essa é a minha decisão. - Bonito! Ao invés de convencê-lo, ela começou a chorar.

- Não enquanto você estiver carregando um filho meu! - Ele falou sério! Ela ficou sem graça e não conseguiu encara-lo.

- Esse filho não é seu John!

- E de quem é? Do palerma do seu noivo? Que não consegue apagar o fogo grande que vc tem? - Ele aumentou o tom de voz.

- Você acha que eu iria engravidar de vc em apenas uma noite? Logo eu? Uma prostituta como vc mesmo sugeriu? - Ela o olhava magoada.

Ela suspirou e olhou para ele e falou com todo o ressentimento que tinha:

- Talvez eu nem saiba quem é o pai dessa criança não é mesmo?

- Ane...

- Vai embora! - Ela falou alto.

Ele se aproximou e tentou abraçá-la, mas ela resistiu.

- Eu sei que o filho é meu! E se vc continuar negando vai ter que fazer o exame de DNA durante a gestação, e não é legal para a criança. Ninguém consegue esconder um filho, eu quero esse filho, o nosso filho. - Ele falou de um jeito tão carinhoso.

Ela baixou a guarda, e deixou John se aproximar e afaga-la. Ela estava tão cansada, física e emocionalmente.

Ele tinha razão, um simples teste de gravidez confirmaria o que ela estava negando.

- Estou tão cansada John! - ela se sentia tão bem cuidada por ele. Aquele abraço sempre lhe dava conforto. Se sentia protegida e segura com ele.

Ele a pegou pelo colo, beijando seus cabelos e a levou para o quarto.

Deitou-se na cama com ela, e ela se encaixou no peito dele. Como sentia falta daquele corpo, daquele abraço.

- Vou deixar vc descansar um pouco! Só um pouco...

Ela sorriu, sabia o que ele tanto queria, era a mesma coisa que ela queria...

Era próximo as dez da noite, logo seria meia-noite e ela estava onde sempre quis estar, nos braços de seu amor...

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