Ane tentou fechar a porta na cara de John, mas com certeza não obteve sucesso, um homem enorme daqueles, sem contar que ela estava fraca.- O que você quer aqui John? Quem te falou que eu morava aqui? - estava perplexa!
Ele não disse nada. Apenas a encarava com uma expressão que ela não sabia definir.
- Hoje é véspera de Natal! É dia de comemorar com a família. Acho que a sua esposa não gostará nada se vc chegar atrasado! - Só de lembrar que ele é casado doía o coração.
Ele continuava em silêncio!
- Porra! Diga logo o que quer e me deixa em paz! - Gritou sufocada de amor e raiva. Ela estava totalmente perdida desde ontem.
Ele entrou e fechou a porta atrás dele. Passou as mãos nos cabelos, como se procurasse por onde começar.
- Você tem alguma coisa para me dizer Ane? - Foi tudo que ele falou. Ela ficou pálida, lívida.
Não é possível que ele já sabia de alguma coisa.
- Não tenho nada para lhe dizer.- Falei rápido.
- Tem certeza? - Ele me fitava intensamente e eu confirmei com a cabeça e desviei o olhar.
Ele caminhou até mim e me abraçou de modo que eu fixasse o olhar nele. Ele era tão lindo, que ela ficava toda derretida, mas ele tinha trocado de perfume... Não era aquele mesmo cheiro bom...
Largou dele e saiu correndo para o banheiro, abriu a tampa do vaso e vomitou todo o chocolate que tinha tomado.
Ele veio atrás e segurou seus cabelos.
- Me solte...
E outro jato de vômito! Se ele tivesse desconfiado que ela estava grávida, agora tinha certeza! Ela deu descarga. E virou-se e o viu tirando toda roupa.
Ela ficou parada, olhando, aquele loiro lindo que ela tanto amava, tirar a jaqueta, a blusa, desabotoou a calça e tirou junto com a cueca e mostrou aquele pau lindo, grande, grosso, duro... perfeito! Ela estava hipnotizada, quando seus olhares se encontraram, ele sorriu e ela desviou o olhar. Ele ligou o chuveiro e começou a tomar banho.
Caramba! Ele percebeu que ela sentiu enjoo do seu perfume! Ela começou a escovar os dentes, mas estava louca para olhar aquele um metro e noventa de homem lindo e gostoso tomando banho no seu banheiro.
Ela tinha que se livrar dele. Como?
Foi para a cozinha beber água e sentou-se à mesa, pensando numa mentira. Seria difícil ludibria-loEle saiu enrolado na toalha, deixando o peito nu todo amostra, pela toalha dava para ver sua excitação. Ela desviou o olhar quando ele começou a mexer no cabelo, estava grande, sensualizando.
Ela estava se sentindo feia, mais magra e cansada...
Ele a puxou pelo braço, e a abraçou.
- Estou cheiroso agora?- Ficou encarando ela.
- Eu não disse que vc não estava cheirando. - Desviou o olhar.
Ele virou novamente seu rosto para que ela pudesse olhá-lo:
- Eu cheguei aqui disposto a te atacar, a brigar ... mas quando a vi tão abatida eu ...
Eles olhavam um para os lábios do outro e não resistiram, se beijaram. Ele estava barbudo... Ah! O que ela tinha dito a si mesma? Nada de se entregar à ele, ah que beijo bom, beijava em cima e acendia um fogo em baixo...
Com muito custo ela se livrou dele.
- Vai embora John! - Falou tentando recuperar o fôlego.
- Eu não irei Ane, até vc me falar a verdade. - Ele a olhava sério.
- Que verdade John? Vc é um homem casado, nem deveria estar aqui!
- Estou separado Ane, desde a noite da festa.
O coração dela deu um salto do peito de surpresa!
- Parece que aquela noite mudou o destino das nossas vidas. - Ela falou vagamente.
- Ane eu...
- Por que vc não volta para sua mulher e deixa eu seguir minha vida? Eu me afastei de você, porque essa é a minha decisão. - Bonito! Ao invés de convencê-lo, ela começou a chorar.
- Não enquanto você estiver carregando um filho meu! - Ele falou sério! Ela ficou sem graça e não conseguiu encara-lo.
- Esse filho não é seu John!
- E de quem é? Do palerma do seu noivo? Que não consegue apagar o fogo grande que vc tem? - Ele aumentou o tom de voz.
- Você acha que eu iria engravidar de vc em apenas uma noite? Logo eu? Uma prostituta como vc mesmo sugeriu? - Ela o olhava magoada.
Ela suspirou e olhou para ele e falou com todo o ressentimento que tinha:
- Talvez eu nem saiba quem é o pai dessa criança não é mesmo?
- Ane...
- Vai embora! - Ela falou alto.
Ele se aproximou e tentou abraçá-la, mas ela resistiu.
- Eu sei que o filho é meu! E se vc continuar negando vai ter que fazer o exame de DNA durante a gestação, e não é legal para a criança. Ninguém consegue esconder um filho, eu quero esse filho, o nosso filho. - Ele falou de um jeito tão carinhoso.
Ela baixou a guarda, e deixou John se aproximar e afaga-la. Ela estava tão cansada, física e emocionalmente.
Ele tinha razão, um simples teste de gravidez confirmaria o que ela estava negando.
- Estou tão cansada John! - ela se sentia tão bem cuidada por ele. Aquele abraço sempre lhe dava conforto. Se sentia protegida e segura com ele.
Ele a pegou pelo colo, beijando seus cabelos e a levou para o quarto.
Deitou-se na cama com ela, e ela se encaixou no peito dele. Como sentia falta daquele corpo, daquele abraço.
- Vou deixar vc descansar um pouco! Só um pouco...
Ela sorriu, sabia o que ele tanto queria, era a mesma coisa que ela queria...
Era próximo as dez da noite, logo seria meia-noite e ela estava onde sempre quis estar, nos braços de seu amor...

VOCÊ ESTÁ LENDO
Desencontros da Paixão
RomanceMariane Cavalcante é uma jovem brasileira que fugiu do noivo, no qual tinha um relacionamento abusivo no Brasil. Em Nova York ela tenta recomeçar sua vida novamente. Numa boate ela conhece um homem que irá revirar sua vida ao avesso! Eles viverão um...