Capítulo 92

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Depois do episódio caótico que tive que passar na casa do pai, no outro dia voltamos para casa. Antes de embarcar, meu pai e a bruxa da minha madrasta foram no aeroporto se despedir.

Meu pai sempre gentil e carinhoso, me abraçou com muito amor:

- Venham mais vezes minha filha. Eu e Amélia ficaremos muito felizes em recebê-los na nossa casa.

Eu resolvi não deixar barato o que ela tinha feito, não ia deixar ela acabar o meu relacionamento com meu pai, que se mostrava tão carinhoso e atencioso comigo.

- Virei sim visita-lo, quero estabelecer um vínculo de amor com o senhor. Mas antes disso, converse com a sua esposa. Creio que ela tem muitas coisas para lhe dizer.

Todos me olharam e em seguida olharam para a outra mulher assustados. O pai engoliu em seco.

- Sim minha filha. Prometo que vc será tratada por todos da minha família como uma princesa. É uma promessa que lhe faço. - Ele lhe deu um abraço apertado.

Enquanto a mulher a olhava furiosa, como se quisesse esgana-la.

Eles embarcaram, John a acomodou na poltrona, afivelou o cinto de ambos. Quando o avião ganhou altura John a soltou do cinto e a colocou no colo. Ficou abraçado com ela por um tempo.

- O que Amélia falou para você? - Ele passou as mãos em seus cabelos, como ato de proteção.

Ane relatou tudo o que a madrasta falou, e tudo o que ela também falou. Ela sentiu os músculos de John se contraírem de raiva, mas também sentiu ele sorrir quando ela revidou nas respostas.

- Oh minha princesa! Bem que eu queria lhe acompanhar, se eu soubesse que vc ia passar por tudo isso! - Ele a abraçava tentando conforta-la.

- A pior parte foi o Henrico! Nossa! Ele nunca muda! Por que ele tem tanta obsessão por mim? Ele é doente!

- Ele nunca mais irá tocar um dedo em vc princesa!

John estava  abraçá-la com carinho, beijando-lhe a face.

- Por causa desse susto dicaremos em jejum! Vc acha isso justo?- Estava com os olhos cheio de desejo.

- Achar eu não acho, mas ninguém podia prever tanta confusão em um dia só, além do mais, tem uma bebê aqui que é enorme, igual o papai dela, que está grande demais. Daqui a alguns meses, ficará ainda mais difícil! - John acariciava todo bobo a barriga dela, dando-lhe beijinhos.

- Papai já ama tanto, mas... papai também precisa muitíssimo da mamãe. Fique guardadinha aí, até o dia que estiver preparada para vir ao mundo!

Era muito bom estar ao lado dele, e esperava que fosse assim por toda a vida...

*. *_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*

Passaram-se dois meses depois da festa de aniversário do seu pai. Ela estava dormindo, sonhando com a sua filhinha que estava prestes a nascer, faltava apenas um mês.

Ela sentiu devagar, a barriga dela estava imensa, era difícil até andar por muito tempo. Segurou na cabeceira da cama e levantou-se as costas lhe doíam muito. Foi caminhando lentamente até a janela do quarto. Ah o mar! Como ela amava o mar! Olhar para aquela imensidão era tranquilizante.

Hoje era o dia do casamento deles, por ela só se casariam depois do nascimento da filha, mas John era ansioso demais, quero muito que a filha chegasse ao mundo com eles casados.

Não custava nada realizar a vontade do seu amor. Pelo visto, ele tinha saído bem cedo, o relógio marcava nove horas da manhã, o café da manhã já estava posto na mesa. Após admirar a paisagem, ela foi até o banheiro fazer suas necessidades e tomar banho. Foi tomar café ainda de roupão. Enquanto saboreava a xícara de café, pensava em tudo que ia acontecer.

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