Somos cercados por mitos. Eu os persigo.
Muitas vezes em pensamento somente. Minha vida cotidiana não permite ir muito além.
Exceto de vez em quando. Nessas horas, sem muita explicação, a situação se torna favorável e me torno outra pessoa.
Andando por aí se vê cono o mundo está cheio de gente como eu que também persegue fantasmas. Uns chamam de sonhos, outros de revelações, outros de intuição.
Alguns fazem a Viagem do Herói, pela qual através do sofrimento se alcança uma experiência da fonte eterna, retornando com dons suficientemente poderosos para libertar uma sociedade.
Outros seguem o Caminho dos Poderes Animais, inspirados por sociedades de caça e coleta onde a natureza é vista como sendo infundida com um espírito ou presença divina.
Alguns preferem o Caminho da Terra Semeada, aquele das primeiras sociedades agrárias, que vêem a Terra como a Mãe.
Outros se embrenham pelo Caminho das Luzes Celestiais, baseado na observação das estrelas e seus padrões lógicos, influenciando as ações humanas e determinando uma eterna peça cósmica na Árvore da Vida.
Alguns seguem o Caminho do Homem, que deriva da mitologia medieval e traz em si o amor romântico e o nascimento do espírito moderno, com a experiência erótica pessoal em contraste com a definição puramente física dada a Eros no mundo antigo e o Ágape encontrado na religião cristã.
Não sei bem qual deles decidi agora trilhar; cabe a você leitor ou leitora classificar.
Vou chamá-lo de Graal. Ou de Ânima. Ou de Queda. Tanto faz.
Nele vou buscar o desconhecido feminino. Nele vou visitar algumas sombras. Nele vou procurar o que dizem não existir.
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Nas trilhas de Avalon
Non-FictionUm mergulho nas lendas arturianas e na tradição esotérica ocidental. Com Dion Fortune, Santo Antônio de Pádua, Aleister Crowley, Joan Wytte, Johann von Goethe, Hermann Hesse, Fernando Pessoa, Rowena Cade e Billy Howlins, William Butler Yeats, John...