O divino feminino atravessa gerações, cultos, templos e revelações.
A união entre as polaridades masculina e o feminina pode ser representada pelo Shiva Lingam, símbolo sagrado que liga o falo ao óvulo, gerando vida abundante. Há vários lingams criados pela natureza, como o sagrado Rio Narmada e a Montanha Arunachala na Índia, o Monte Kailas no Tibete. Estes são lugares especiais onde grande poder é gerado na forma de força vital que pode ser usada para transformação espiritual. Alguns aglomerados estelares são lingas cósmicas, caso das Plêiades, que geram imenso poder nos céus. A arquitetura do lingam pode ser encontrada entre os hindus, os yezidis, os babilônios e os celtas. Na Índia atribui-se ao poder lingam uma alquimia que ativa a força evolutiva interna da Kundalini e ajuda na união com a divindade. O rei Salomão, considerado um grande alquimista, projetou seu templo na forma de lingam unindo os princípios polares.
Na Inglaterra há dois grandes templos em forma de lingam: Stonehenge e Glastonbury Tor.
Por toda a literatura celta há muitos encontros com a Deusa da Soberania, que pode ser bela ou hedionda, mas sempre exige a realização de façanhas árduas de resistência e, por fim, se entrega apenas aos mais dignos. Algumas das histórias dos galeses refletem as práticas xamânicas dos ancestrais celtas, cujos reis entendiam que o poder de governar emanava da Terra, espírito descrito como uma linda mulher ou deusa. Por trás dessa noção está a personificação da Terra por uma figura feminina mítica. O monarca detém a Terra por direito de sua união com ela, e pelas suas liberdades e privilégios legais. Assim, Terra e Rei devem estar em harmonia, como marido e mulher.
No sistema filosófico de Leibnitz mônada significa substância "simples" que se traduz do grego por "único". Sem partes, ela é indissolúvel e indestrutível.
Tenho colegas que há anos meditam pela Cura da Terra. Acreditam que o equilíbrio ambiental, social e político depende desse esforço empreendido em outros planos.
Isso é basicamente o que fez a Catedral Oculta em Glastonbury há quase 80 anos, sobre o solo onde hoje está Berachah.
Duas correntes do trabalho esotérico para a cura das nações são o caminho das linhagens e o caminho do fogo.
Através das tradições das linhagens oculta, algumas iniciações são passadas aos praticantes; esse modo de disciplina e trabalho em grupo desfruta de um contato vivo com os guias do Plano Interior e sua sabedoria. Esse é o que fazem meus colegas que meditam semanalmente.
O outro caminho é o chamado do fogo, aquele que traz a essência divina para vida e prática diárias - nossos relacionamentos, nosso local de trabalho e a maneira como aprendemos nossa parentalidade.
Ao juntar nossas essências, podemos visualizar - como se de um avião à noite - um padrão de fogo sagrado colocado aqui e ali na Terra, onde companheiros de luz estão reunidos e vigiam. Podemos nos aproximar e nos juntar a eles, tornando-nos reunidos na escuridão como anticorpos que viajam para uma ferida.
Com uma visão de grande altitude, percebemos que problemas, por maiores que sejam, podem mostrar sinais de resolução. Então, neles mergulhamos.
Para alguns de nós o trabalho é o de ajudar os companheiros.
Para outros é enfrentar nossas próprias projeções de sombra.
Avançamos na lei da alma até a Fonte através da auto investigação em psicologia, filosofia, vida familiar e sentimentos.
O tempo que jaz no colo dos deuses não é o nosso. Tornando-nos conscientes disso, exercemos com prática e constância nosso trabalho de crescimento.
A prática pouco reconhecida dessas pessoas mostra que a cura se dá pelo todo.
Estou convicto de que elas são muitíssimo importantes para a humanidade.
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Nas trilhas de Avalon
Non-FictionUm mergulho nas lendas arturianas e na tradição esotérica ocidental. Com Dion Fortune, Santo Antônio de Pádua, Aleister Crowley, Joan Wytte, Johann von Goethe, Hermann Hesse, Fernando Pessoa, Rowena Cade e Billy Howlins, William Butler Yeats, John...