14. Plano de vôo

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As Linhas de Ley - Ley Lines- são supostos alinhamentos entre vários lugares de interesse geográfico e histórico. O termo foi cunhado pelo amador Alfred Watkins no ano de 1013, ao  identificar sinais de povos antigos nos campos britânicos. Pela teoria, tais alinhamentos foram criados para facilitar o deslocamento através de por linhas de visão, tendo persistido na paisagem ao longo de milênios.

Em 1969 o escritor reviveu o termo, associando as linhas a teorias místicas e espirituais sobre os alinhamentos e as formas nas montanhas e paisagem, tendo como base o conceito chinês do feng shui. Desde então, a versão espiritualizada tem sido adotada por outros autores e aplicada a paisagens em diversos lugares ao redor do mundo. Ambas as versões da teoria são criticadas por estudiosos com o argumento de que, na distribuição aleatória de um número suficiente de pontos sobre um plano, inevitavelmente criam-se pontos alinhados , por acaso.

Isso para mim pouco importa. Busco respostas pessoais no desconhecido esotérico. Retomei práticas há tempos abandonadas. A faísca do sonho as trouxeram de volta. Elas sempre estiveram por perto, latentes, esperando por um renascimento.

Para tal, escolhi um lugar onde jamais fui.

Decidi perseguir o chacra cardíaco, o terceiro da Terra. Havia há menos de um ano visitado outros dois pontos nevrálgicos do planeta: Mount Shasta na Califórnia, chacra raiz, o primeiro terrestre; e Tulum, no Yucatan mexicano, considerado um vórtice de energia. Buscava contato com mestres espirituais e outras formas de energia sutil.

A peregrinação a locais lendários oferece um profundo impacto na psique humana. Mitos são universais, parte do conhecimento esotérico e da gnose astral. Neles residem muitas respostas a muitos de nossos questionamentos existenciais.

Somente a criatividade, o bem-estar e a consciência advindos dessa loucura já seriam suficientes. Mas há também um considerável fundo psicológico, que passa tanto pelo poder dos arquétipos e sonhos quanto pela erupção de monstros do Id que questionam antigas fés na racionalidade e humanidade, trazendo à tona a natureza do inconsciente.

Busco não só uma resposta aos sonhos. Parto em direção às raízes mitológicas da mente profunda.

Vou atrás também da possibilidade de trabalhar com a mente coletiva através do uso de arquétipos místicos. 

Acho que o mundo precisa muito disso nos tempos atuais.







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