136. Comunhão

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Parti de Glastonbury chocado.

Aquilo que aconteceu em Berachah foi algo muitíssimo estranho. De início pensei que foi apenas um sonho, mas a forma com que fui acordado não era nada desse mundo. Depois, pensei ter sido algum ataque astral, ou algo sugestionado. Não era bem assim, estava tentando julgar racionalmente algo que ocorreu no inconsciente. Não havia por que condenar aquela mulher de laranja. Na estrada para Cardiff refleti sobre tudo. Tinha de haver alguma relação. Então, me vieram à mente essas palavras:

"É forte. Muito forte."

Isis é o maior vazio que têm os homens. Achei que o sonho se foi levando Isis consigo, que sonhos não têm futuro porque a manhã os toma de volta. Que eles desaparecem para sempre. Não sei se Isis me deixou, se fui eu quem a deixei, ou se isso sequer aconteceu pois afinal temos laços fortes. Em um sonho Isis chegou. Magnética. Aura ampla e brilhante, com seu poder de abrir e reabrir portas e portais. Através de sua presença o mundo tem acesso à arte, à música e à fantasia, ao fascínio e à excitação, à cura. Ísis nos dá asas para atravessar o mundo, voar sobre oceanos e desertos, ver o sol enquanto os outros estão dormindo. Isis, que vem do mar, nos encontra nas águas dos sonhos. Quando está no céu quando olhamos para cima. Isis ecoam em mentes e nas jornadas de sonhos. 

Em Isis de Avalon mora o Graal.


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