134. O Coro dos Anjos

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Eis que nesse instante um som muito alto, muito alto mesmo, tomou conta do ambiente. Era como se fosse um daqueles órgãos gigantescos de igreja, tocados por Beethoven em fúria.

O sonho se dissipou e acordei assustado em Berachah. Olhei à minha volta e não tinha nada, apenas a escuridão e o mais absoluto silêncio. Não passavam veículos na rua próxima e as janelas eram acusticamente isoladas. Eram 4 horas da manhã, por meia hora olhava e escutava, não havia ninguém por perto. Perguntei no dia seguinte a Jan, a proprietária. Ela não havia ouvido nada.

Poderia ter sido apenas um sonho, mas senti ter sido resgatado por um trono de anjos, ali em Berachah, aos pés da Catedral Oculta da Grã Bretanha.

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