18. Os poetas malditos

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A morte estava presente em todo o Velho Continente, mas na Inglaterra ela tinha uma admirável beleza, representada por Shakespeare, Wilde, Blake, Byron, Yeats, Joyce, Burns, Turner, Bacon, Alma-Tadema e tantos outros.

Naquela ilha perdida no Mar do Norte me vi imerso em uma cultura completamente diferente. Hábitos e costumes não eram os meus. O local esbanjava história e poesia, tinha uma beleza totalmente peculiar. Mas a tristeza fazia parte daquela geografia: um ar lúgubre estava em todo lugar. Religiões pagãs afloravam aqui e ali, evocando os espíritos das bruxas e dos druidas. Campos de batalha ainda pareciam ser ocupados pelos que lá morreram. Das masmorras ainda saíam gemidos. Ruínas contavam histórias coletivas, lápides abandonadas relatavam algumas individuais. Lugares sagrados como Stonehenge, Avenbury, Lindisfarne e Glastonbury evocam o imaginário arquetípico em todo o mundo.

Os poetas malditos evocavam também o romance, sob a forma de amores impossíveis e tragédias.

Esse era o ar que respirava a plenos pulmões.

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