Há várias teorias - e naturalmente muita controvérsia - sobre as chamadas Linhas da Terra.
Uma delas é a de que o planeta Terra possui chacras, ou centros de energia ligados por linhas. Os sete chacras seriam nessa ordem Mount Shasta na Califórnia, Estados Unidos (basal), Lago Titicaca na Bolívia (sexual), Uluru ou Ayer's Rock na Austrália (plexo solar), Glastonbury (cardíaco), Grandes Pirâmides do Egito ou Monte das Oliveiras em Israel (garganta), sem localização fixa mas presentemente em Glastonbury (terceiro olho) e Monte Kailas no Tibete (coroa).
Há ainda alguns vértices energéticos, como Tulum no México, Table Mountain na África do Sul, Monte Fuji no Japão, Cratera de Haleakala no Havaí e Rotopounamu no Lago Taupo, Nova Zelândia. Há ainda linhas conectando o Monte Saint Michael a outros pontos considerados sagrados.
Em 1907, a Igreja da Inglaterra assumiu as ruínas de Glastonbury e iniciou escavações sob a direção de Frederick Bligh Bond. Este localizou partes desconhecidas da abadia e concluiu que esta fora construída de acordo com uma antiga geometria sagrada conhecida dos construtores das pirâmides egípcias e dos maçons.
Bond intuíra uma linha passando pelo Glastonbury Tor e ligando-o a Stonehenge e Avebury. A linha corre ao longo de uma estrada antiga chamada Dod Lane (da palavra alemã para mortos, tod), ou "Dead Man's Lane". No folclore, Dod Lane é o caminho dos espíritos; o suposto túmulo do Rei Artur está em uma extensão desta linha.
Em Glastonbury, padrões feitos por formações naturais da terra, estradas, valas, caminhos e terraplenagem cobrindo um círculo de 15 quilômetros de diâmetro lembram os doze símbolos de um zodíaco. O assim chamado de Templo das Estrelas teria sido a tentativa humana de entender o micro e o macrocosmo, ou seja, o mundo e os planetas. Foi identificado no século XVI por John Dee, médico e astrólogo da rainha Elizabeth I. Mais tarde, em 1929, Katherine Maltwood ligou as figuras às lendas arturianas, associando cada personagem a um signo e o círculo aos limites da Ilha de Avalon. No centro do zodíaco, a Estrela Polar permanece até hoje como uma floresta virgem, como se fosse um santuário para a alma. Pilotos da força aérea britânica identificam o Tor como o bico de um seio. A vista aérea da Ilha de Avalon lembra uma deusa, sendo Stonedown sua cabeça e Chalice Hill seu ventre de grávida.
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Nas trilhas de Avalon
No FicciónUm mergulho nas lendas arturianas e na tradição esotérica ocidental. Com Dion Fortune, Santo Antônio de Pádua, Aleister Crowley, Joan Wytte, Johann von Goethe, Hermann Hesse, Fernando Pessoa, Rowena Cade e Billy Howlins, William Butler Yeats, John...