74. O Caminho do Sete

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O labirinto de Rocky Valley, assim como tantos outros, possui sete camadas.

A colina do Glastonbury Tor também possui sete terraços.

O número é um mistério, que pode se relacionar aos sete dias de Criação, às sete velas do candelabro judaico Menorah, aos sete portões da Babilônia, aos sete raios dos Mestres Ascencionados, às sete estrelas que formam a Ursa Maior - símbolo hindu da divindade feminina.

Padrões de labirinto são bastante frequente na geografia, a história e na psique. Talvez o mais famoso seja o de Creta, onde foi aprisionado o Minotauro. Jung relatou a produção espontânea de mandalas em formas circulares por pessoas que passavam por processos de transformação interna profunda.

O símbolo do labirinto predominou em todo o mundo antigo e é até hoje lembrado para representar atividades espirituais e reinos sobrenaturais. Impossível não associar o labirinto atribuído a Saint Germain, encontrado em vários lugares do mundo. Ele está na Catedral de Chartres, aos pés do Monte Shasta na Califórnia.

Outros labirintos, não necessariamente associados ao Mestre espiritual, são encontrados no Castelo Sant'Angelo em Roma, na Catedral de San Martino em Lucca e na Catedral de Notre-Dame d'Amiens. Ali perto, em Glastonbury, a Igreja de São João tem um labirinto parecido.

Pois bem, a apenas alguns quilômetros de Tintagel está Rocky Valley. Ali visitei um sítio interessante, que continha dois labirintos clássicos de sete anéis, esculpidos em um afloramento rochoso, durante a Idade do Bronze.

Era pequeno, nada que se possa caminhar. Mesmo assim, inspira muita curiosidade a presença desse símbolo nas terras mágicas de Tintagel.

Tirei umas fotos, apanhei umas pedrinhas e segui viagem.

Tem outro labirinto aqui perto, na Pax Universal em São Paulo. Sugiro a quem se interessa em explorar seus sentimentos, traumas ou pensamentos, que um dia tente percorrer, bem lentamente, um desses labirintos. Da primeira vez achei oquei, mas pouco a pouco outros labirintos passaram a surgir em meus caminhos, chamando meus pés a percorrer aquelas mandalas. Agora eu os persigo, com a ajuda do Google.

Há uma satisfação intrínseca a tudo isso, que só quem percorre pode descrever.

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