Vivendo em dois mundos

Capítulo 45

M A R I A   E L I S A 🌻

Estava todos na sala, falando sobre quando era pequenos, Jorge vidrado na barriga da Bi, e eu pensando se Vinicius viu algo no meu celular e vazou informações.

— Tá tudo bem Maria? — Julia perguntou no meu ouvido —.

— Estou sim — dei um sorriso de leve — Já volto.

Subi as escadas e abri um quarto que não ficava ninguém ali, me deitei na cama e peguei meu celular, o mesmo estava com 5 ligações perdidas, retornei e no primeiro toque atendeu.

IDL

M: Quem é?

Desconhecido: sou o Alex, filho do TH, então seu irmão.

M: o que você quer?

A: TH precisa conversar com você.

M: não obrigada — dei uma risada nervosa e me sentei encostando na parede —.

A: as 23:00 irei estar te esperando um pouco depois da saída do morro, até mais.

FDL

Eu tentei retornar a ligação mais só dava caixa postal, então fechei meus olhos e respirei fundo.

Desci as escadas e fui direto a rodinha.

— Já tô indo, mais tarde tenho compromisso — falei depois de dar um beijo em cada um —.

Ninguém falou nada, contrariou eu ir embora as seis horas da noite, ou até mesmo eu ter comentado que amanhã eu passaria fora do morro.

Fui direto pra minha casa, e comecei a mexer em uns papéis antigos.

Ouvi me chamarem lá fora e sai, encontrando Vinicius encostado em meu portão.

— Proibiram de eu subir com meu carro — falou e deu risada, apenas concordei e abri o portão — tudo bem? — perguntou me olhando estranho —.

— Tudo sim, vamos entrar — falei o olhando com dúvida —.

Depois de termos entrado e ir pra cozinha, decidi por fim nisso, acabar com minhas dúvidas.

— Eu quero te fazer uma pergunta, e também quero que você seja 100% verdadeiro comigo — falei colocando água em uma copo pra ele — Você sabe de alguma coisa sobre hoje de manhã?

Qual é, como vou perguntar especificamente pra ele? "A, então, você ficou sabendo que ia chegar uns carregamentos hoje e contou para alguém?" ou "você viu a mensagem que meu tio me enviou? Porque eu acho que sim em".

— Tipo o que? — perguntou pegando o copo da bancada —.

— Sei lá, mais então, tem alguma coisa a me dizer? — perguntei enquanto caminhava em sua direção e o encarei —.

— Não Maria, não tenho nada a te dizer, mais então, quer fazer alguma coisa agora? — perguntou terminando sua água —.

— Não, já tenho compromisso, aliás — falei e olhei o horário no meu celular — Já tenho que começar a me arrumar.

— Tudo bem, já vou — ele disse com tom de dúvida —.

Companhei ele até a saída e entrei correndo dentro de casa, me joguei no sofá e liguei a tv.

Só lembro de ter dormido logo em seguida de uma cena super desinteressante do filme.

Abri o meu olho rapidamente e vi em minha frente um rapaz de preto.

— Quem é você? — perguntei assustada —.

— Calma, não grita — falou calmo — Só vim te buscar.

— Me buscar uma ova, oxe, nem te conheço — falei me sentando —.

— Vamos gatinha, é meu trabalho, colabora — falou se levantando —.

— Vamos nada, gatinha o caramba, sai da minha casa — falei me levantando e indo até a porta —.

Só senti alguém me pegando no colo e indo em direção ao quarto.

— Se troca e desce, ou vai querer ir assim? — perguntou quando já estava no chão —.

— Vou assim mesmo, bora — falei descendo as escadas —.