Como está a minha vida? ♦

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Nossa... Foram um ano embora, eu estava tão atarefado com os meus problemas e trabalho que caiu minha ficha a pouco tempo. Como está a minha vida? Agora voltará um pouco menos o ritmo que estava nos longos dez meses que passei voando de Paris para Nova York e de Nova York para Paris. Não vejo o dia, a hora, o segundo de voltar a ver os meus filhos, meus pequenos que só tenho contato por chamada de vídeo que não é o suficiente. Eu preciso do abraço deles, tê-los perto de mim, brincar, conversar e parece que a hora não quer passar... Amanhã estou de volta a Los Angeles para a Empire. Não penso em esfriar, já quero voltar propondo projetos e trabalhos pra começar o ano rendendo.

Dez meses foi o tempo exato pra cuidar de mim também, da minha mente, meu interior mas mesmo lutando eu não consigo sentir alegria dentro de mim. Desde que a Diana me mandou embora da nossa casa parece que  apagaram a luz da minha vida e me jogaram dentro de um buraco profundo e permaneço nele desde então. Ela não fala mais comigo na ligação como antes, sinto que está mudada, sua voz não é mais a mesma, sinto frieza e desprezo quando nos falamos pelo telefone. Ela está diferente e cheguei a essa conclusão apenas ouvindo a sua voz. No aniversário de um ano dos meninos foi a última vez que nos vimos... Ela mal dirigiu a palavra a mim, se manteve afastada como se eu fosse um desconhecido. Mas claro ela não está errada, tudo que fiz a ela sem dúvidas a magoou, a feriu, a fez chorar e foi insuportável dormir e acordar sabendo que ela estava sofrendo por minha culpa... Uma menina mulher tão dócil, amável, companheira... Eu tinha ganhado na loteria do amor em ter tido ela na minha vida mas as coisas não saíram como eu tinha planejado. Na minha mente maldita eu estava certo que falar com a Valentina, tentar convencê-la a assinar aqueles estúpidos papéis e me ver livre pra sempre disso pra poder finalmente me ajoelhar perante a mulher que eu realmente amei, abrir o meu coração e pedi-la que fosse minha oficialmente, que se casasse comigo, fosse a verdadeira senhorita Cooper escolhida por mim mas o imbecil do Alan chegou na frente jogando todo o meu plano por água a baixo como ele sempre teve prazer em fazer.

Como foi a minha vida? Se não fosse o Rafael, Beatrice (Babi) e o Fernando eu teria perdido tudo o que conquistei na minha vida pela tamanha tristeza que eu fiquei. Me sinto péssimo somente em lembrar do dia que ela chorou por minha culpa, mandou que eu a esquecesse, que voltasse pra Valentina e mandou eu ir pra nunca mais voltar. Naquele momento em que saí pela porta da nossa casa não consegui nem andar até meu carro, caí de joelhos ali mesmo desejando que qualquer coisa de ruim me acontecesse porque eu não queria passar por tudo aquilo novamente. Perder a Valentina na época pra mim foi péssimo, me afundei em um poço que achei que jamais me recuperaria mas perder a Diana... Foi como se eu voltasse pra esse poço fundo e colocasse a tampa me deixando morrer aos poucos sozinho lá dentro sem esperança alguma. E sem tê-la tenho me sentido assim desde então, até hoje é até agora.

Como disse, com ajuda deles eu pude melhorar dez por cento e colocar meus filhos a minha frente porque eles precisariam de mim. Isso fez com que eu não me sentisse um completo inútil e incapaz. O que eu não fui de bom pra mãe deles, pra eles eu estou dando tudo que resta de bom em mim. São a minha alegria, razões da minha existência e os motivos pra acordar, levantar e seguir.
É tão bom vê-los sorrir, dizerem que me ama e que eu sou o melhor papai do mundo isso... Isso pra mim é surreal, todo homem deveria experimentar esse presente, o privilégio de ser pai.

Como estão os meus amigos? Bem, a Beatrice (Babi) continua a mesma festeira de sempre, solteirona saindo com esses caras vagabundos sem compromisso. É minha melhor amiga, minha irmã que mesmo indo e vindo de Barcelona sempre esteve e está ao meu lado me dando apoio e sua atenção. Rafael meu irmão e amigo também largou da minha gravata e virou empresário dono de três restaurantes. Dois em Los Angeles e abriu mais um em Nova York próximo a minha nova empresa. A Empire Cooper fashion and style e a Empire Noivas que estou prestes a deixá-las com outros administradores confiáveis. O Fernando meu primo do Canadá que convidei para administrar comigo e empresa ficando no lugar do Rafael que agora tem seus próprios negócios. Ele é um cara gente boa, um pouco hiperativo mas mesmo assim. Diferente do Alan ele não é ganancioso e não tentou e nem tenta destruir a minha vida como aquele infeliz.

Como tenho seguido minha vida no trabalho? Fiz alguns cortes ao mesmo tempo que expandi. Agora sou pai, tenho que orientar os meus filhos, eles precisam da minha atenção e por isso os cortes. Vendi a minha boate e fechei a empresa que era do meu pai. Não vendi, apenas fechei pra quem sabe no futuro usá-la pra algo. Continuo com a instituição ajudando os orfanatos e doando todos os materiais necessários. Vendi a minha sociedade no hotel em Miami, vendi meus carros ficando apenas com dois e vendi meu iate. Todo o dinheiro que arrecadou, que foi muito eu assinei o cheque e dividi entre os orfanatos, escolas e asilos que a instituição está colaborando. Agora tenho apenas as três empresas e a outra de bebidas em Nova York. Com o Fernando como vice-presidente pude viajar despreocupado. Ele não veio comigo, apenas trouxe o Teodoro que está cuidando com perfeição da contabilidade, a Bárbara que é minha secretária, minha excelente secretária melhor dizendo e a Valentina que insistiu para me acompanhar.

Como é a minha relação com a Valentina? Gasta. Ela não é uma mulher ruim, mas também não é para mim como já fui a muitos anos atrás. Consegui conquistar sua confiança e através disso, esse ano mesmo ela me dará o divórcio custe o que custar. Além de materialista, gastar dinheiro demais ainda é ciumenta como se fossemos um casal verdadeiro mas não é bem assim. Pelo menos não dá minha parte que é apenas fazer com que ela me dê a minha liberdade me deixando livre e desimpedido para tentar ter de volta a única mulher que eu amei incondicionalmente e com sinceridade. A minha Diana. E ainda mais tem sua melhor amiga Elle que toma conta total da minha vida pra contar tudo a ela depois. E com o nosso retorno a Los Angeles, algo me alerta que Diana, Valentina e Elle vão me dar muito, mais muito trabalho.

Como está a minha vida amorosa? Fria! Nenhuma mulher me interessou, alguns meses atrás quando eu ainda estava em Los Angeles, apenas de raiva e saí com algumas mulheres mas sempre me sentia vazio. Foi péssimo porque sempre me via a Diana nos pensamentos. Não posso negar que aquela mulher conseguiu colocar uma venda nos meus olhos para as outras me deixando a ponto de enxergar somente a ela. E não nego que ainda a amo como nunca, e ainda mais do que já amei... Foi preciso perdê-la pra me dar conta de como ela foi importante e essencial pra minha vida. Eu sei que ela deve me odiar mas irei voltar e não posso mais adiar uma explicação concreta que não pude dar a ela. Estou a dez meses esperando por isso e ela precisa acreditar quando eu dizer que ainda a amo demais. Basta saber se ela também sente o mesmo.

Mas não vou falar mais, vou deixar que acompanhem toda a nossa história ao longo dos dias...

Beijos, Rodrigo Cooper.

Prazer, Sou Uma Nova Diana - Notas Para Você (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora