59 Despedidas

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Will

Vinte dias depois

— Eles morrem! — sua voz estava embargada e completamente indignada.

Sorri me virando na cama para olhar para ela, e peguei o livro de suas mãos. — Sim, eles morrem. — falei calmamente — Porque eram burros e tinham um plano péssimo, desencontrado e cheio de possibilidade de dar merda. E deu.

Seus ombros baixaram — Mas não pode ser... Não pode acabar assim.

Deixei o livro de lado e puxei-a para mim. — Sabe o que eu pensei quando terminei de ler esse livro? — ela fez que não — Primeiro, pensei em tudo o que eu faria diferente e quando disse ao Artur, ele bateu com o livro na minha cabeça, e disse que eu não entendi porcaria nenhuma dessa história. — sorri.

— Por quê?

— Porque eu não sabia o que era amar alguém daquele jeito. O amor não é racional, faz a gente ser burro sem querer. — pisquei para ela.

— Mas nós não morremos, e você me ama, não ama? Isso não te deixou burro.

Meneei a cabeça. — Você está mesmo comparando uma guerra, com uma picuinha de família? — debochei — Nós não morremos porque Leon tem uma bela lábia, você me deixou mais do que burro, você me deixou louco.

— Mas...

— Romeu não era o Algoz Alicia, se fosse, eles não teriam morrido, ponto final. E espero que seu inglês tenha melhorado, assim a morte deles não será totalmente em vão.

— Acho que vou me virar bem. — ela se aconchegou em meu peito, puxando meu braço esquerdo para cima de seu ombro.

— Gael disse que está tudo pronto para amanhã. Ou seja, é sua última noite para desistir.

Ela se levantou me encarando — Eu nunca vou desistir Will. Ir embora é uma coisa que não pode ser evitada, e eu vou aonde você for.

Baixei os olhos para sua boca, uma visão deliciosa de se ter tão perto. Passei a mão direita por sua nuca puxando-a para me deliciar com seus lábios nos meus.

— Eu amo você Fy lladdwr.

— Eu te amo mais fy llofrudd. — sussurrou ela com uma pronuncia perfeitamente misturada a seu sotaque brasileiro que eu tanto amava. Fechei os olhos suspirando — Essa sua linguinha me dizendo isso, é... Mais potente que suas mãos nele, sabia? — sorri indicando minha calça com os olhos.

Ela riu se ajoelhando em minha frente — Acho que tem que me ensinar mais palavras então.

Seus dedos ágeis foram direto até  os botões e o zíper, libertando minha ereção que sempre estava pronta para ela.

— Ah, eu vou ensinar quantas palavras você quiser, Alicia. — gemi enquanto ela me acariciava.

De súbito, ela pousou as mãos em meus ombros, fazendo-me encará-la. — Quero aproveitar nossa última noite aqui só com você. E depois, quando amanhecer, vamos deixar todo o passado trancado nesses muros.

Assenti beijando-a. Ela se afastou levemente puxando a camisa pela cabeça, me deixando com a visão de seu sutiã branco, fazendo contraste com sua pele.

Depois de passar a bermuda e a calcinha pelas pernas, ela se aproximou, se sentando sobre minhas coxas, beijando meus lábios e se inclinou, desabotoando o sutiã, passando as alças pelos braços. Acompanhei com os olhos ela pegando minha mão esquerda, abrindo meus dedos que agora permaneciam sempre em punho, e colocou-a gentilmente sobre seu seio direito.

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