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Manu.

Dois meses depois...

O meu mundo que era colorido hoje não tem mais cor.

Me sinto perdida todos os dias, eu sinto que eu não deveria estar nesse mundo.

A dois meses atrás fui sequestrada abusada e ali sim eu me senti imunda, suja, sem vontade de viver.

Eu digo com todas as letras, HOJE SERÁ O MEU FIM.

Vou acabar com esse sofrimento, vou dar um fim nisso tudo, nessa agonia que eu sinto, nessa dor e angústia dentro de mim.

Vou tentar mostrar que estou bem pra todos, vou fingir que melhorei e ficar um bom tempo com a minha família até dar a minha hora de partir.

Nesse momento estou no banho planejando em como vai ocorrer o que eu quero. Eu sei que não tem mais lógica eu viver em um mundo onde eu me sinto podre.

{...}

Manu: Bom dia família - sentei na mesa para tomar café e todos me olharam surpresos. Era raro eu abrir a boca pra conversar com a minha família, principalmente com JH que acabou de entrar na casa do meu pai.

Falando nele, não estamos mais juntos! Eu preferi terminar, não aguentava vê ele sofrer junto comigo.

JH: Bom dia gente. - nem olhou na minha cara - Ae matador, tem b.o dos grandes pá nois lá na boca. É melhor nois ir resolver.

Matador: Tô cansado de problema já, vamo lá - se levantou.

Manu: NAO! - gritei e todo mundo me olhou - É que eu queria passar pelo menos a manhã com todos vocês da minha família sabe? Tô com saudade de conversar com vocês... - abaixei a cabeça.

Marianne: Nao podemos recusar esse pedido né Weslley? - deu um olhar mortal pro meu pai.

JH: Se decidam aí - levantou as mãos em forma de rendição e eu percebi os olhares dele em mim mas fingi que nem vi nada.

Matador: Faz assim João, essa manhã eu fico aqui em casa com a Manu e pelo período da tarde eu vou pra boca, morô? - JH assentiu e foi embora.

Manu: Pai, será que você poderia pedir pra alguém buscar a Bárbara na loja e trazer ela aqui? Ela faz parte da minha família tbm, queria ficar com todos vocês.

Ele pegou o rádio e mandou a visão pra algum vapor buscar ela, que em menos de 15 minutos chegou e deitou com nós no sofá assistindo série.

Eu amo essa família e reconheço o esforço que fizeram e estão fazendo pra tentarem me reerguer.

Minha psicóloga me falou todos esses meses que eu tenho depressão, tomo remédio pra isso mas mesmo assim não vejo uma luz que faça eu ficar viva.

{...}

Depois de tantas brincadeiras com o meu pessoal, meu pai foi pra boca resolver o problema que tinha lá. Minha mãe foi fazer a unha no salão do morro e a Bárbara foi olhar a loja do asfalto.

Essa era a minha hora! Até que enfim.

Subi pro meu quarto e tranquei a porta.

Mas eu não iria conseguir concluir o meu dever sem me despedir daquele que eu tanto amo e torço pra ser feliz.

Resolvi mandar uma mensagem para o João, dizendo o quanto eu o amo!

Aquele baile funk Onde histórias criam vida. Descubra agora