75.

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JH.

Tava tudo indo na maior paz no meio da guerra.

PK e eu se separamos pra ter mais chances de matar aqueles policiais filhos da puta.

Mas foi só um passo falso que eu dei, eu caí bonito.

Se eu tivesse caído dentro de uma cadeia tava suave, piorou pra mim quando fui pego por alguma facção.

E pelo visto eles não são de se divulgar, nem eu sei quem são.

Nesse exato momento eu tô impossibilitado de falar, levantar, e até mesmo de conseguir respirar, tá foda.

Me bateram tanto que eu nunca me vi sem força igual eu tô hoje.

Me jogaram dentro de uma van com capuz na cabeça e ninguém falava nada dentro dessa porra.

Depois de longos minutos com essa van andando, ela parou.

Me tiraram de la a força, e me arrastaram pra algum lugar que no mínimo é galpão! Toda facção trás os inimigo pra qualquer galpão.

O meu único medo no momento é morrer aqui sem ter visto a minha filha pela última vez.

⏰⏰⏰⏰

X: Levanta daí cuzao - escutei uma voz bem lá no fundo, acordei no susto com uma dor forte no estômago. Recebi um chute na barriga que fez eu cuspir sangue.

JH: Me mata logo nessa porra e para de frescura caraí. - falei com dificuldade.

X: Você ainda tem muita coisa pra contar antes de morrer - riu debochado.

JH: Azar o seu achar que eu vou abrir a boca pra alguma coisa - quem deu risada dessa vez foi eu. Ele fechou a cara na hora e me levantou a força dando um soco no meu rosto em seguida.

Senti o gosto do sangue e permaneci calado.

Podem me matar, me torturar aos poucos, me bater, fazer oque quiser, mas sou fiel a minha favela.

Cresci lá e nada vai mudar. Não vou entregar o ponto fraco da minha comunidade, muito menos os planos da Manu.

A mina pode até me odiar, com toda razão, e é exatamente por esse motivo que eu não espero ela vir me resgatar.

Isso não vai acontecer, ela ainda me odeia e se pudesse ela mesmo me matava com as próprias mãos.

Enquanto eu penso em várias paradas ainda estou aqui apanhando.

Pensar me ajuda a não focar na dor, mas as pancadas tava tão forte que não aguentei.

Senti meus olhos pesarem e só aí eu percebi que iria desmaiar novamente.

Senti uma claridade e no final vi minha Luz junto com um menininho de mãos dadas.

Luz: Você chegou papai, eu e o Caio tava com xaudade - Olhei aquele rosto e ele se parecia muito comigo.

Caio: Papai - me abraçou.

Luz: Ele falou a pimeila palavra, pai -  bateu palmas animada - Vem vamos pla casa mamãe tá espelando.

Eu não conseguia falar, minha voz não saía. Eu tava confuso, oque tava acontecendo? Eu sou pai de um menino? Que porra é essa que eu tô sonhando.

Acordei assustado olhando pros lados e lá estava eu naquele galpão sozinho e com uma paz gigante dentro do meu coração.

Não sei explicar taligado, parece que esse sonho me tranquilizou de qualquer jeito.

Baguio loco demais.


•••

To bem ausente da história, mas é que eu estou trabalhando muito então acabo ficando sem tempo. Vou postar esse capítulo pequeno só pra não passar batido.

Inclusive, quem quiser me ajudar na história me dando idéias podem me chamar.

•••

Vocês preferem Manu com::

JH? ou PH?

Aquele baile funk Onde histórias criam vida. Descubra agora