48.

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Manu.

Sai do posto deixando meu pai lá conversando com o JH. Ou seja, conversando sozinho né!

O sol já tava no céu, olhei pra cima e estava lindo o dia.

Eu amo encarar as nuvens, sol, estrelas.

Eu amo tomar banho de chuva, eu amo me sentir leve.

Eu amo vê o dia passando, apenas olhando para o céu.

Segui meu caminho e fui cortando caminho pelos becos pra chegar na minha casa.

Caminhada da porra mano. Mó canseira da desgraça.

Tô cheirando a cachaça e a maconha véi kkk. O auge.

Passei pelo último beco pra chegar na minha casa e escutei um puta barulho e choro de bebê.

Tirei minha arma da cintura e fui caminhando devagar até o local do barulho.

Quando cheguei atrás de uma lixeira grande eu vi uma mulher cobrindo um bebê e o jogando no chão com tudo.

Em seguida o choro do bebê invadiu o beco de tão alto que foi.

Fiquei indignada com oque essa vagabunda fez.

Manu: por que você fez isso sua puta??? - gritei com a arma apontada pra ela que estava de costas pra mim.

Não deu tempo de eu fazer nada, ela saiu correndo deixando o bebê naquele chão todo machucado.

Não cheguei a ver o rosto dela.

E agora? Oque eu faço com esse bebê misericórdia de Deus?

Guardei a arma na cintura e me abaixei pra pegar o bebê.

O choro era alto demais e estava muito machucado.

Manu: Xiiii - tentei acalmar o bebê enquanto balançava.

Escutei passos na minha direção, e como eu estava sentada no chão atrás da lixeira não dava pra vê quem era.

Saquei a arma denovo com o bebê no meu colo.

Os passos foram ficando mais próximos.

Levantei e apontei a arma pra pessoa, eu estava pronta pra atirar viadoooo.

Me acalmei quando vi que era o PK.

Pk: Porra manu, oque tu tá fazendo aqui? - suspirou aliviado guardando a arma.

Manu: Sei lá cara, eu tava cortando caminho pra ir pra casa e vi uma mulher tacando o bebê com tudo no chão, acho que ela queria matar esse ser humaninho - olhei para o bebê e dei um sorriso de lado.

Pk: Tive reclamação desse beco, me ligaram falando que escutaram alguém gritando como se fosse briga tlgd, já vim pronto pra matar - deu risada.

Manu: Eu nem vi o rosto da muié, ela saiu correndo e deixou o coitadinho todo machucado no chão. Tô perdida cara, oque eu faço?

Aquele baile funk Onde histórias criam vida. Descubra agora