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Manu.

Eu fiquei tão desnorteada quando eu vi ele atirando no JH, eu só queria correr, abraçar meu menino e dizer que vai ficar tudo bem.

Mas eu tinha que matar esses caras, eu já tava dando umas olhadas pro meu pai e ele entendeu oque eu iria fazer, concordou com a cabeça.

Na hora que o terror atirou no JH, foi a deixa pra eu gritar com o meu pai, nós dois sacar as armas e atirar em todos os vapores que tava ali.

Eu tava com sangue nos olhos, eu tava com uma furia que não era minha, eu tava com ódio, eu queria matar todo mundo.

Tirei minhas duas armas das costas e foi só trocação de tiro, todos os capangas do Terror estavam mortos. Matei todos sem excessão, meu pai conseguiu matar só dois mas o foco dele era o Terror.

Terror viu que tava saindo em desvantagem e foi tentar correr

Mas minha mira é ótima fio!

No meu morro ninguém me ameaça ou ameaça a minha família, e consegue sair vivo. Isso nunca.

Atirei bem no joelho dele na parte de trás, caiu com tudo no chão.

JH: JOAO HENRIQUE ME ESCUTA E NAO FECHA OS OLHOS, EU DISSE QUE TE QUERO VIVO EM PORRA. FAZ PRESSÃO NO LOCAL QUE FOI O TIRO PRA NAO PERDER MUITO SANGUE.

Ele assentiu e tentou fazer força no buraco do tiro, mas ele tava fraco, ele iria fechar os olhos.

Matador: Filha, leva ele pro postinho que eu cuido desse aqui.

Manu: Não mata ele sem mim, leva pra boca e amarra ele la. Quero participar da morte dele - sorri vitoriosa.

Peguei meu rádio, e pedi pra um dos vapores trazer um carro no beco da rua 7.

Logo o carro chegou, colocamos o JH dentro, fui atrás com a cabeça dele no meu colo.

Ele tava tão fraco, eu tava com medo, mas não queria demonstrar isso.

O vapor tava tentando chegar rápido no postinho, mas a guerra dos inimigo ainda tava rolando.

Eles não sabiam que pegamos o Terror.

Peguei o rádio e mandei o papo Fogueteiro soltar os fogos avisando que ganhamos mais uma invasão.

E assim foi feito, o filhos da puta recuaram.

JH: Eu... Eu não vou aguentar Manu. - disse quase fechando os olhos.

Manu: Tu vai sim mané, qual é rapaz. Já falei que tenho que te expulsar do morro ainda, e outra, não pude nem aproveitar desse corpinho delicioso depois que terminamos. - ele e o vapor riram baixo - Trate de ficar vivo, quero muito sentar na sua pica viu João Henrique.

JH: Eu te disse que te encontraria em outra vida, e-e-eu te am...amo Manu.

Ele fechou os olhos.

PORRAAAAA, não faz isso comigo Deus.

Manu: NAO NAO NAO, acorda João, você não pode me deixar - eu chorava igual criança.- ACELERA ESSA PORRA AI MENOR CARAIO.

Aquele baile funk Onde histórias criam vida. Descubra agora