Manu.
Mais que porra do caralho.
Por que eu ainda sinto dó de um traste desse? Eu tô me odiando por isso.
Parei a moto na pracinha do morro e desci dela indo em direção a arquibancada da quadra.
Manu: Porra... - murmurei dando um soco na minha perna.
Peguei minha maconha no bolso, dichavei e bolei.
Taquei fogo e depois foi só brisa boa.
Fiquei ali ate o por do sol e por incrível que pareça vi o PH passar de moto na minha frente.
Vi ele fazendo o retorno e vindo na minha direção, acho que ele viu essa gata aqui sentada né.
Dei risada comigo mesma dando mais um trago no meu baseado.
PH: Ô morena, tá fazendo oque aqui? - falou em cima da moto ligada.
Manu: Tô pensativa. Quer? - ofereci o baseado pra ele.
Desceu da moto e veio sentar do meu lado pegando a ponta da minha mão.
PH: Oque se passa nessa cabeça aí, parceira? - deu um trago no baseado.
Manu: Fui lá escutar a história do JH e o pedido de desculpa dele. Tô de saco cheio tlgd, muita fita passando na mente - suspirei frustada.
PH: Temos que saber lidar com os problemas da vida amadah, não fica martelando isso na mente não. Relaxa e deixa que o tempo vai saber lidar com tudo isso. - olhei pra ele.
Manu: E você, oque tá fazendo por aqui?
PH: Tava indo embora pro meu morro já, saudade da minha casa, morena. - peguei o baseado da mão dele e apaguei.
Manu: Fica hoje por aqui pô, amanhã tu vai embora. Inclusive já tenho rolê pra nois hoje.
PH: E onde é esse rolê aí? - me olhou curioso.
Manu: Aqui no morro - demos risada - pagode hoje fi.
PH: Pagode eu não perco por nada, você tem que vê meus dons na música - levantou e deu a mão pra eu levantar.
Manu: Você tem cara de que canta mal - fiz cara de nojo pra ele.
PH: Fala isso por que não viu eu cantando na cama pra você ainda - sussurrou em meu ouvido fazendo eu me arrepiar.
Manu: Você para de me atiçar tá seu palhaço - dei risada e bati no ombro dele.
Ele puxou meu corpo contra o seu e segurou meu cabelo.
PH: Deixa eu atiçar, assim quem sabe você termina o serviço que começou. - me beijou e nem deu chance pra eu responder.
A língua dele brincava com a minha, enquanto ele apertava o meu cabelo e eu arranhava suas costas por de baixo da blusa.
Senti uma coisa ficando dura perto da minha barriga e só aí me toquei que estávamos quase se comendo no meio do rua.
Terminei o beijo e já fui em direção a minha moto.
PH: A não manu, namoral, denovo não. - reclamou olhando pra baixo e vendo o volume que tinha no meio das pernas.
Manu: Corrida até em casa? - perguntei mudando de assunto.
PH: Chegando lá você vai me pagar um boquete até sua boca ficar dormente - dei risada e neguei com a cabeça.
Manu: No três viu. - olhei pra ele - É um, é dois, TRÊS. - piei com a moto, achando que ele nem tinha ligado a moto dele mas ele tava me alcançando já. Acelerei mais ainda e virei uns quatro beco pra chegar em casa.
Estacionei a moto na calçada e fiquei esperando o perdedor chegar.
Depois de um minuto contado no relógio ele chegou.
Manu: Tu é ruim ate na corrida cara, col foi mané - bati na cabeça dele rindo.
PH: Foda-se, pelo menos vou ganhar um boquete. Vem - me puxou pela mão achando que eu iria fazer alguma coisa com ele coitado.
Manu: Vamo pro seu quarto então - coloquei o sorriso mais sínico na cara.
PH: O quarto de hóspede você quis dizer né? - debochou.
Subimos as escadas sem fazer barulho, ele entrou no quarto que está dormindo e antes de eu entrar parei na porta.
Manu: Vou ali por uma roupa sexy pra você, me espera aí. - dei as costas pra ele rindo.
PH: Você não vai voltar aqui né? Sua pilantra - deu risada junto comigo.
Parei na porta do meu quarto e olhei pra ele.
Manu: Boa noite ou até mesmo um bom dia pra você negah, tenha bons sonhos comigo. - entrei no quarto e fechei a porta ainda rindo.
Olhei pra cama e vi a razão da minha vida deitada dormindo nela.
Fui em direção ao banheiro, tomei um banho bem relaxante. Me troquei, passei meu creme pra hidratar a pele e fui no meu guarda roupa atrás da tal carta que o JH disse.
Fuçei em tudo e não achei, pensei na possibilidade dele estar blefando com a minha cara. Mas bem em baixo de uma blusa que eu tinha roubado do meu pai quando ele era vivo, lá estava a carta.
Meu coração acelera, parecia que ele ia sair pela boca.
Resolvo lê só amanhã, guardo na minha gaveta que eu tranco com chave e deito na cama fazendo carinho no cabelo da minha filha.
No mínimo já era umas sete horas da manhã, dou um beijo nela e durmo agarradinha.
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Aquele baile funk
Fanfiction• Quando você chegou eu perdi o sentido, o teu sorriso quase que acabou comigo. Me acertou em cheio esse tal cupido, o amor nasceu em mim... ❤️