69.

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Manu.

Mais que porra do caralho.

Por que eu ainda sinto dó de um traste desse? Eu tô me odiando por isso.

Parei a moto na pracinha do morro e desci dela indo em direção a arquibancada da quadra.

Manu: Porra... - murmurei dando um soco na minha perna.

Peguei minha maconha no bolso, dichavei e bolei.

Taquei fogo e depois foi só brisa boa.

Fiquei ali ate o por do sol e por incrível que pareça vi o PH passar de moto na minha frente.

Vi ele fazendo o retorno e vindo na minha direção, acho que ele viu essa gata aqui sentada né.

Dei risada comigo mesma dando mais um trago no meu baseado.

PH: Ô morena, tá fazendo oque aqui? -  falou em cima da moto ligada.

Manu: Tô pensativa. Quer? - ofereci o baseado pra ele.

Desceu da moto e veio sentar do meu lado pegando a ponta da minha mão.

PH: Oque se passa nessa cabeça aí, parceira? - deu um trago no baseado.

Manu: Fui lá escutar a história do JH e o pedido de desculpa dele. Tô de saco cheio tlgd, muita fita passando na mente - suspirei frustada.

PH: Temos que saber lidar com os problemas da vida amadah, não fica martelando isso na mente não. Relaxa e deixa que o tempo vai saber lidar com tudo isso. - olhei pra ele.

Manu: E você, oque tá fazendo por aqui?

PH: Tava indo embora pro meu morro já, saudade da minha casa, morena. - peguei o baseado da mão dele e apaguei.

Manu: Fica hoje por aqui pô, amanhã tu vai embora. Inclusive já tenho rolê pra nois hoje.

PH: E onde é esse rolê aí? - me olhou curioso.

Manu: Aqui no morro - demos risada - pagode hoje fi.

PH: Pagode eu não perco por nada, você tem que vê meus dons na música - levantou e deu a mão pra eu levantar.

Manu: Você tem cara de que canta mal - fiz cara de nojo pra ele.

PH: Fala isso por que não viu eu cantando na cama pra você ainda - sussurrou em meu ouvido fazendo eu me arrepiar.

Manu: Você para de me atiçar tá seu palhaço - dei risada e bati no ombro dele.

Ele puxou meu corpo contra o seu e segurou meu cabelo.

PH: Deixa eu atiçar, assim quem sabe você termina o serviço que começou. - me beijou e nem deu chance pra eu responder.

A língua dele brincava com a minha, enquanto ele apertava o meu cabelo e eu arranhava suas costas por de baixo da blusa.

Senti uma coisa ficando dura perto da minha barriga e só aí me toquei que estávamos quase se comendo no meio do rua.

Terminei o beijo e já fui em direção a minha moto.

PH: A não manu, namoral, denovo não. - reclamou olhando pra baixo e vendo o volume que tinha no meio das pernas.

Manu: Corrida até em casa? - perguntei mudando de assunto.

PH: Chegando lá você vai me pagar um boquete até sua boca ficar dormente - dei risada e neguei com a cabeça.

Manu: No três viu. - olhei pra ele - É um, é dois, TRÊS. - piei com a moto, achando que ele nem tinha ligado a moto dele mas ele tava me alcançando já. Acelerei mais ainda e virei uns quatro beco pra chegar em casa.

Estacionei a moto na calçada e fiquei esperando o perdedor chegar.

Depois de um minuto contado no relógio ele chegou.

Manu: Tu é ruim ate na corrida cara, col foi mané - bati na cabeça dele rindo.

PH: Foda-se, pelo menos vou ganhar um boquete. Vem - me puxou pela mão achando que eu iria fazer alguma coisa com ele coitado.

Manu: Vamo pro seu quarto então - coloquei o sorriso mais sínico na cara.

PH: O quarto de hóspede você quis dizer né? - debochou.

Subimos as escadas sem fazer barulho, ele entrou no quarto que está dormindo e antes de eu entrar parei na porta.

Manu: Vou ali por uma roupa sexy pra você, me espera aí. - dei as costas pra ele rindo.

PH: Você não vai voltar aqui né? Sua pilantra - deu risada junto comigo.

Parei na porta do meu quarto e olhei pra ele.

Manu: Boa noite ou até mesmo um bom dia pra você negah, tenha bons sonhos comigo. - entrei no quarto e fechei a porta ainda rindo.

Olhei pra cama e vi a razão da minha vida deitada dormindo nela.

Fui em direção ao banheiro, tomei um banho bem relaxante. Me troquei, passei meu creme pra hidratar a pele e fui no meu guarda roupa atrás da tal carta que o JH disse.

Fuçei em tudo e não achei, pensei na possibilidade dele estar blefando com a minha cara. Mas bem em baixo de uma blusa que eu tinha roubado do meu pai quando ele era vivo, lá estava a carta.

Meu coração acelera, parecia que ele ia sair pela boca.

Resolvo lê só amanhã, guardo na minha gaveta que eu tranco com chave e deito na cama fazendo carinho no cabelo da minha filha.

No mínimo já era umas sete horas da manhã, dou um beijo nela e durmo agarradinha.

Aquele baile funk Onde histórias criam vida. Descubra agora