25.

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Manu.

Duas semanas passou voando desde o acontecido com o meu pai e o JH.

Agora os dois não se desgruda, tão quase lambendo o cu um do outro, eu em.

Ultimamente eu estava recebendo umas ameaças por mensagens. Tudo número anônimo.

Creio eu que os inimigos do meu pai já descobriram que ele tem uma filha mas tenho que confessar. Estou com medo! As ameaças são muito reais e que assusta MUITO.

Não comentei com ninguem, nem mesmo com a Bárbara que é minha irmã de consideração. Não queria deixar ninguém preocupado.

To aqui deitada no sofá de casa já que hoje é feriado e as duas lojas minha e da Bah estão fechadas.

JH tá na boca fazendo contagem das drogas junto com meu pai, Bárbara saiu e foi pra cara do PK já que o mesmo está de folga hoje. Os dois são complicados demais, nem sei oque eles tem direito. Não sei se é namoro, se é só ficada, ah sei lá.

João Henrique tá cada vez mais próximo de mim, tô achando que as coisas estão indo muito rápido, até pq só faz dois meses que estou no morro! Ele me pediu em namoro semana passada no baile. Fiquei numa vergonha que vocês não tem noçaoooo, porém aceitei.

Ele já fala até de filho comigo, Deus me livre quero ter a minha liberdade por enquanto. Não quero ser mãe tão cedo. Mas com o JH é tudo diferente sabe? Sou apaixonada em cada detalhe dele. Ele me faz muito bem.

Resolvi levantar e ir no mercado comprar uns chocolates pra eu comer, já que estou sozinha vou curtir comigo mesma né moreh.

Peguei o dinheiro e tranquei a casa, cheguei no mercado e senti um aperto no peito e meu corpo arrepiar. Ignorei esse fato e fui na área de doce pegar umas barras de chocolate.

Paguei tudo e na hora que eu peguei a sacola pra ir embora, escutei barulhos de tiros. O morro tava sendo invadido e eu não sabia oque fazer!

Eu sei atirar, mas estava sem arma no momento.

Quando eu fui entrar de volta no mercado pra me esconder lá, a mulher fechou a porta na minha cara me deixando do lado de fora. Fiquei sem rumo, não sabia pra onde ir! Eu estava sentindo que alguma coisa ia acontecer, só não sabia se era comigo.

Os tiros tava ficando cada vez mais alto e eu corria entre os becos pelos cantos pra tentar chegar na minha casa. Eu nunca presenciei uma invasão de morro. Acho que é o BOPE tentando tomar o morro e matar meu pai.

Faltando apenas uma rua pra chegar em casa, senti alguém em empurrar na parede e bati minha cabeça! Gemi de dor e abri os olhos vendo um homem com a arma apontada pra mim e mais dois do lado dele.

Xxxx: Então quer dizer que a princesinha do chefe tava tentando fugir dos tiros - riu com deboche - Chefe pegamo a filha dele - falou no rádio.

Me deu um tiro no ombro e me levou arrastada pro mato que tinha ali no morro.

Ali eu só pedia pra Deus me ajudar, eu sabia que seria o meu fim. O medo tomava conta de mim, sempre fui valente mas ali eu tava vunerável e com um tiro na porra do meu ombro.

Até que pegaram a madeira e bateram na minha cabeça com tudo fazendo eu desmaiar na hora.

Aquele baile funk Onde histórias criam vida. Descubra agora