74.

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Manu.

A favela tava uma paz, até dar 04:00 horas da manhã e esses cu azul tentar invadir e pacificar minha quebrada.

Levantei da cama no susto, com meu rápido apitando, Luz chorando, minha mãe batendo na porta do meu quarto freneticamente, meu celular tocando, e barulhos de tiros lá fora.

Mas que porra!!!!

Levantei correndo abri a porta do quarto pra minha mãe entrar e já fui direto no meu guarda roupa pegar meu colete e minha fuzil, peguei minha pistola e coloquei na cintura.

Marianne: Quem tá invadindo essa porra no meio da madrugada Emanueli? - perguntou aflita com a Luz no colo.

Manu: Os verme mãe. Vou ter que descer, pega essa pistola aqui - dei na mão dela - Já sabe oque fazer né - ela concordou. - Pro quartinho junto com a minha filha pelo amor de Deus, só sai de lá quando eu voltar e dar aquele toque na porta.

Luz: Momõe - disse chorosa - tô com medo - esfregou a mãozinha no olho.

Manu: Olha pra mim filha - tirei a mão do seu olho e limpei as lágrimas dela - Eu já volto, mas preciso mesmo que você obedeça a vovó e fique quietinha no esconderijo tá bom? - ela concordou.

Dei um beijo nela, peguei meu celular que tava tocando e meu radinho.

Atendi sem vê quem tava ligando.

Ligação 📲.

Manu: Alô. - disse ofegando descendo correndo as escadas de casa.

PH: Fui avisado que tá tendo invasão aí, preciso mandar algum dos meus homens junto comigo?.

Manu: Acho que vamos dar conta aqui, eu nem saí lá fora ainda pra saber se são muitos. Qualquer parada eu te ligo de volta. Fui - desliguei na cara.

Ligação 📴

Não tava com tempo pra falar no celular, fora que meu rádio não parava de apitar de tanto que me chamavam.

Manu: Tá na escuta PK? - disse no rádio.

PK: Patroa o bagulho tá loco, parece que os verme se juntou com alguma facção pra tentar invadir aqui e te prender. - disse ofegante.

Manu: tu tá aonde? - perguntei abrindo o portão de casa.

PK: Perto da boca central no beco 17 - escutei um tiro - Matei um deles.

Manu: To brotando aí.

Peguei minha moto que tava na calçada e piei pra lá, tava osso.

Eu tinha que dividir minha atenção na moto e nos corpos mortos no chão, e nos tiros que tavam vindo na minha direção.

Mas eu sou mais rápida, cheguei no beco em dois minutos e PK tava lá com mais três vapores meus.

PK: Quebrada tá sinistra, porra - disse bravo. - já matei uns quinze.

Manu: continua assim, parceiro. - apontei minha fuzil pra entrada do beco, meu ouvido é ótimo, escutei passos vindo. - Todo mundo quieto, deixa que eu atiro.

Aquele baile funk Onde histórias criam vida. Descubra agora