39.

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Manu.

Esse churrasco tava bom demais.

Depois de eu falar poucas e boas pro JH, vim aqui pro quintal e enchi a cara pra afogar as mágoas e o meu amor por aquele idiota.

Acendi um baseado, fumei todinho, até a ponta. Eu já tava locona de bebida agora juntou a brisa da maconha, levantei e fui pro meio da área de lazer dançar sozinha mesmo.

Tava tocando um funk estralando no último volume.

Dancei mais cinco músicas e sentei na espreguiçadeira que tinha ali. Fiquei pensando na vida enquanto bebia minha linda e boa cerveja Skol.

Até que eu senti algum ser humano sentando do meu lado, nem me movi e nem olhei p ver que era.

Xxxx: Eai.

Olhei pro lado pra ver quem era, e puta que me pariu QUE HOMEM MARAVILHOSO.

Manu: Oi. - sorri simpática.

Xxxx: Manu né? - me encarou - Sou o Felipe, prazer! Eu tava te observando, mó gata ein moça.

Manu: digo o mesmo de ti ein homi. - observei o pacotão no meio das pernas dele, acho que ele percebeu pq riu e eu disfarcei.

Felipe: Vou ser direto contigo, gamei em você. Vamos lá fora ficar?

Manu: tu é casado? - perguntei desconfiada - pq se for pode sair do meu lado agora.

Felipe: Sou não, isso eu te garanto. - me passou confiança, gostei.

Manu: Então vem aqui, nois não precisa ir lá fora não! - grudei na boca dele e que pegada meus amigos, que pegadaaaa. Tô chorando pela ppk, tá piscando igual uma louca por pica véi.

Felipe: Caraio morena, vamos sair daqui pra eu te foder todinha - sussurrou contra minha boca.

Manu: Vamos pro meu quarto lá em cima, vem! - puxei ele pra dentro da casa e o JH me encara com fogo nos olhos, nem ligo.

Subimos as escadas e logo quando entramos no quarto, ele já me grudou na parede e me beijou com pressa.

Fechei a porta ainda vc com a boca na dele.

Tirei sua blusa e em seguida ele desamarrou meu biquíni.

Chupou meus peitos com vontade e aquilo estava me dando um tesão do caralho.

Eu gemia em seu ouvido enquanto ele roçava seu pinto na minha intimidade.

Tava tão bom que eu nem percebi quando eu já estava completamente nua e ele colocando a camisinha em seu pênis.

Ele me beijou antes de encaixar na minha entrada.

Eu estava suando frio, sim eu estava com medo.

Seria o primeiro homem que eu me envolveria depois do estupro.

Eu não quero, tô com medo.

Quando ele tava colocando a cabecinha, eu comecei a chorar.

Manu: PARA, para para para, por favor - ele parou na hora e viu que eu estava chorando.

Felipe: Ei, calma! Está tudo bem. - saiu de cima de mim e deitou do meu lado fazendo carinho em mim.

Manu: Eu não consigo, achei que já estava preparada, mas eu não consigo - desabei no choro.

Felipe: Eu não quero ser intrometido, mas na hora que você brigou com a menina lá eu já estava aqui e vi tudo, inclusive escutei oque ela falou. Tu foi estuprada alguma vez, moça?

Apenas concordei chorando, e ele me abraçou forte e sussurrou no meu ouvido um "vai ficar tudo bem, calma estou aqui contigo".

{...}

Tomei um banho enquanto o Felipe me esperava sentado na cama já com roupa.

Sai do banheiro enrolada na toalha.

Manu: Feh, desculpa cara! Sério mesmo. Achei que eu já tava pronta pra tentar novamente. São dois anos nesse inferno.

Felipe: Fica tranquila Manu, quer conversar sobre isso?

Sentei do lado dele e bufei frustrada.

Manu: a dois anos atrás... - respirei fundo e senti meus olhos enchendo de lágrimas já.

Felipe: Se não se sentir a vontade, não precisa falar tá.

Concordei com a cabeça, mas eu precisava me abrir p alguém.

Manu: Eu preciso conversar sobre isso. - ele assentiu - A dois anos atrás eu fui no mercado pois estava com fome, comprei minhas coisas e quando eu tava saindo do mercado começou um tiroteio, deduzi que seria invasão né. Quando fui entrar de volta pro mercado a mulher abaixou as portas e não me deixou entrar. Fui correndo pra casa pelos becos e ali eu fui sequestrada. Me levaram pra outro lugar, me bateram muito, me estupraram, cerca de 5 pessoas me estuprando e logo depois um cara entrou e falou que era apenas um aviso pro meu pai do que aconteceu cmg. Me jogaram em uma rua pelada, totalmente nua e com as partes íntimas sangrando muito, ali eu estava desacordada, um vapor daqui do morro tava levando a filha pra escola e me viu jogada no chão. Me levou pro meu pai e fomos pro posto ainda desacordada! Passou um tempo e eu não aguentava mais aquela dor dentro de mim, toda noite eu tinha pesadelos com aquela cena dos homens em cima de mim e teve um dia que eu não aguentei. Tentei me matar! Mas deu erro infelizmente né - dei uma risada baixa - Até hoje eu tenho trauma de sexo, eu tento mas não consigo e olha que eu sempre fui uma garota que amava transar. Eu queria ter tentado com você, eu queria ter conseguido, nunca deixei um homem encostar em mim de um jeito íntimo depois de tudo isso. - suspirei e deixei as lágrimas caírem pelo meu rosto.

Felipe me abraçou e eu senti que podia confiar nele, parecia que eu conhecia ele a anos.

Criei um sentimento por ele de amigo sabe? Sei que não faz nem duas horas que eu conheço ele mas ele me passa segurança.

Felipe: Eu juro por Deus que vou achar quem fez isso contigo, eu dou minha palavra manu. Agora para de chorar, vamos descer e se alimentar pq tô com uma fome do cão - dei risada.

Aquele baile funk Onde histórias criam vida. Descubra agora