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Manu.

Três anos depois...

Hoje é dia mais esperado por mim.

O dia em que meu pai vai me passar o comando do morro.

Eu comando bem antes disso, mas vai me oficializar agora pra todos.

Eu sei que tenho capacidade pra isso, eu estou mais do que preparada. Eu esperei tanto por isso nesses três anos.

Ok, agora eu tenho uma filha que está cheia de saúde gracas a Deus. Ela tem três aninhos hoje em dia, coisa mais linda de mamãe.

Eu sei que ela vai virar alvo pros inimigos, mas não posso deixar de sonhar. Eu nunca vou deixar nada acontecer com ela.

Minha mãe tá pesando na minha mente, toda hora querendo que eu mude de ideia.

Marianne: Filha você tem certeza que é isso que quer? - perguntou pela décima vez.

Manu: Sim mãe, já te falei que é tudo oque eu mais quero.

Marianne: Mas você está pensando um pouquinho na sua filha? Os riscos que ela vai correr?

Manu: Mãe deixa eu tá te explicando uma coisa, todas nós corremos riscos, principalmente a Luz por ser neta e ponto fraco do Matador. Eu no comando do morro, só vai ser mais um motivo pra corrermos perigo do mesmo jeito. - falei impaciente e ela concordou com a cabeça.

Bateram na porta e olhamos pra vê quem era.

Jh: posso entrar?

Manu: Pode querido.

Marianne: Bom, já vou saindo. - se virou pra mim - Te desejo toda sorte do mundo, eu amo você. - me deu um beijo na testa e saiu.

Jh: Tá preparada? - me abraçou por trás.

Manu: Logico, e mesmo se eu não estiver o meu braço direito me deixa no jeito - me virei dando um selinho em sua boca.

Jh: Te amo muito, minha Deusa. - me beijou

Luz: MAMAEEEE, PAPAAAAI - entrou no quarto agarrando nossas pernas.

Abaixei e a peguei no colo.

Manu: Fala filhona.

Luz: Vovô falou naquele rádio que já tá esperando a gente na quadinha - falou errado e eu ri.

Jh: Vamos? - assenti e descemos pra garagem.

Coloquei minha filha na cadeirinha, por mais que seja no morro, eu tenho o maior cuidado com ela.

Entrei no banco da frente o JH foi dirigindo.

A quadra tava lotada, dava pra escutar o som de longe.

Fiz meu pai dizer a todos que aquilo não era um baile pra ficar usando drogas, a neta dele estava presente conosco e queríamos respeito.

Aquele baile funk Onde histórias criam vida. Descubra agora