❤️|Capítulo 8 - Café...você...agora

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O professor de história explicava uma matéria nova, reinos bárbaros. Era gordinho, usava camisa cinza, e óculos de grau. Enquanto ele explicava levantava os braços, mostrando as pizzas em baixo do braço isso gerava risadas baixas no fundão. Essa era a última aula graças a deus.

- Agora vou querer que alguns alunos me falem quais são os povos_Disse o professor se encostando na mesa dando uma olhava pela sala, eu me encolhi o máximo para que ele não me escolhesse, não me escolhe, não me escolhe, não me escolhe_Carol Biazin_ele chamou meu nome com um sorriso apontando a caneta pra mim, porra, minhas bochechas corarem com tantos olhares sobre mim_Me fale dois nomes dos povos_disse o professor.

- Ah.._olhei para o meu lado vendo que todos me encaravam, baixei a cabeça_os Ostrogodos e Francos_Eu disse baixo mais audível, o professor sorriu.

- Exatamente, além dos Ostrogodos e francos, temos os Visigodos, Hunos, Vândalos, Alamanos, Anglos e saxões_Ele disse e bateu o sinal de saída.

juntei minhas coisas e coloquei rapidamente na mochila logo saindo da sala colocando a mochila nas costas, o corredor começava o formigueiro humano, andei rapidamente pelos adolescentes que conversavam e gritavam. Saí do corredor quase pisoteada, e seguro as alças da minha mochila caminhando pra fora do colégio. Paro na calçada do colégio olhando ao redor pra ver se acho o carro da minha mãe Luana, agora que ela começou a trabalhar, ela vem me buscar na saída.

- Carol!_Escuto uma voz chamar meu nome, olha na direção Arregalando os olhos ao ver quem é, ela usava calça jeans preta apertada, camisa branca com botões, e salto alto preto. Linda.

- O que e-está fazendo aqui?_Eu perguntei ao me aproximar dela, será que pareci ruge?_Q-quer dizer eu..

- Tudo bem, sua mãe pediu pra vim te buscar, ela está atolada no trabalho e não pode vim_Day disse e eu apenas permaneci quieta_Estava saindo pra tomar um café, vamos você toma um café comigo e te deixo em casa_lembrança da cena em que vi no quarto naquela madrugada preencheram meu pensamentos, me fazendo corar e engoli em seco.

- Café... você... agora_Eu disse nada com nada, e ela soltou uma risada baixa, quis sorrir com isso, sua risada era linda.

- Acho você tão fofa_Ela disse, espera ela me acha fofa? Sorri envergonhada_Vem vamos pro Lê Café_Ela disse e abriu a porta do passageiro pra mim, eu entrei no carro e ela fechou a porta.

Observei ela passar na frente do carro arrumando os cabelos negros jogando pra trás enquanto molhava os lábios, ela entrou no carro e colocou o sinto dando uma piscadela pra mim sorriso e olhou pra frente saindo com o carro. Arrumei a bolsa do meu colo e baixei a cabeça brincando com um chaveiro que ganhei de aniversário da mamãe Roberta, era o bumerangue do Batman. Encarei o chaveiro que tinha do espelho no carro dela, era um pequeno filtro dos sonhos , balançando com o movimento de carro, eu quero acabar com o silêncio que estava no carro mas o que eu falaria, Qual a sua idade? Não! Tem pessoas que não gostam de falar da idade, qual o tipo de filme que gosta? Não, Gosta de ler? Não não. Saio dos pensamentos com sua risada baixa ecoando pelo carro, olhei pra ela confusa, que parou o carro no sinal vermelho e me encarou.

- Está com medo de mim?_Ela perguntou apoiando um braço pra fora me encarrando.

- N-não, se bem que possibilidade de você ser uma sequestradora e querer me matar é grande_Eu disse baixo, mas logo me arrependo, ela riu mais um vez o que me fez dar um sorriso nervoso.

- Não sou um Sequestradora_Ela disse.

- É o que uma sequestradora bonita falaria_Eu disse, Carol cala a boa.

- Bonita é?_Ela falou arqueando a sobrancelha_Quantos anos você tem?_Ela perguntou antes de andar com o carro quando o sinal ficou verde.

- tenho 17 anos_Eu falei, não pergunta a idade, não pergunta a idade_Quantos anos você tem?_eu perguntei, ela me olhou e encarou a estrada virando o volante, porra Carol só faz merda.

- Tenho 23 anos_Ela respondeu, o silêncio permaneceu até chegarmos no "Lê Café" não era um silêncio desconfortável, era bom, mas as imagens dela se mastur..._Deixa a mochila no carro_Ela disse, eu assenti saindo dos pensamentos impuros sobre ela.

Desci do carro deixando a mochila no banco arrumando minha camiseta polo da escola, ela se pois do meu lado e sorriu, eu empurrei a porta da lanchonete dando espaço pra ela entrar, ela sorriu e passou por mim, uma coisa que meu avô Antônio me ensinou antes de falecer é ser educado com as mulheres. Andamos até uma mesa, e nessa pequena caminhada alguns homens e mulheres olhavam pra ela que não ligava apenas olhava pra frente. Me sentei no sofá marrom, e ela se sentou na minha frente dando um sorriso antes pegar o cardápio, peguei também o outro vendo o que ia pedir, ela chamou o garçom erguendo a mão. O garçom se aproximou com um caderno, e vi seu olhar cair no decote da Dayane, já que dois botões da sua blusa estava aberta.

- O que vão querer senhoritas?_Ele perguntou sorriso malicioso pra Day.

- Por favor um café preto e pão de queixo pra mim_Disse séria_o que vai querer Cah?_Ela perguntou me olhando dando um sorriso de lado. Sorri corando com o apelido que ela me deu.

- Um achocolatado e pão de queijo_Eu respondo.

- O chocolate é quente ou frio?_O garçom perguntou.

- Quente_Eu disse.

- Ótimo mais alguma coisa senhorita_O garçom disse novamente olhado pra Day de forma faminta. Revirei os olhos e cruzei os braços. Não entendendo essa sensação que cresceu dentro de mim com essa cena.

- Só isso mesmo_Disse Day, o garçom assentiu e saindo de frente da mesa indo preparar nossos pedidos.

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