× A Advogada × |Intersexual|

🖤|Capítulo 30

P.O.V Dayane

Hoje era o dia da audiência. Eu estava nervosa, com esse caso. Ele me deu tanta dor de cabeça, e hoje finalmente vou me livrar dele se provar a inocência do Rafael. O pior é que não estou só nervosa por conta do caso, a Carol desde que soube do irmão não fala comigo, ela está um pouco afastada de mim. Ok, eu também me afastei por conta do caso, mas eu queria ficar com ela, receber seu abraço e seu beijo que tanto me conforta.

Eu e o Rafael conversávamos sobre algumas estratégias e organizávamos as provas que poderiam incriminar o Rodolfo, ele que é tio do meu cliente, e irmão dos vítimas em que sendo acusado de assassinar.

A juíza chegou, e leu a ficha da audiência, falando o acusado, Rodolfo, indicou o crime que havia feito. Rodolfo tinha um sorriso convencido no rosto, esse cara não me agradava. O primeiro a falar foi o Rodolfo ele não tirava o sorriso do rosto, o seu advogado protegia ele. Até chegar a minha vez.

- O que fazia exatamente as 20h, no dia 6 de Agosto de 2007?_Perguntei séria olhando pra ele.

- Obviamente que eu não iria lembrar, mas provavelmente eu estava na empresa_Rodolfo disse_Antigamente eu ajudava o meu irmão a cuidar da empresa, que infelizmente veio a falecer_fez uma cara de triste, o que não me convenceu_nessa noite eu fiquei até tarde, estava cuidando sozinho da empresa já que meu irmão foi viajar com a família dele

- Sabe dizer até que horas ficou na empresa?_Perguntei.

- Eu fiquei até umas 4h da madrugada_Rodolfo disse dando de ombros.

- Ok_Eu disse_meritíssima, quero sua permissão para mostrar o vídeo que está em anexo ao processo

- Permissão aceita_O Juíza disse.

Logo o vídeo começou a ser rodado no telão do tribunal, o vídeo mostrava o estacionamento com poucos carros, no canto esquerdo estava CAM 3, e acima da canto direito tinha a data e o horário.

06/08/2007, 17:00

- Como estão vendo a filmagem, o carro saindo exatamente as 17h, mostra o carro do acusado saindo do estacionamento da empresa três horas antes do acidente_Eu disse.

- Protesto meritíssima, isso é montagem!_Rodolfo gritou se levantando.

- Protesto negado_Juíza falou olhando pra ele, Rodolfo se senta novamente e me olha com raiva nos olhos.

- Acelerando a filmagem, não mostra em nenhum momento que você retornou a empresa_Eu disse_Tem algo dizer?

- Ok, eu saí mais cedo da empresa, mas eu fui direto para o meu apartamento_Rodolfo disse, e sorriu como se tivesse vencido. Eu sorri debochada e continuei.

- Nas filmagens da câmara de segurança do seu antigo prédio, mostra você chegando ao prédio_Eu disse, Rodolfo continuava sorrindo_mas como vocês podem ver o horário, 4h da manhã, ele chega só prédio_vi seu sorriso sumir_O que você fazia das 17h até o horário em que vc ir chegou ao prédio? Talvez, matando a família do seu irmão?_escutei as pessoas falarem juntas.

- Silêncio!_A juíza disse, batendo o martelo.

- Protesto meritíssima, ela está ofendendo meu cliente_O advogado disse apontando pra mim.

- Protesto negado_A juíza disse.

O julgamento ocorreu normal. O Rodolfo ficou em desvantagem, já que eu tinha bastante provas contra ele. Em alguns momentos eu vi o Rodolfo desconfortável, era notável o seu desespero. A juíza declarou uma pausa para analisar tudo e dar o veredito. Estava nervosa caso a juíza não o acuse como criminoso, eu torcia para que ele fosse preso e pagasse pelo que fez.

- O suspeito, Rodolfo Biazin Santos, acusado pelo crime de homicídio qualificado_ juíza começou_È considerado culpado, reclusão de 30 anos, sem pagamento de fiança, o caso está encerrado_a juíza terminou e bateu o martelo. Policiais levavam o Rodolfo a força para fora da sala.

- Eu disse que iríamos ganhar o caso_Eu disse ao Rafael, que abriu um sorriso grande, e me abraçou.

- Obrigado por ter me ajudado, a fazer a justiça pela morte dos meus pais_Rafael disse, seu sorriso diminuiu um pouco_Agora com tudo isso, queria poder ver minha irmã que estava junto do carro dos meus pais_disse e sorriu triste.

Eu tinha várias perguntas pra fazer pra ele. Principalmente, porque a família não se manisfestou em relação a Carol.