💙|Capítulo 14

6.6K 452 20
                                    

P.O.V Dayane

Mordo a tampa da caneta nervosa, olhando para algum ponto da minha sala do escritório. Aquele simples selinho, ainda perturba meus pensamentos.

Eu realmente não me entendo. Porque eu fui beijar a Carol? Ok ok, Não foi bem um beijo, MAS, foi um selinho. O quê eu tinha na cabeça para fazer uma coisa daquela? Beijar uma garota de 17 anos!

O pior não é nem o beijo, porque ele foi...bom. Confesso foi bom. Mas, eu estou com medo, dela não olhar mais na minha cara, minha melhor amiga parar de falar comigo. Eu tenho medo, de a qualquer momento a Luana entra pela porta da minha sala. Escuto o telefone em cima da minha mesa tocar, me fazendo sair dos pensamentos.

- Alô?_Falei assim que atendi.

- Senhora Lima, tem um homem aqui querendo falar com a senhora_Luana disse em um tom profissional, mas senti que tinha algo a mais no seu tom.

- Ele marcou horário?_Perguntei.

- Não senhora, ele disse que era um assunto importante e urgente_Luana disse. Suspirei e me levantei da minha cadeira de couro.

- Ok, tem algum cliente nas próximas horas?_Perguntei, indo em direção ao mini bar.

- Não senhora, o que irá ter ele cancelou_Luana disse.

- Ok, mande o entrar_Eu disse, e desliguei o telefone. Coloquei um pouco de whisky no copo. E voltei pra minha mesa, nessa caminhada ouvi batidas na porta_Pode entrar_mandei.

Me sentei na mesa colocando o telefone no gancho, nisso a porta se abriu, Luana apareceu e deu um sorriso pequeno pra mim. Ok, tinha de errado. Logo um homem um pouco mais alto que Luana, usava terno de preto. Seus cabelos eram ruivos e sua barba grande também.

- Pode se retira senhorita Garcia_Eu disse profissional. Ela assentiu um pouco receosa, e saiu da minha sala antes olhando pro homem ruivo_Por favor, sente-se_eu pedi, o homem se sentou na cadeira a minha frente_Como se chamar?,

- Eu me chamo Rafael Biazin_Ele disse, franzi um pouco, ele me lembrava a Carol. Talvez, deve ser o cabelo ruivo dele.

- Prazer senhor Biazin_Eu disse esticando a mão.

- Por favor não me chame de senhor, ainda estou novo_Ele deu uma risada enquanto apertava minha mão.

- Tudo bem, bom, qual o seu caso?_Eu perguntei. Ele suspirou antes de começar a falar.

- Quero acusar uma pessoa de assassinato_Rafael disse. Eu suspirei, já sabendo que seria um caso cansativo.

- Quem é o acusado?_Perguntei.

- Meu tio, ele causou o acidente que matou meus pais_Rafael disse.

× A Advogada × |Intersexual|Onde histórias criam vida. Descubra agora