Maximiliano

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Ofegante ambos entraram no carro, Max mal batera a porta do automóvel quando Dante tirou a camisa azul marinho de seu corpo, exibindo seus músculos torneados e sua pele negra como noz. Max olhou o máximo que podia antes de desviar olhar ao receber um sorriso malicioso de Dante.

Ele era mais bonito do que suas camisas deixavam aparentes, Max sabia disso naquele momento...

Para entender um pouco mais do que acontecia, deveríamos voltar a algumas horas antes.

Max estava dormindo tranquilamente em sua cama, seus cabelos espalhados para todos os lados em seu travesseiro branco, parecia vasos sanguíneos modelados perigosamente para seduzir. A coberta cobria seu corpo da lombar ao resto das pernas, seu tronco estava livre de qualquer roupa e seu peito nu tocava o colchão. Estava relaxado e apreciava a maciez que lhe era oferecida.

Max teve breves visões de uma abajur e um copo de água, seu óculos de armação preta, um caderno pequeno e uma lapiseira, nada muito estranho, apenas objetos que deixara sobre a mesinha-de-cabeceira enquanto se preparava para dormir.

A escuridão o tomou mais uma vez, não seria agora que acordaria, contava com isso em seu feriado de dois dias. Max esfregou o rosto contra o travesseiro, acomodando-se melhor ali.

Dormiu.

Passou-se uma hora, mas para Max tinha sido apenas alguns segundos. Uma pequena gritaria dentro do seu quarto, um peso sobre seu corpo, um susto. Max abriu os olhos bruscamente, impulsionou o corpo e agarrou o pulso da pessoa, sua mão fugiu para debaixo de seu travesseiro e agarrou a faca que ele esconde ali, virou a pessoa contra o colchão e pressionou a faca contra seu pescoço. A reação que sempre quis ter quando era acordado da mesma forma na mansão de William.

Seu corpo relaxou, restando apenas a sensação do seu coração batendo pesadamente em seu peito. Max se afastou, a mão recolhendo a faca, alguns espasmos pelo susto.

— Caralho, David, nunca mais faça isso — Max disse se levantando da cama, as mãos penteando seu cabelo para trás, a respiração pesada.

— Com o susto que você me deu, pode ter certeza de que eu nunca mais farei isso — o menino disse se sentando na cama — Por que você tem uma faca debaixo do travesseiro?

— Para este tipo de situação — Max disse baixo.

Suas mãos passaram pelo rosto dispensando a sensação de intorpecência que o sono lhe deixava como lembrete de uma longa noite, sentiu levemente o curativo em sua sobrancelha, na missão anterior o anjo havia socado o seu rosto.

Max procurou por sua camisa, gostava do carinho que seu cabelo fazia por toda as suas costas, mas era um caso diferente quando tinha alguém por perto. Max colocou sua camisa do pijama, uma ceda preta que era alguns notáveis centímetros maior do que Max. Com os braços e o tronco coberto, Max se sentou sobre a cadeira de sua escrivaninha e olhou para o aprendiz sorridente.

— Aconteceu alguma coisa? — Max perguntou.

— Aconteceu sim — David levantou um papel — O DNA do vampiro saiu.

David estendeu o papel para Max, alegre como sempre. O flamejante correu até a sua cama e pulou sobre ela, pegando o envelope e abrindo com pressa.

Barnabé.

— Nunca ouvi falar desse nome... — Max resmungou, a foto sendo pequena demais para Max reconhecer uma possível pessoa.

— Ele é dono de uma boate no centro — disse David — Pelo o que eu pesquisei, é um lugar muito famoso e bem movimentado.

Max sorriu, mais um passo para a sua conquista.

— Pois então eu vou conhecer este lugar.

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ØRIGINAISOnde histórias criam vida. Descubra agora