Havia se passado três dias após o último acontecimento, Dante estava mais alegre, o que mostrava um certa superação para com a morte de Nicolás. Tiana estava indo perfeitamente bem nas aulas de inglês, havia arrumado um amiguinho chinês que deixou Dante completamente enciumado, além de ter finalmente recebido uma marca fixa, já que a dela estava clara e poderia se modificar de acordo com o desenvolvimento dela.
Ela ficou tão feliz quando viu a marca sobre o ombro.
Uma raposa. Combinava tanto com ela. Max sorria muito e se divertia com os pulinhos da menina, Dante tinha os olhos brilhantes como se estivesse orgulhoso da própria filha. Max se recusava a admitir que estava quase chorando com a felicidade e evolução de Tiana.
Se sentiu um bobo por isso.
Seus aprendizes estavam se saindo muito bem nas aulas aquáticas, logo eles iriam para a Sala Branca desfrutar de uma boa neve. Fred começou a namorar, o que foi motivo para muitas brincadeiras entre os aprendizes, alguns deles perguntavam sobre a "paixão" que ele sentia por Max, e ele respondia que o "princeso inalcançável já tinha dono", o que fazia Max rir e se esforçar para disfarçar a cor rubra que tomava suas bochechas.
Era bom saber o tempo todo que pertencia à Dante, assim como Dante pertencia a ele.
E novamente se sentia bobo por pensar assim. Max já estava quase definindo aquela semana como a "semana das atitudes adolescente-apaixonado", porque a todo momento sentia o arrepio na barriga ao se lembrar de Dante, e sempre sorria quando alguém citava o nome dele, sempre tinha vontade de falar: Ah, está falando do Dante, o meu namorado? Sim, ele é incrível.
Tão patético, mas tão gostosinho de sentir.
Se alegrava ainda mais quando se encontrava com ele e lhe dava um selinho como cumprimento, além de sorrir abertamente quando ele estava escorado na porta da Sala lhe esperando após as aulas com os aprendizes. Uma sensação de formigamento nas mãos e nas orelhas sempre aparecia quando ele surgia de repente no final de seus compromissos, era como se viesse a paz depois da dor, mesmo que ensinar os aprendizes não lhe cause desconforto.
Era bom sentir a barba rala de Dante. Era bom sentir seus beijos. Era bom sentir o abraço. Era bom sentir as mãos em seu corpo. Céus! Era muito "bom", bons que apenas Dante causava nele.
Você está muito apaixonado; Max pensou sozinho.
Devia confessar que adorava ambos os lados de Dante. Havia dois: o romântico preocupado e o discretamente safado. Como sabia sobre eles? Simples, Dante os mostrava em pequenos e rápidos atos. O romântico preocupado sempre aparecia, seja em grandes ou pequenas situações, onde Dante segurava seu rosto e olhava no fundo de seus olhos, dizendo palavras bonitas e beijando seus lábios com carinho, depois caminhando ao seu lado, abraçando-o levemente.
O discretamente safado aparecia quando normalmente estavam sozinhos. Começava com um olhar mais fixo, desejoso, firme e másculo. Depois vinha os sorrisos laterais, que secretamente arrepiavam Max, em seguida alguns toques inadequados em partes igualmente inadequadas, a cereja do bolo era a voz baixa e os beijos lentos cheios de vontade.
Max estremecia as expressões só de lembrar.
Às vezes esse lado safado aparecia também em público. Era uma mão apoiada contra a lombar, praticamente sobre a bunda de Max. Uma mão enorme contra a sua coxa quando estavam sentados lado a lado, onde Dante disfarçava suas intenções fingindo tentar apoiar-se para pegar algo sobre a mesa, aproveitando para apalpar a sua carne e deslizar a mão para o interior de suas coxas, obrigando Max a manter o semblante de santinho e cruzar as pernas para segurar a mão de Dante, impedindo-o de deslizar seus dedos sobre aquela região.
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ØRIGINAIS
FantasySubmundanos criados para matar anjos, seres que não são o que todos pensam. Cada um tem seu poder, cada um tem sua missão, cada um por si. Onde não há espaço para paz, pode haver um espaço para o amor. Amor de um líder para um soldado. Aparência de...