Aquela manhã, definitivamente, foi a pior. A primeira coisa que Dante pensou quando abriu os olhos, com certeza foi um grande "Adeus Instituto". Aquele era o seu último dia de estadia em Los Angeles, e aquilo era desesperador.
Max apareceu no quarto de Dante quando o soldado menos esperava, quase ficando nu em frente ao líder de novo. Dante observou a semblante de Max, sério em um nível que parecia esconder algo a mais.
Talvez tristeza.
— Temos folga hoje — Max se pronunciou.
— Ah, bem... Certo — Dante se perdeu um pouco — Tudo bem? — retomou uma conversa normal.
Max manteve os olhos focados no rosto de Dante, deixando claro que não estava nada bem. Um suspiro e Max caminhou até Dante.
— Eu estou bem — Max respondeu — Um pouco nervoso pela ideia de que você vai embora ainda hoje.
Dante suspirou também e tocou o rosto de Max, passando o polegar em suas bochechas. Max fixou os olhos claríssimos em Dante e teve o olhar retribuído da melhor forma. Com carinho.
— Você sabe que não vamos perder totalmente o contato, não é? — Dante indagou.
— Claro que eu sei, mas não vai ser a mesma coisa.
— Eu sei, mas não podemos evitar.
Max sorriu levemente e se afastou, sentando-se na cama de Dante, vendo-o seguir para o guarda-roupa, indo vestir uma roupa depois do banho matinal. Max aproveitou para observá-lo um pouco mais.
— David quer nos levar para uma boate no Centro — Max comentou — Uma despedida típica dele.
— Não é uma má ideia. Podemos ir sim.
Dante vestiu a calça e uma camisa logo em seguida. A jaqueta foi colocada em seu corpo de uma forma máscula, tudo isso sob o olhar firme do Max, viajando por todos os lados de seu corpo o máximo que podia.
— Eu já disse que tenho inveja de você? — Max perguntou ao soldado.
— Uma vez. Algo parecido.
— Eu tenho inveja de você — Max afirmou, recebendo a atenção de Dante.
— Não vejo motivos — Dante sorriu e sentou-se ao lado de Max para calçar a bota — Mas eu acho que te invejo também, as pessoas tendem a ver nos outros aquilo que as falta. É inevitável.
— Você sempre foi acostumado a falar assim? — Max perguntou com um sorriso leve no rosto.
— Assim como?
— Como um sábio.
Dante riu levemente e se levantou, chamando Max junto a ele. Ambos ficaram frente a frente, os rostos só não estavam próximo, pois havia uma grande diferença de altura, mas Dante logo mudou isso.
Abaixando a cabeça, Dante alcança os lábios de Max e lhe deixa um beijo rápido, algo que poderia ser confundido com um simples selinho. Max sorriu provocado e devolveu, sentindo os braços de Dante circularem em sua cintura. Os corpos colados e os lábios apenas brincando, aproveitando do curto momento que teriam até a noite cair e Dante ter que ir embora.
— Você vai fazer o que durante a tarde? — Dante perguntou assim que saíram do quarto.
— Eu vou ficar apenas duas horas e meia com os meus aprendizes e depois vou ir com David para qualquer lugar louco que ele pode me levar — Max respondeu — E você?
— Estou pensando em me auto convidar para assistir a sua aula — Dante sorriu quando Max fez um expressão surpresa, disfarçando-a logo depois — A Tiana tinha me pedido ontem para ver uma aula sua antes de irmos embora.
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ØRIGINAIS
FantasySubmundanos criados para matar anjos, seres que não são o que todos pensam. Cada um tem seu poder, cada um tem sua missão, cada um por si. Onde não há espaço para paz, pode haver um espaço para o amor. Amor de um líder para um soldado. Aparência de...