O dia amanheceu bem, apesar de pensar que faltava apenas dois dias para Dante ir embora. A madrugada passou silenciosa, Max rodava sua cabeça na ideia de que estava realmente perdendo alguém muito importante, era como se cada segundo que se passava, um pedaço de Dante ia embora, e isso é desesperador.
Dante não foi só importante para Max se adaptar a mais uma pessoa no trabalho, como também foi um ótimo caminho para Max quebrar suas barreiras e finalmente se abrir a alguém, dividir sentimentos e até mesmo passar a noite. Coisas que definitivamente não estava nos planos de Max.
E isso lhe fez ficar muitíssimo apegado.
— Eu sei que vocês fizeram alguma coisa, e você precisa me dizer, eu sou a pessoa que mais apoia vocês dois, não seria justo você não me dizer nada sobre isso — David falava em cima de Max.
Max se remexia enquanto David se apertava sobre o líder, impedindo que ele se levante. Max já tinha desferido alguns xingamentos em direção ao aprendiz, mas ele não se rendia a nenhum momento, insistindo que deveria ter a resposta sobre seu questionamento.
— Tudo bem, tudo bem, eu respondo — Max falou, já havia desistido de discutir com o aprendiz — Eu e o Dante passamos a noite juntos.
David abriu a boca para fazer um escândalo, mas Max lançou a ele um olhar firme, fazendo-o ficar calado no mesmo momento. Logo depois, um sorriso perverso.
— E como foi? — David questionou.
— Como foi o que?
— A noite. Me diga, como Dante é na cama? Aposto que ele é carinhoso.
— É, ele é mesmo — Max proferiu — Mas também é... como eu posso dizer? Talvez... Ah, não sei explicar.
Max suspirou, relembrando os momentos vivenciados ao lado do soldado, todas as sensações, o prazer, força de Dante sobre o seu corpo, os beijos profundos que duravam longos segundos, a mão dele apertado sua pele, e o melhor momento, onde estavam perto do fim, quando o prazer se tornou tão absoluto que foi impossível não se entregar totalmente, quando suas pernas tremeram e os movimentos de Dante se tornaram vigorosos, quando o prazer esvaiu em uma serie de longos gemidos mútuos e corpos estremecendo como se estivesse esmorecendo. Céus, tinha que parar de pensar nisso, caso o contrário teria alguns problemas de concentração.
— Que expressão é essa? — David perguntou com malícia — Você está lembrando dos momentos quentes ao lado do seu soldado? — o sorriso estava preso em seu rosto, como se estivesse gracejando com a situação de Max.
— Nem vem, você já sabe que eu não vou dar detalhes — Max retrucou ainda sentindo o peso de David sobre o seu corpo, ele estava literalmente segurando Max contra o colchão.
Ele sabia que corria o risco de ser jogado contra o chão ao lado da cama, mas ainda arriscava.
— Certo. Pode pelo menos me dizer quem tomou a iniciativa?
— Eu tomei.
David abriu a boca novamente para fazer um escândalo, mas não o fez, apenas chacoalhou Max, como se o chamasse para comemorar junto. Max acabou sorrindo e foi abraçado por David, que soltava um grito baixo, só um ruído agudo saindo de sua garganta.
— Mas porque você tomou a iniciativa? Que milagre aconteceu? — David perguntou com o rosto vermelho de tanto segurar as emoções exacerbadas.
— O Dante vai embora.
David parou, fechando a expressão contente e ficou com o semblante assustado, travando no lugar, sendo pego de surpresa.
— O quê?
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ØRIGINAIS
FantasíaSubmundanos criados para matar anjos, seres que não são o que todos pensam. Cada um tem seu poder, cada um tem sua missão, cada um por si. Onde não há espaço para paz, pode haver um espaço para o amor. Amor de um líder para um soldado. Aparência de...