¤ Demônio da Morte.
Uma semana depois...
Os aprendizes encaravam o seu mestre com as expressões horrorizadas. Max só podia estar ficando louco ao imaginar que eles iriam fazer uma coisa dessa. Max via o semblante apavorado dos aprendizes e se lembrava da época em que Raider lhe apresentou essa proposta, para ele a ideia também parecia absurda na época.
— Max... isso é fisicamente impossível! — Fred foi o primeiro a reagir, assustado.
— O simples fato de conseguirmos controlar o fogo já é fisicamente impossível.
Os alunos ficaram pensativos e Max inclinou a cabeça, chamando Kriger para se aproximar. Ambos os líderes ficaram de frente para os aprendizes e sorriram, tranquilizando a nova ideia.
— Na teoria, a temática é simples — Max começou falando — Quando o raio cai sobre uma árvore, o que acontece? Visualmente falando.
— Surge fogo — Safira respondeu rápido, pensativa.
— Exatamente, mas antes disso o impacto se alastra pelo corpo físico, contudo, somos guardiões, nosso corpo é criado para suportar diversas situações, vocês sabem, não é? Imune a qualquer tipo de vírus, cicatrização rápida, e mais um monte de configurações, então não se preocupe, vocês não irão morrer eletrocutados — Max sorriu, irônico — Bem, ao menos não hoje.
Os aprendizes riram mais tranquilos, Max se afastou e ficou de frente com o líder da eletricidade. Assim, posicionados, Max deu a última explicação.
— Quando o raio vir, o fogo que irá surgir será controlado tempo o suficiente para não causar nenhum dano em nosso corpo, por isso exige muita concentração e velocidade, entenderam? — os aprendizes concordaram.
Max olhou para o Kriger e acenou com a cabeça, indicando que estava preparado para receber o raio. O líder russo levantou as mãos e pequenos raios começaram a serpentear entre os dedos do homem elétrico. Assim, em questão de milésimos, um raio cortou a arena, indo diretamente em direção ao Max.
Os aprendizes trancaram a respiração no mesmo segundo.
Quando piscaram, lá estava, Max com uma esfera de fogo na mão direita e um raio batendo loucamente de um lado para o outro. Os aprendizes ficaram perplexos com o que viam. Max levantou o dedo indicador de sua mão esquerda — pedindo um segundo — e jogou a esfera para o outro lado da arena, explodindo um pequeno raio sobre o chão. Os alunos se animaram e logo tomaram coragem para levar um raio forte em suas direções, queria conseguir pegá-lo e fazer com que tivessem um pequeno controle sobre outro dom.
Kriger foi totalmente cuidadoso com os aprendizes, tendo uma extrema cautela na hora de lançar o choque, não tendo risco de se espalhar em outros corpos. Max, como sempre, ficou observando o desempenho de todos os adolescentes. A grande maioria conseguiu fazer o truque sem muitas tentativas, outros precisaram de uma atenção especial, mas saíram da arena sabendo fazer tudo que havia proposto.
Eles realmente estavam preparados para ir para a Sala Azul.
— Seus aprendizes são ótimos, meus parabéns — disse Kriger assim que todos os adolescentes deixaram a arena, suados e ofegantes.
— Obrigado — Max sorriu escorado na única mesa que havia na arena — Os seus também são ótimos, eu os vi treinando na floresta esses dias.
— Acho que temos coisas compatíveis — Kriger riu e se encostou na mesa também — Eu gostei do Fred e do Erick, eles trabalham muito bem com a marca-dupla.
— Devo confessar que no começo não foi nada fácil fazer o poder deles funcionarem, mas com um tempo os dois já estavam fazendo coisas incríveis.
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ØRIGINAIS
FantasySubmundanos criados para matar anjos, seres que não são o que todos pensam. Cada um tem seu poder, cada um tem sua missão, cada um por si. Onde não há espaço para paz, pode haver um espaço para o amor. Amor de um líder para um soldado. Aparência de...