Maximiliano

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Todos soltaram um suspiro mais calmo quando Dante cumpriu com a necessidade de matar Maurício, ele claramente havia demonstrado que tinha planos ruins para o Instituto, imagina o que ele faria com tanto poder. O que seria da Asas do Submundo se ele tivesse tanta força em mãos?

Ninguém fazia ideia.

Dante, após acabar com a vida de Maurício, saiu da arena atordoado e sumiu da visão de todos. Para ele as informações deveriam ser muito novas e fortes, matar o melhor amigo do homem que o criou, esse mesmo amigo que matou seu pai. Com certeza era muita coisa para pensar. 

Max não foi atrás dele, preferiu ir guardar as armas, tomar um banho e guardar o livro que recebeu dos Gêmeos da Escuridão, depois conversou com Tiana e explicou que estava tudo bem, já que a menina parecia muito assustada. Coisas que levou bastante tempo, além de deixar David e Jonny atentos a tudo que aconteceu na viajem e tudo o que descobriu sobre os planos de Maurício. 

Realmente, aquilo tudo havia deixado Max exausto, ainda mais Dante, que teve que pilotar um helicóptero e lutar contra um homem forte. Eles nem sequer haviam dormido, estavam esgotados e com dores por todos os cantos do corpo, então era claro que iriam se retirar para um sono assim que tivessem o tempo livre de tarefas.

Antes de ir dormir, Max foi até o quarto de Dante, batendo na porta e ganhando a permissão de entrar. Dante já havia tomado banho e tinha o semblante cansado, mas ainda assim deu atenção ao que o Max tinha a dizer, o que fez o líder sorrir levemente.

— Como você está? — Max perguntou.

— Bem, apesar de estar um pouco dolorido e tenso — ele respondeu.

— Precisa de alguma coisa? 

Dante caminhou até a porta e segurou a mão de Max, que ainda não havia entrado no quarto, e o puxou para dentro, de forma carinhosa, não bruta como se fosse obrigação de Max estar ali dentro. Isso o fez conter um sorriso.

— Um beijo, e uma longa noite de... — Dante foi interrompido com uma exclamação assustada de Max.

— Sexo?! — ele tinha os olhos arregalados.

— Eu iria dizer sono, mas já que propôs — Dante sorriu cafajeste e abraçou a cintura de Max.

— Eu não propus nada, você que fica me olhando desse jeito estranho, foi inevitável não pensar coisas erradas — Max respondeu desviando o olhar, corando sem que pudesse se conter. 

Dante riu e falou:

— Eu ainda quero o meu beijo. 

Max riu mais e então circulou os ombros de Dante com os seus braços, ficando na ponta dos pés para beijá-lo como deveria. Max deu apenas dois selinhos longos, tendo os lábios capturados por Dante no terceiro, impedido de se afastar pelo sentimento transcendental, que lhe tira do mundo físico, fazendo apenas aproveitar aquele momento onde ficava junto ao Dante sem que ninguém saiba seu paradeiro ou o que está fazendo.

Umas das melhores sensações que já experimentou.

Max sorriu envergonhado quando Dante deixou de beijar sua boca para beijar sua bochecha, como se fosse uma criança que acaba de fazer um grande feito. O caminho de beijos seguiu pelo pescoço de Max, fazendo-o inclinar a cabeça em direção ao rosto de Dante, sentindo cocegas e tentando se livrar delas.

— Esse beijo está ficando muito longo — Max comentou.

— Você é que não me solta — Dante riu quando Max lhe largou no mesmo momento — E eu não disse que era para soltar.

— Eu vou para meu quarto, temos que dormir, então...

— Dorme aqui comigo?

Max levantou uma das sobrancelhas, sentindo que Dante ainda lhe segurava no mesmo lugar, abraçando-o pela cintura. Tudo aquilo era muito estranho e novo, nunca deixando de ser bom, óbvio, mas ainda assim diferente. Max sentia o rosto quente, não por vergonha, mas por sorrir o tempo todo, a barriga sempre fria pelas sensações deliciosas que Dante atribuía a ele. 

ØRIGINAISOnde histórias criam vida. Descubra agora