Dante

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A despedida de Max para com seus amigos foi rápida, eles aparentemente gostaram de Max, alguns até mais do que devia, Pablo e Santiago eram os exemplos disso. Eles usaram o sotaque espanhol para conquistar Max, beijaram a mão dele e lhe ofereceram uma flor, tratando-o como se ele fosse uma dama.

Isso fez Max rir bastante, depois ele disse com certeza que nunca trocaria Dante por alguém, e isso fez os gêmeos ficarem aborrecidos e alguns deles rirem da expressão dos espanhóis, Dante se sentia extremamente satisfeito com o que acabara de ouvir, tendo certeza que tinha a melhor pessoa ao seu lado.

Max era a pessoa perfeita.

Quando estavam prestes a entrarem no helicóptero, Dante segura o pulso de Max e faz com que ele se vire em sua direção, deixando um beijo rápido sobre os lábios dele, praticamente roubando a seriedade de Max, deixando-o molinho sobre os seus braços.

Dante amava ver os efeitos que causava nele, era o seu prazer particular.

Ao levantarem voo com o helicóptero, Max começou a bombardear perguntas sobre os seus amigos. Dante se sentia levemente enciumado quando Max perguntava demais dobre Pablo ou Santiago, mas descartava o sentimento ruim quando seu namorado ria de alguma coisa. Era uma risada jovial que lhe impedia de ficar bravo, muito menos com ciúmes.

— Seus amigos não virão junto? — Max perguntou depois de muito tempo, quando já estavam sobrevoando o mar do Caribe.

— Uma embarcação de Victor irá resgatá-los, é a única confiável que tem.

Depois Max perguntou sobre os poderes de seus amigos. Ele ficou surpreso com cada dom que Dante contava. Pablo, um floricultor, por isso deu a Max uma linda rosa, Santiago, em terreiro, Mateus, um músico, Enrico, um pedreiro, Osmar, um telec, George, um aquariano — Max já sabia disso. Dante ouviu a confissão que Max havia errado todos os seus palpites.

Eles riram bastante, brincaram com palavras para distrair-se, e fizeram um jogo de raciocínio com perguntas bíblicas e tudo que tinham ao alcance. Max acabou dormindo depois de um tempo, e só acordou quando Dante pousou o helicóptero. Praticamente teve que arrastá-lo para fora da cabine, levando-o no colo até o carro. Só não fez isso porque o Max é marrento e não se deixaria ser carregado de uma forma tão futre.

— Mas eu já te carreguei no colo antes, por que não posso fazer isso agora? — Dante questionou.

— Quando foi que você me carregou no colo?

— Quando você estava bêbado.

— Você está mentindo, e eu nunca fiquei bêbado na sua frente.

— Ah, então você se fingiu de bêbado para eu te carregar. Que coisa bonita, senhor Max.

Dante acabou recebendo um dedo do meio por parte de Max, que se negava a olhar para Dante e demonstrar sua vergonha pelo o que acabara de descobrir. Dante acabou rindo e abraçando Max por trás enquanto eles desciam as escadas do heliponto, Max estava chateado por Dante nunca ter contado a ele sobre ter o carregado enquanto estava bêbado.

Coisas que não duraram por muito tempo.

Eles pegaram o carro da garagem e correram o máximo possível pela estrada, até chegar em uma parte da floresta onde estaria o lugar onde procurariam o que precisavam. O celular de Max tocou e ele logo atendeu.

— Aconteceu alguma coisa? — Max perguntou.

— Maurício acabou de sair do Instituto revoltado com o sumiço de um carro e o helicóptero — David falou do outro lado da linha — Ele vai descobrir vocês em pouco tempo, então corram.

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