¤ Fetiches Demoníacos.
A semana foi conturbada, investidas incessantes de Richard, uma pequena discussão com Arya sobre o comportamento preconceituoso dele, algumas medidas — não muito efetivas — sobre isso, e mais um monte de situações que tirou a comodidade de Dante.
David havia perdido a cabeça várias vezes, quase ao ponto de invadir a sala de Richard e resolver aquela situação com o braço. Jonny, é claro, não deixou que ele desse um passo pensando nesta ideia, e isso causou uma pequena hostilidade entre eles, que foi resolvida apenas com uma série de carinhos e mimos.
Max reclamava sobre a diabete que isso estava causando em quem via, Tiana achava fofo e Dante não ligava muito.
Enfim, os dois dias haviam se passado calmamente. Max cada vez mais intrigado com o livro e Dante cada vez mais apaixonado por ele. Lembrava-se de quantas vezes esqueceu que estavam conversando e apenas admirou a beleza, perdendo-se em cada detalhe e contraste, ficando completamente inerte do que Max falava.
Sempre era despertado pelos estalos de dedo de Max em frente ao seu rosto, a expressão indignada dele e o rubor em suas bochechas quando respondia que estava admirando a obra de arte que tinha como namorado. Momentos tão bons.
— Por que não está me respondendo? — Max perguntou indignado — Já sei. Admirando a obra de arte.
— Que tenho como namorado — Dante inseriu — E pensando no que anda acontecendo nos últimos dias.
— Está muito preocupado?
— Só um pouquinho.
Max sorriu para ele e tirou os óculos, desferindo beijos leves sobre as bochechas e queixo de Dante. Ele disse uma vez que gostava de sentir os lábios sendo espetados pela sua barba, e depois corou por revelar isso.
Dante sorriu inevitavelmente.
— O que está te preocupando? — Max indagou.
— O que o Richard é capaz de fazer, ele é claramente louco — Dante passou a mão no próprio cabelo — Me arrependo de ter aprovado a entrada dele.
— Eu já disse que você não deveria sentir culpa, ninguém sabe o que realmente passa na cabeça das pessoas. Não tinha como evitar.
Dante suspirou e repousou sobre a cama de Max, colocando a cabeça sobre o travesseiro macio que ali tinha. O líder passou levemente a mão sobre o peitoral do Dante e pegou o livro que estava lendo, voltando a usar os óculos e ficar em silêncio.
Minutos depois, uma exclamação:
— É uma mulher!
— O quê? — Dante perguntou.
— A arma é uma mulher. Foi criada por Asmodeus e aparentemente tem alguma coisa a ver com aqueles objetos — Max olhou alarmado para o namorado, que já se sentava para ver o que tinha no livro — Eu tenho que encontrar essa mulher?
Dante passou algumas páginas e leu o que tinha ali. Havia muitas características ligado ao corpo e mais um monte de informações seguidas de desenhos ilustrativos. Uma coisa chamou a atenção.
— Essa mulher é uma guardiã — Dante apontou para a informação que dizia isso — E das poderosas.
— Acho que depois de anos, eu estou começando a sentir dor de cabeça pela primeira vez — Max resmungou.
Dante fechou o livro que jazia sobre o colo de Max e o deixou o mais distante o possível, afastando-o de Max. O líder já estava ficando estressado demais com esse assunto, merecia algum descanso por isso, relaxar e esquecer um pouco sobre essas novas descobertas.
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ØRIGINAIS
FantasySubmundanos criados para matar anjos, seres que não são o que todos pensam. Cada um tem seu poder, cada um tem sua missão, cada um por si. Onde não há espaço para paz, pode haver um espaço para o amor. Amor de um líder para um soldado. Aparência de...