Horcrux

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Morte on

Assim que cheguei pela lareira da sala de visitas do castelo Slytherin avistei minha avó em sua poltrona tricotando como sempre. É de impressionar como ela está calma levando em consideração a carta que ela me mandou.

- Boa noite vovó - falei caminhando até o centro da sala enquanto batia minhas roupas para tirar a fuligem que ficara.
- Oh, que bom que veio querida - falou vovó deixando o tricor de lado e se levantando. Ela caminhou até mim e me deu um forte abraço.
- Então... Onde ele está? - perguntei serena quando nos separamos.
- Escritório - falou vovó logo suspirando - está trancado lá desde que chegou.
- Entendo... - falei olhando para baixo - Bem, melhor eu ir lá falar com ele.

Me despedi da vovó e segui pelos longos corredores rumo a grande escadaria que da acesso ao andar onde o escritório fica. Assim que cheguei na frente das grandes portas de Carvalho escuro respirei fundo e bati três vezes. Logo uma voz um tanto irritada respondeu de dentro do cômodo.

- Eu disse que não queria ser incomodado Lyra!! - falou meu pai rude.
Suspirei e aproximei minha mão da fechadura.
- Ma'mor - falei quase como um sussurro. Abri a porta devagar e pus a cabeça para dentro. - nem pela sua filha?
- Morte?? - falou papai surpreso com minha presença. Ele olhou para mim da poltrona de trás da escrivaninha e se ajeitou na mesma.
Entrei no cômodo e fechei a porta em seguida.
- Está tudo bem papai? - perguntei calmamente indo até a frente da escrivaninha. A cima dela estava uma completa zona. Cheio de pergaminhos espalhados e molhados de tinta, provavelmente com raiva ele deve ter virado o tinteiro. Por cima dos pergaminhos que ainda estavam secos tinha um livro de couro preto. Um diário, acho. O centro do mesmo estava com um enorme furo.
- Mais ou menos - confessou suspirando em seguida.
- fizeram algo que não deveriam ter feito né. Vovó me contou - falei dando a volta na escrivaninha e indo até o lado dele. - o que é esse diário?
- Porque não senta aqui do meu lado - falou papai afastando um pouco para dar lugar a mim na poltrona. Sem demora me sentei. - Isso é uma horcrux - falou ele após passar um dos braços ao meu redor de forma protetora.
- Horcrux? Pensei que ninguém mais sabia como cria-las. - falei surpresa. - ela é...
- É minha, sim - completou papai - deixei ela com Lucios um pouco antes da minha queda. Era pra ele tomar conta, mas ele acabou despachando para Hogwarts porque achava que era o que eu queria - falou a última parte com raiva.
- Entendo, como foi destruída? - perguntei passando minha mão sobre o couro perfurado do diário.
- Harry Potter o destruiu - falou me fazendo estancar com a mão ainda sobre o diário. Fechei as mãos em punhos e olhei para o pai.
- Potter... Pai por favor me deixe mata-lo de uma vez - falei exaltada me levantando.
- Tenha calma, o Potter terá seu fim - falou ele calmamente. Me segurou por um braço e me puxou levemente para que me senta-se novamente.
- Mais...
- Deixe me continuar o que estava falando, tenho algo que quero lê falar. - disse meu pai - sei que deve estar Preocupada pela destruição dessa horcrux, Não esperaria menos. Mais a destruição apenas dessa não irá me matar, Eu fiz seis horcrux antes de cair.
- Mais pai, você disse que ela foi mandada para Hogwarts não foi? E que foi destruída pelo Potter. - falei preocupada - ela deve ter passado pelas mãos do Dumbledore, ele pode descobrir ou pelo menos suspeitar do que era, e se ele descobrir sobre as outras?
- Você tem razão - falou calmamente - sugere algo?
- Sugiro recolhemos todas e coloca-las em um lugar que ele não possa associar a você mesmo que procure sem descanso, Seria mais seguro. - falei esperançosa.
- Entendo. - falou pensativo.

Papai parecia cogitar algo, estava se preparando para dizer-me quando ouvimos batidas na porta e logo em seguida ela se abrindo. Vovó entrou e logo atrás dela veio Lars com uma enorme bandeja.

- Imagino que devem estar com fome. - falou vovó indicando para que o elfo coloca-se a bandeja na escrivaninha. - bom, pelo menos sei que Morte deve estar já que ela ainda não jantou.
- Obrigada vovó - respondi sorrindo. O elfo limpou toda a sujeira da escrivaninha e depositou a bandeja fazendo uma pequena reverência em seguida e se retirando.
- Bem, vou deixar vocês dois a sós. - falou vovó saindo do escritório e fechando a porta.
- Bem, onde eu estava mesmo - falou confuso. Ri com esse comportamento - acha engraçado mocinha - falou ele começando a fazer cosquinha em minha barriga. Não aguentei e acabei gargalhando.
- Tá bem, tá bem - falei tentando arranjar fôlego - já chega, já chega.
- Bem, eu ia responder sobre sua ideia antes da sua avó interromper - começou ele - acho que seja uma boa ideia. Porem, vou precisar de sua ajuda com algo.
- Tudo bem, o que é? - perguntei
- Sempre disposta - falou papai afagando minha cabeça. - preciso que recupere uma horcrux que está em Hogwarts. Não posso entrar lá, então preciso que você faça isso.
- Sem problemas, só dizer onde está e eu vou fazer - falei prontamente
- Essa é minha garotinha - falou ele com um leve sorriso. Ele quase nunca sorri, gosto quando faz isso. - está em uma sala no sétimo andar, ela não aparece para qualquer um. Dentro a um grande salão cheio de coisas velhas de todo tipo, montanhas delas.
- E como vou achar uma horcrux no meio dessa bagunça? - perguntei.
- Basta saber o que precisa achar. - falou papai - a horcrux é um diadema. O diadema de Rowena Ravenclaw. É um diadema prateado mais parecido com uma tiara, ela tem pedrarias azul e uma ave no centro.
- Rowena né... - falei pensativa - acho que sei como é o diadema.
- Ótimo - falou ele - agora coma, não deve voltar muito tarde para a escola ou nem mesmo o Severo poderá encobri. Voltei assim que achar o diadema, pedirei a sua avó para avisar assim que eu começar a reunir as outras.
- Está bem - falei levando uma das mãos até a bandeja e pegando uma pequena fatia de bolo da mesma. Depois de conversarmos e comemos eu finalmente resolvi que estava na hora de voltar para a escola.
Me levantei junto do meu pai e fui até próximo a porta com ele né seguindo.
- Vejo você logo pai - falei com um sorriso. Caminhei até ele é lhe dei um leve abraço.
- Até logo - falou meu pai quando nos separamos - tenha cuidado.
- Vou ter - falei abrindo a porta - pai...
- Sim
- Eu...eu - comecei procurando coragem onde não tinha pra completar a frase. O que eu posso fazer, é estranho dizer eu te amo pra alguém mesmo que seja da sua família. - Eu te amo pai - falei de uma vez
- Também amo você cobrinha - respondeu ele.

A Filha De VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora