Dia do baile

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O dia já começará ótimo, e com ótimo quero dizer, minha vó berrando do lado de fora do quarto para me acordar.
Levantei da cama bufando e fui para o banheiro.
Não demorou muito para os elfos da casa virem até mim e a sessão de tortura começar.

- Não sei para que preciso disso tudo, nem vão poder ver... - falei mal humorada.
- Mais você vai ficar tão bela senhorita, que mal vai fazer... - falou um dos cinco elfos que minha vó mandou para meu quarto. Cruzei os braços me deixando recostar na banheira.
- Espero que não esteja dando trabalho, Morte! - Exclamou minha vó do lado de fora. Joguei minha cabeça para trás de forma frustrada.

Depois do extremamente demorado, banho cheio de essências que me deixara espirrando por uma boa meia hora. E as sessões de embelezamento sobre o olhar vigilante da minha vó.
Agora eu estava caminhando pelos corredores do castelo a caminho dos laboratórios subterrâneos;
Um corredor de salas de pedra que tem no subterrâneo do castelo. Papai gosta de usar aquele lugar para suas experiências, e devo dizer que, eu também.
Meu pai se encontrava a minha espera em uma das várias salas. Ele estava sentado em uma cadeira de frente para um grande espelho. Sua forma, diferente do que era antes. Mudei minha forma também e fui até lá.

- Então resolveu aprender o feitiço de mudança de forma também... - falei entrando na sala; um lugar fechado, com piso e paredes de pedra.
- O que achou? - perguntou o mesmo sem tirar os olhos do espelho.
- Muito bonito... Se tirar o fato de que grita: Dumbledore me extupore. - falei a última parte em tom de exclamação.
- Apenas Dumbledore irá me reconhecer... Talvez Harry Potter... Mais eles não são uma ameaça muito grande no momento... Com o ministério os taxando de idiotas lunáticos, não iram se atrever a nós atacar.
- Vai saber - falei dando de ombros. - E essa caixa? - perguntei me referindo ao grande embrulho sobre uma mesa ao canto da sala.
- É pra você... - respondeu meu pai. Caminhei até a mesa e retirei o laço e a tampa da caixa.
Dentro havia um vestido verde dobrado. Levantei o mesmo e dei uma olhada; o vestido era comprido, claramente para festas elegantes, tinha bastante tule na saia, o que o deixada com aspecto de um vestido de Princesa. A parte de cima era de alcinhas e coberto de pedraria. O busto tinha um formato de "V" que deixava até metade da barriga a mostra.
- E qual seria o motivo disto? Afinal eu irei para o baile como Rihan se não se lembra... - falei recolocando o vestido na caixa.
- Você irá... Mais não quer dizer que não poderá trocar de forma enquanto estiver lá. - falou meu pai se levantando e vindo até mim. Sua nova aparecia era idêntica a de quando ele era jovem, mais ou menos 26 anos; cabelos lisos e negros, olhos verdes, pele clara e imaculada, alto, forte mais não tanto. - Só tome cuidado para não ser percebida... - completou meu pai. Olhei para a caixa e passei uma das mãos em cima da mesma.
- Claro, sem problemas - falei e logo senti os braços dele rodearem meu corpo. Deixei meu corpo relaxar no seu abraço. Passado alguns segundos nos dois nós separamos, meu pai olhou uma última vez para mim.
- Não vai se vestir? - perguntou ele me olhando com um sorriso mínimo.
- Verdade! - falei lembrando que faltava duas horas para o baile. Minha vó me fez ficar horas naquela turtura maçante. Me afastei dele pegando a caixa e caminhei apressada para sair da sala.
- Calminha aí mocinha... - falou meu pai divertido. - Entendeu tudo direitinho?
- É sério? - perguntei com frustração. O mesmo continuara olhando para mim. Suspirei. - aaaah, Vou como Rihan, junto com meus Párias, você e os comensais, Os Párias e os comensais conhecidos vão sobre o feitiço glamour. Quando estiver no baile poderei trocar de forma por tanto que ninguém perceba. E, terei que mante-lo no meu campo de visão a noite toda... - falei com olhar de tédio.
- Exata... Me manter no seu campo de visão? - perguntou ele confuso.
- Acha que eu vou te deixar sozinho, com essa aparecia e um monte de gente da ordem por perto... - falei olhando pra ele de forma óbvia.
- Eu sei me cuidar, e... - começou o mesmo mais o interrompi.
- A expert em escudos antigos aqui sou eu... Não vou arriscar que te matem - falei sem deixar ele retrucar. - Agora, com licença... - falei saindo da sala com uma postura vitoriosa.

A Filha De VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora