Ida ao beco diagonal

4.9K 416 209
                                    

      Morte On

    As férias passaram rapidamente, agora falta poucos dias para voltarmos para Hogwarts. Estava deitada em minha cama lendo um livro de poemas que ganhei do Theo de aniversário. Como sempre, ele acertou em cheio meus gostos e eu estava simplesmente vidrada nas palavras desse poeta.
Eram mais ou menos umas dez da manhã e a tarde teria que ir no beco diagonal providenciar meu material escolar. Tecnicamente era pra mim fazer isso, mais pedi para uma das minhas Párias, Narberal Gamma, fazer isso para mim. Eu iria simplesmente andar por aí e desfrutar dos eventos que minha presença irá causar. Porque? Bem, eu vou na forma do Rihan e pedi para James, Bellatrix, Rodolfo e uma das vampiras do meu grupo Shalltear, virem comigo.
    Estou animada, bem, esses dias fiquei a maior parte do tempo no castelo Slytherin treinando as habilidades dos Djins e meu psicológico já estava enlouquecendo a tanto tempo sem experimentar a ação.
    Aprendi que muitas das habilidades dos Djins são como uma faca de dois gumes para mim. Utilizam muito da minha energia mágica e foi por isso que eu desmaiei quando usei a magia vórtice de fogo do Djin Amon, porém, invoca-los para lutar no meu lugar não requer nada de mim e eu posso fazer isso livremente.
   Nem vou entrar em detalhes sobre como os treinos de magia Djin deixou meu pai preocupado, muitas vezes cheguei a desmaiar, algumas a tossir e cuspir bastante sangue. Foi um caus, mais os Djins disseram que eu só precisava treinar meu núcleo mágico e deixá-lo mais forte, assim iria aguentar magias que pedissem mais de mim.
Foi o que eu fiz a maior parte do tempo, depois de ler muito sobre o núcleo mágico e ouvir várias explicações do meu pai sobre o assunto, comecei a por em prática.

   Ouvi a porta ser aberta e por ela entrar minha vó com uma bandeja, olhei por um dos lados do livro e logo voltei a ler de novo. Esses dias se tornou bem comum minha vó trazer algo para mim comer pessoalmente para ter um pretexto para me ver, porque desde que comecei a praticar e fortalecer o núcleo mágico mal tenho saído do quarto.

- Vai me falar sobre o que está lendo? - perguntou minha vó pondo a bandeja em um dos pequenos móveis que ficavam ao lado da cama.
- Poemas... - falei curta, não queria perder o fio do que estava lendo, não queria ler tudo de novo.
- Poemas... - repetiu minha vó sentando na beira da cama e me encarando. Assim que terminei de ler mais um, parei um pouco e olhei para ela que sorria.
- Que foi? - perguntei sem me levantar. Estava com preguiça.
- Não vai levantar? Vai se atrasar - falou ela ainda me encarando. Fechei o livro e o coloquei de lado me sentando a contra gosto.
- Está louca para ler o jornal amanhã não é - falei rindo - já posso imaginar a manchete; O HERDEIRO DAS TREVAS ATACA. - falei gesticulando com os braços de forma teatral. Minha vó riu com isso. - Já vou me arrumar, não se preocupe... - falei e ela me deu um beijo na testa. Se levantou e saio.

    Comi em silêncio e assim que terminei fui para o banheiro, depois de tomar um merecido e longo banho, coloquei uma calça e uma blusa azul escura de mangas e gola alta. Pus uma das minhas várias botas com salto, escolhi uma com várias correntinhas de espinhos. Depois de pronta, peguei minhas coisas e sai do quarto. Por muito pouco não piso na cabeça de Nag.

- O que faz aqui Nag... - perguntei em ofidioglota. A cobra manteve a cabeça baixa e com um sorriso mudei minha forma para a do Rihan. Escolhi para minha forma de Rihan uma roupa parecida com a minha, calça preta, blusa de manga e gola alta azul e uma bota masculina sem salto, obviamente.
- Soube que iria ao beco diagonal com alguns Párias e Comensais hoje... - disse a cobra se enroscando em minhas pernas. Me abaixei e deixei que ela se enrola-se mais em mim.
- Vou sim, não diga que quer ir junto comigo... - comentei com um sorriso.
- Quantas vezes tenho que dizer pra não sair sorrindo assim. - falou a cobra com um sibilar enciumado.
- É muita pureza eu sei... - falei convencida fazendo charme.
- Menos... - falou Nag, se cobras pudessem revirar os olhos, com toda certeza Nag estaria fazendo isso agora. Não aguentei e comecei a rir. Ouvi um forte estralo vir do lado de fora, sinal de que mais de uma pessoa aparatou ao mesmo tempo para o castelo. Levantei e olhei para o corredor a minha frente.
- Vamos... - falei dando um passo a frente, mais parei vendo que Nag não se mexeu.
- Vamos? - perguntou a cobra confusa. Sorri.
- Não ia se oferecer para ir comigo? - perguntei divertida. A cobra sibilou para mim e seguiu ao meu lado.

A Filha De VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora