A Filha De Voldemort

Quarta parte: Sala da profecia

Novamente, o Potter rumou até a porta e a abriu, os outros indo logo atrás do mesmo.
Está sala era bem maior que a anterior, se isso era possível. Fracamente iluminada e retangular, e seu centro era afundado, formando um grande poço de pedra com mais de cinco metros de profundidade. Estávamos no nível mais alto de uma série de bancos de pedra que corriam em volta de toda a sala e desciam em degraus íngremes como em um anfiteatro, ou um tribunal para ser mais específica. No lugar de uma cadeira com correntes, porém, havia uma elevação no centro do poço e sobre ele um arco de pedra que parecia antigo. Rachado e corroído, o arco estava fechado por uma cortina ou véu preto esfarrapado que, apesar da total imobilidade do ar frio circulante, esvoaçava muito levemente como se alguém o estivesse acabado de tocar.
Como uma boa conhecedora de artefatos antigos, esse não me era uma exceção. Para o conhecimento de poucos, este belo e antigo arco de onde pequenos sussuros podiam ser ouvidos, se tratava de um portal, um caminho só de ida para o reino dos mortos.
Segundo o que aprendi sobre, o véu separa o mundo dos vivos e dos mortos e acredita-se que alguém que atravessa o véu, está para sempre preso no mundo da morte.
Descobri isso a uns quatro anos atrás, quando estava pesquisando artefatos inbebidos em magia das trevas.
Definitivamente não posso deixar ninguém chegar perto dessa coisa, e com ninguém quero dizer eu ou alguém que interesse aos meus planos...

- Quem está aí? - perguntou o Potter saltando pelos degraus até o grande arco no centro da sala. Você, se quiser, já pode cair lá dentro, a vontade... Pensei sorrindo internamente.
- Cuidado, Harry! - Exclamou a castanha indo atrás dele. Desci os degraus com calma, afinal não iria correr para socorrer-lo.
- Sírios? - perguntou o cicatriz próximo ao arco, revirei os olhos e me juntei a ele e a castanha. O restante do grupo ainda estavam descendo os degraus até nos.

O cicatriz deu uma longa volta ao redor de todo o arco, como se procurasse a fonte dos murmúrios.

- Vamos embora - chamou a castanha com visível medo já na metade do caminho de volta para a porta. - Não é a sala certa, Harry, anda, vamos logo.

Era óbvio que ela estava amedrontada, muito mais do que estivera na sala onde estão os cérebros, e claro, eu tô adorando isso.
Desviei meu olhar para o arco a fim de disfarçar a satisfação que sei que estava evidente. Olhando atentamente, cada detalhe, cada fissura, o arco até que possuía beleza; uma beleza sombria e assustadoramente convidativa, mais ainda sim, belo.

- Harry, vamos embora, o.k? - insistiu a garota chamando novamente minha atenção.
- O.k - falou o Potter sem se mexer. Sussurros fracos saiam do arco, sussuros que eu podia ouvir e tenho certeza que ele também. Afinal, não é tão diferente do meio dos testrálios, todos que viram a morte, podem ouvir. - O que é que você está dizendo? - perguntou o garoto para as vozes vindas do arco. Olhei de relance para a castanha e ela estava cada vez mais amedrontada.
- Ninguém está falando, Harry! - falou a garota olhando para todos os lados como se esperasse o ataque.
- Alguém está sussurrando ali atrás - disse o Potter, indo para ainda mais perto do arco. - É você Rony?
- Estou aqui, cara - disse o ruivo aparecendo do outro lado do arco com uma expressão confusa.
- Ninguém mais está ouvindo? - perguntou o Potter quase entrando dentro do arco.
- Eu também estou ouvindo - cochichou a Lovegood, reunindo-se ao Potter pela lateral do arco e observando o véu ondular. - tem gente aí dentro! - exclamou a garota avoada de forma surpresa.
- O que vocês querem dizer com aí dentro? - a castanha exigiu saber, saltando do último degrau e parecendo mais zangada do que a ocasião exigia. - Não tem ninguém aí dentro, é apenas um arco, não tem espaço para ninguém dentro dele. Harry, pare com isso, vamos embora... - a castanha agarrou o braço do cicatriz de forma apressada e saio puxando ele escadaria a cima. Ou pelo menos tentou, o Potter insistia em ficar perto do arco. Pula logo dentro, cacete...
- Harry, a gente veio aqui por causa do Sírios! - disse a Weaslay mais nova com a voz tensa.
- Sírios - repetiu o Potter, ainda fitando, hipnotizado, o véu que balançava sem parar. É oficial, preciso de um desses... - É...