A Filha De Voldemort

Lar

- E então, o que pretende fazer agora? - perguntou minha vó depois de tomar um pouco do sorvete dela. Estávamos no beco diagonal, na sorveteria Florean Fortescue.
- Ainda não sei...
- Descanse um pouco, você está de férias e logo vai ter que voltar para Hogwarts novamente - falou minha vó me interrompendo.
- Descansar? Gostaria de saber quando foi que tive tempo pra isso na minha vida... - falei sarcástica, dando uma colherada no meu sorvete. - mesmo que não tivesse que lidar com os planos do meu pai, ainda tenho os Párias, e preciso aumentar meu poder...
- Aumentar? Não acha que já tem poder demais? - perguntou minha vó, a colher parada a meio caminho da boca.
- Talvez até possa lidar com a Ordem... - falei olhando pra um ponto específico na mesa - Posso até mesmo vencer meu pai em duelo... Mais não quer dizer que seja a pessoa mais poderosa do mundo bruxo. Ainda há pessoas que podem me derrubar... - completei pensando em como sai acabada da luta contra Dumbledore, eu venci, mais ainda sim  sai esgotada.
- Talvez tenha razão... - falou minha vó voltando a tomar o sorvete. Sorri e dei mais uma colherada no meu.
- Talvez... - repeti.

    Nossa tarde fora assim, saímos e fomos até o beco diagonal, passamos na sorveteria e em algumas lojas de roupas que tinha no lugar. Ao final da tarde, voltamos para o castelo.
Assim que chegamos, me despedi da minha vó e, assim como ela, dei minhas sacolas para os elfos guardarem.

- Sebas... Onde está meu pai? - perguntei para um dos mordomos da casa quando ele veio pegar minha capa.
- Está no escritório, senhorita Slytherin. - respondeu o mesmo de forma cordial. Sebas não era muito mais velho do que eu, Alem de ter uma beleza extraordinária, bem, ele também é um vampiro, então...
- Obrigada... - falei e sai pelos corredores para falar com o mesmo. Assim que cheguei ao escritório, como sempre mudei de forma com um forte suspiro de insatisfação e bati na porta, entrando em seguida sem esperar resposta. - Até quando pretende ficar aqui dentro?
- Não me lembro de ter dito entre... - falou o mesmo de forma seria sem tirar os olhos de um livro a sua frente.
- Não estrague meu bom humor, por favor... - falei brincalhona. Caminhei até ele e me sentei no braço de sua poltrona.
- Bom humor?... Espero nunca ter que lidar com o mal humor então... - falou o mesmo sarcástico. Apenas revirei os olhos e puxei o livro mais para o lado para ficar próximo de mim também.
- Núcleo mágico... - li em voz alta. - Porque está pesquisando sobre o núcleo mágico?
- A profecia dizia... Ele conhecerá uma magia que o lorde das trevas desconhece... Estou apenas procurando. - falou meu pai batucando com o dedo indicador da mão direita sobre a mesa.
- Existe uma magia que você não conheça? - perguntei para o mesmo. Parecia mais uma piada.
- Isso é o que vamos ver... - falou meu pai, pus uma das mãos sobre o ombro dele e sorri.
- Essa profecia foi feita para o velho gaga imprestável do Dumbledore, não foi? - perguntei para ele, meu pai deixou um pequeno sorriso ladino adornar seus lábios antes de falar.
- Sim... - falou meu pai fechando o livro.
- Ou! Eu tava lendo... - falei guando ele fechou o livro e pós de lado. - Bem, de qualquer forma, ela deve ser bem antiga, tipo, de antes de eu nascer...
- Achei que minha filha prodígio já teria decorado cada palavra desse livro... e sim, é uma profecia antiga. - falou ele me fazendo revirar os olhos.
- Talvez... - falei me referindo a ter decorado o livro, virando o rosto para o lado contrário. - Eu queria saber... agora que temos a profecia, já criou um jeito de bloquear o Potter da sua mente?
- Estou quase... - falou o mesmo de forma seria. - sei que não é agradável ficar nessa forma sempre mais será por pouco tempo agora...
- Eu sei... Só... Avise quando tiver... - falei me levantando. - vou pro meu quarto tomar um banho e desço para o jantar. - falei indo até a porta.
- Terminarei aqui e também irei... - falou meu pai pegando um pergaminho e desenrolando.
- Até já então... - falei abrindo a porta e dando uma última olhada para dentro. Sai e fechei a mesma.

    Segui pelo corredor de volta para as escadarias e segui para a ala oeste do castelo, onde fica meu quarto. Durante todo o caminho fui pensando em tudo que tinha para fazer, e percebendo a lista extensa que já estava se formando.
Suspirei pesadamente e abri a porta do meu quarto, o cheiro de lavanda e limão costumeiro entrando pelo meu nariz.
Puxei bem o ar e deixei aquele perfume me inebriar. Tão bom...
Caminhei pelo quarto parando em frente ao espelho. Desfiz o feitiço de mudança de forma e fui até meu closet escolher uma roupa para usar depois do banho. Não que tivesse importância.
Acabei optando por um vestidinho curto branco com a saia soltinha. E uma sandália dourada de dedo com uma for de lótus no tornozelo.
Fui para o banheiro e deixei a banheira enchendo. Enquanto isso peguei um pedaço de papel e pena, sentei na escrivaninha e comecei a escrever uma mensagem para Grindelwald.