Masmorras Slytherin

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Morte On

Acordei com o som de batidas em minha porta. Virei na cama e abri os olhos olhando em volta, não demorou para que a porta se abrisse e meu pai passasse por ela.
Me mexi na cama esbarrando em pilhas de livros espalhados pela mesma, passei a maior parte da noite passada lendo uns livros que Milei me trouxera e me entregara antes da nossa reunião.

- Oi - falou meu pai caminhando até o lado da minha cama.
- Aconteceu alguma coisa? - perguntei me sentando e observando o mesmo.
- Sua vó disse que não saio do quarto ontem depois da reunião... Cheguei tarde então deixei para verificar pela manhã... - falou ele se sentando ao meu lado me fazendo afastar para o lado para caber.
- Estou bem... Não foi nada - falei com um sorriso mínimo.
- Certeza? - perguntou ele ainda me olhando. Assenti com a cabeça.

   Ontem, depois da reunião e de mandar Phenex levar minha astuciosa encomenda, desci até às masmorras para confrontar meu atual prisioneiro.

Flashback on

   Com a varinha em mãos e Valefur flutuando ao redor da minha cabeça, desci degrau por degrau da estreita escada de pedra que leva até às masmorras do castelo Slytherin.
     Ao chegar no final do lance de escadas e da porta que leva até o corredor de celas pude ouvir vários gritos cortantes e xingamentos que ao que era notável, vinham de uma das últimas celas do lugar.

- Tsh... Nem para faze-lo ficar calado, que imprestável - falou Valefur ao ouvir os gritos estridentes do lugar. Valefur tinha deixado FurFur como guarda da cela de Sírius ao enviá-lo para cá. Sorri de canto em resposta ao outro e continuei seguindo pelo lugar calmamente.
- EU JURO QUE QUANDO EU SAIR VOU MATAR TODOS VOCÊS!!! - Berrou Sirius em plenos pulmões. Caminhei mais um pouco e parei em frente a sua cela.
- Jura... E se eu duvidar? - falei sem nenhum resquício de humor ou sentimentos contidos na voz. Estava completamente seria.

    Sírius se encontrava no chão no interior da cela de pedra. Suas mãos amarradas com grossas correntes que estavam bem presas na parede. Havia uma coleira de metal pesado também presa ao seu pescoço; essa, a corrente se prendia ao chão. Sempre que ele se movia o barulho das correntes no ambiente era audível, e vê-lo em uma situação tão deprimente fazia meu interior se agitar de uma forma boa.

- Morte, Sua...! - Começou ele assim que me viu parada na frente da cela. Fora impossível conter um pequeno sorriso que insistiu em se formar em meu rosto. - Como ousa... Solte-me!
- Você faz exigências demais pra alguém que invadiu meu território... - falei seria o fazendo tentar avançar contra as grades em fúria, mas fora restringido pelas correntes.
- Porque? - falou ele em um fio de voz.
- Porque? - Rebati a pergunta com falsa confusão.
- Se fora por medo, a Ordem poderia ter te protegido... você não precisava seguir por esse caminho - falou ele com tristeza.
- Medo... Vocês da Ordem e sua insistência em dizer que meu pai apenas me usa e nada mais é irritante... - falei ríspida, já estava perdendo a paciência com isso. Sírius levantou a cabeça até então baixa para me olhar.
- Falamos porque é a verdade! Ele... - começou ele me interrompendo.
- SILENCIO! - falei alto de forma irritada e logo gritos preencheram o ambiente. Sírius berrava e se contorcia no chão da cela ao meu comando, Sempre que ele insistia em falar algo entre os gritos mais ele se revirava, mais doía. - Achei que havia aprendido essa lição Sírius... Não irei repeti-la para você, lembre por si só. - falei em meio aos gritos do outro. - O caminho que escolhi, ficar ao lado do meu pai, isso foi uma escolha internamente minha... Dumbledore era apenas um velho tolo com suas palavras bonitas sem um significado definitivo - falei lembrando de tudo que ele dizia. Desde meu pai me usar até o amor ser algo desconhecido pelo mesmo. Bem, também tenha sido no passado. - Eu não daria tanto ouvidos a ele se fosse você... - falei e depois de algum tempo os gritos diminuíram. Sírius olhou para mim com fúria; os dentes serrados. - Que bom garoto... Você parece querer muito falar. Se prometer me obedecer eu deixo você falar. - disse com a voz meiga e carregada de deboche. Vi os mesmo trincar os dentes e se sentar com a cabeça baixa. Sorri. - Melhor... Não foi tão difícil, foi? Diga...
- Dumbledore... - falou ele com raiva contida. - Foi o maior bruxo de todos os tempos! - falou a última parte deixando a raiva sair. - Vocês não vão vencer! - desfiz o sorriso e suspirei. Valefur ao meu lado soltou um muxoxo indignado perante a cena; Ergui a mão e o mesmo se calou.
- Tsh Tsh Tsh - estalei a língua bancando a cabeça negativamente. - Lamentável, verdadeiramente lamentável... Seria tão mais fácil se você se junta-se a mim Sírius.
- Prefiro morrer a me juntar a você... - falou ele ríspido e eu sorri levemente com deboche.
- Nam... Eu vou convencer você Sírius... Ninguém pode se fazer de durão pra sempre... Ainda mais quando suas fraquezas são postas em cheque - falei e o mesmo me olhou sério. Por um momento vi seus olhos vacilarem. - o que? Toquei em um ponto fraco?
- Não ouse tocar no Harry sua aberração!! - falou ele gritando e eu sorri.
- Aberração?? Por um momento me senti ofendida. Potter já está com os dias contados Sírius, quanto antes aceitar isso, será mais fácil pra você...
- NÃO!! - gritou ele se debatendo para se soltar das correntes. - Não ouse tocar nele!! Morte, se você fizer alguma coisa com o Harry eu... - falou ele e eu sorri levemente.
- Você? O que você iria fazer? - perguntei com deboche. Hoje eu estava um poço de puro deboche.
- Não se esqueça que você também tem fraquezas, Morte - falou ele com raiva. Não pude segurar uma risada.
- Talvez eu possa até ter... Mais elas estão muito fora do alcance de gentinha como você Sírius. - falei vendo o mesmo serrar os punhos.
- Será mesmo, Morte... Se eu fosse você não piscaria os olhos, agora que o ministério sabe sobre você eles estão seguindo seus passos. - falou ele e agora fora minha vez de ficar seria.
- Que tentem... A morte será a única coisa que iram ganhar com isso. - falei seria e o mesmo soltou um riso anasalado de deboche.
- Eu vou adorar ver todas as pessoas que ter cercam irem pelo buraco, Morte... Principalmente aquele seu cãozinho tão adorado, Malfoy... - falou ele com um grande e debochado sorriso. Apertei o punho da varinha com força.
- Nossa conversa acaba aqui, Sírius... - falei levantando o punho com a varinha. - Não se preocupe, não irei mata-lo. Não vejo nescessidade de estragar um brinquedo em tão bom estado... ESTUPEFAÇA! - o feitiço deixou a ponta da minha varinha e assim que colidiu contra o corpo dele, Sírius voou contra a parede e caio inerte, totalmente inconsciente.

A Filha De VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora