A Filha De Voldemort

Profecia e Poder

"Aquele com o poder de vencer o Lorde das trevas se aproxima...
Nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar do sétimo mês...
E o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece...
E um dos dois deverá morrer na mão do outro, pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver...
Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar..."

Ouvi cada palavra com calma, sentada sobre a cama, com a profecia sobre o colo.
Assim que a voz névoada parou de falar. Levantei meu rosto para olhar para a parede. Repeti os dizeres na minha cabeça.
Várias coisas faziam sentido e algumas não se encaixavam.
Os primeiros trechos eram óbvios, pelo menos até a parte do marcará como seu igual. Depois daí fica meio confuso; uma magia que o lorde das trevas desconhece... Com certeza não é algo fácil de imaginar.
Levantei da cama, segurando a profecia com cuidado e caminhei até uma estante com espelho que ficava próximo a cama.
Sobre a estante tinha um pequeno suporte em forma de cobra, largo o suficiente para caber a esfera da profecia. Coloquei a mesma sobre o suporte e caminhei até a janela.

- Algo a perturba, mestra? - Noir falou se arrastando até o lugar onde eu estava.
- Só estou pensando... - respondi me abaixando e pegando Noir nos braços. Ajeitei a cobra sobre meus ombros e voltei a olhar para o lado de fora.

É verão, o dia estava bem claro, o sol estava quente e bem forte. De onde estava, vez ou outra pudia ver uma borboleta pousar nas flores nós canteiros do jardim. Seria um dia relaxante se eu não tivesse tanto o a fazer...
Ainda com Noir sobre os ombros, caminhei para fora do quarto e segui pelos corredores de volta para o tério. De la, segui por outro caminho para chegar até a grande biblioteca do castelo.
Assim que entrei no cômodo, o forte cheiro de livros velhos entrou pelo meu nariz, caminhei entre as estantes até o centro do lugar, lá ficava os sofás e as poltronas de estudo.
Chegando lá, coloquei Noir sobre um dos sofás e fui procurar entre as estantes algo sobre feitiços desconhecidos. Não com grande esperança de que fosse achar algo ali. Afinal, já tinha lido quase tudo que estava nessa biblioteca.
Suspirei, já imaginando que isso não seria fácil.

XXX

Os dias se passaram, e nada de conseguir algum progresso no procuro das magias. Amanhã iria até Holyhead para a reunião com os Párias, na semana passada enviei uma carta aos Ruking para que ficassem cientes da reunião. E desde então tenho feito o melhor para manter a calma diante da frustração.
Estava deitada na cama, já era por volta de meia noite e meia e eu estava cansada depois de mais um longo dia lendo milhares de livros em busca de alguma luz.
Noir e White estavam enroladas a beira da cama dormindo tranquilamente. Suspirei e virei para o lado na esperança de descansar um pouco.

- Morte...
- Sempre me chama quando estou prestes a dormir... - falei revirando os olhos. - Aconteceu algo?
- Eu que pergunto? - Meu pai falou do outro lado. Suspirei.
- Apenas cansada, nunca imaginei que seria tão difícil achar uma bendita magia...
- Ainda bem que eu fiz algum progresso... - respondeu meu pai e tinha certeza que ele sorria convencido.
- E qual seria seu progresso?
- A profecia foi feita antes de você nascer, apenas três meses antes, mais ainda sim...
- Onde quer chegar? - perguntei me ajeitando na cama.
- Dumbledore vivia me falando sobre a magia mais poderosa de todas ser o amor, e que eu nunca interderia o que isso significa...
- Dumbledore é imbe... - Comecei mais fui interrompida por meu pai.
- Olha o linguajar...
- Ué, falei algo errado?
- De qualquer forma, a profecia não vale mais... Afinal, se a magia que Dumbledore tanto acha que desconheço é o amor... Ele... - falou meu pai excitando um pouco no final.
- Eu entendi... Não precisa continuar se não tiver confortável... - falei com um pequeno sorriso nós lábios.
- Certo... Eu estarei voltando para casa amanhã, o que acha de passarmos o dia treinando, só nos dois... - falou meu pai animado, me senti triste por não poder fazer isso.
- Terei que adiar... - falei com tristeza. - tenho que ir para Holyhead amanhã...
- O que tem em Holyhead? - perguntou meu pai também um pouco triste por minha viagem.
- Forte Nura... Tenho uma iniciação para fazer.
- Sei... Dos Ruking...
- Sim...
- Bem, tenha cuidado então... E se precisar de mim, sabe como me chamar. - falou meu pai reconfortante.
- Não sou mais criança... Mais terei cuidado, pode deixar. - falei sorrindo.
- Boa noite, serpentinha...
- Boa noite, pai...