Treino e casa dos Malfoy

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     Durante a noite meu pai me contara que no dia seguinte iria até a mansão dos Malfoy para uma reunião, como não tinha muito mais o que fazer, insisti em ir também.

No dia seguinte, ainda pela manhã, levantei praguejando por meus Djins não me deixarem dormir em paz nem um minuto. Eles simplesmente ficaram desde que o sol nasceu, discutindo asneiras entre si e como nossos subconscientes estão conectados eu não podia fazer nada além de ouvir tudo.
Tanta hora pra encherem o saco tinha que ser às seis da manhã, sério!?
Praguejei para mim mesma indo até o banheiro.
Tomei um banho de banheira bem demorado e depois de quase uma hora, sai e fui até o closet me vestir. Como só iria para a casa dos Malfoy a tarde, colocaria uma roupa mais confortável para treinar pela manhã.
Acabei optando por uma calça preta de couro com barbantes transpassados na frente do início da coxa até o pé, uma blusa regata branca cheia de furinhos e com a bandeira da Grã-bretanha na frente e um al-star preto de cano médio.
Peguei minha varinha, fiz um coque solto no cabelo e coloquei a mesma presa nele e sai do quarto. Noir e White me seguiram pelos corredores em silêncio, uma de cada lado meu.

Cheguei a sala de jantar e me sentei, estava sozinha pois ainda era muito cedo. Dois minutos depois Nani vaio até mim para saber o que eu queria.

- Milady... Acordou cedo - falou a pequena elfa doméstica. Sorri para ela.
- Nani, poderia me trazer um pouco de suco de abóbora e uns bolinhos da lua?
- Claro, Milady, Um segundo... - falou ela sorrindo e desaparecendo em seguida. Um minuto depois ela surgiu com uma bandeja tendo tudo que pedi. Com cuidado, Nani pós tudo a minha frente e fez uma reverência ao final. - Com sua licença, Milady... - falou ela e sumiu novamente.

Comi em silêncio, a todo o momento Noir e White ficaram perto de mim, depois dos sumiços de dias das duas elas finalmente resolveram tomar um pouco de vergonha na cara e voltaram para junto de mim obedientemente. Nani também trouxe para elas um pouco de ração, a preferida delas.

- Vocês estão quietas hoje... - falei assim que terminei de tomar café. - não estão brigando, não destruíram nada... Estou até estranhando.
- Resolvemos dar uma trégua... - falou Noir rastejando ao redor das minhas pernas.
- Vocês? Trégua? Porque acho que essas duas palavras não se encaixam com vocês? - falei com um sorriso ladino no rosto.
- Entendemos como se sente mestra, iremos parar com isso, começaremos a nós comportar como os familiares que somos... - Respondeu White.
- Difícil acreditar... - falei me levantando. - Irei treinar, estão livres para andar por aí se quiserem... - falei deixando a sala. Apesar do que eu disse as duas ainda me seguiram até o lado de fora do castelo.

Peguei meu casaco no Hall de entrada e sai para o frio cortante do inverno. Caminhei pelos jardins até chegar no precipício que existia ali, próximo do castelo. Quase a beira do mesmo tinha um enorme Salgueiro Chorão, aquelas árvores grandes com ramos de folhas que mais parecem cascatas, são sempre muito belas e dão uma beleza única ao lugar.
Caminhei até lá e depois de derreter a neve no chão abaixo do salgueiro, me sentei. Cruzei as pernas em borboleta e fechei os olhos acalmando a respiração.
Fortalecer o núcleo mágico nunca fora um trabalho fácil, além de fazer magia a outras formas de fortalecê-lo, meditar e forçar o núcleo a se desenvolver a partir da mente.
Era exatamente isso que estava fazendo.
Resolvi treinar no frio por ser uma ótima forma de testar a consentração, é muito difícil conseguir se concentrar e não congelar até a morte. Não demorou para que eu conseguisse relaxar, na verdade demorou sim eu só não percebi. Logo comecei a sentir o núcleo em meu interior e me pus a força-lo fracamente a se desenvolver. O núcleo era como um único ponto aquecido em meio a todo o corpo congelado, quando bem consentrada podia até mesmo vê-lo brilhar fracamente. Fiquei naquele lugar, naquela postura, meditando por um longo tempo, não que eu tivesse percebido que o tempo passara, o que me despertou para a realidade novamente fora um peteleco fraco dado em minha testa. O impacto me assustou e me fez perder a consentração. Abri os olhos devagar por conta do frio e de estar coberta de neve. meu pai estava parado a minha frente completamente agasalhado, ele sorria para mim.

A Filha De VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora