Assim que Snape fechou a porta da masmorra com uma pancada ressonante, todos imediatamente se calaram.
- Vocês irão notar - disse Snape, com sua voz baixa e desdenhosa. - que hoje temos uma convidada conosco. - ele indicou, com um gesto, um canto sombrio da masmorra, a professora Umbridge sentada, com a prancheta sobre os joelhos. Quando aquela coisa chegou ali? Pensei surpresa. Snape e Umbridge, isso não vai funcionar... - hoje vamos continuar a nossa solução para fortalecer. Vocês encontrarão suas misturas como as deixaram na última aula; se forem feitas corretamente, elas deverão ter maturado a contento durante o fim de semana... As instruções - ele acenou com a varinha -... No quadro. Podem começar.
A professora Umbridge passou a primeira meia hora da aula tomando notas em seu canto. Me mantive concentrada em minha poção e ao mesmo tempo atenta ao que poderia ser uma espetacular guerra se a Umbridge de repente decidisse confrontar o Snape. Adoraria ver como ele a colocaria em seu lugar. Pensei deixando um pequeno sorriso escapar. Depois de alguns minutos de total silêncio, vários olhares foram direcionados ao canto da sala, a Umbridge acabara de se levantar. Ela caminhou com seu andar costumeiro de cabeça erguida até o professor de poções que até então está absorto observando o caldeirão de um dos alunos da Grifinoria.
- Bom, a turma parece bastante adiantada para seu nível - disse ela, animada, para as costas de Snape - embora eu questione se é aconselhável lhes ensinar uma poção como a solução para fortalecer. Acho que o ministério preferiria que fosse retirada do programa. - ferrou. Pensei divertida. Lancei um breve olhar para Draco que logo compartilhou o mesmo sorriso que o meu, o sorriso que dizia; ela já era.
Snape se endireitou, lentamente, e se virou para encarar Umbridge.
- Agora... Há quanto tempo você está ensinando em Hogwarts? - perguntou ela, com a pena em posição sobre a prancheta.
- Catorze anos - a expressão de Snape era indefinível. Com os olhos ainda sobre o professor de poções, terminei de adicionar o último ingrediente a poção.
- Você se candidatou primeiro ao cargo de professor de defesa contra as artes das trevas, não foi? - perguntou a professora a Snape.
- Foi - respondeu ele em voz baixa.
- Mas não foi aceito? - o lábio de Snape se crispou.
- É óbvio - depois da resposta a professora Umbridge voltou a fazer mais anotações em sua prancheta.
- E você tem se candidatado regularmente àquele cargo desde que foi admitido na escola?
- Sim - respondeu Snape, quase sem mover os lábios, a voz baixa. Parecia visivelmente irritado.
- Tem alguma ideia por que Dumbledore tem se recusado consistentemente a nomeá-lo? - perguntou Umbridge.
- Sugiro que pergunte a ele - respondeu Snape friamente.
- Ah, perguntarei - disse a professora com um sorriso meigo.
- Suponho que isso seja relevante? - perguntou Snape, estreitando os olhos negros.
- Ah é, é, sim, o ministério quer ter uma compreensão abrangente dos professores... Hum... Sua vida pregressa.A professora Umbridge deu as costas ao professor, saio em direção a Pansy parkinson e começou a interrogá-la sobre as aulas. Snape direcionou seu olhar pelo grupo de estudantes da sonserina e seu olhar acabou se cruzando com o meu. Mantive minha expressão impassível e o olhar firme diante do seu. O mesmo olhar que meu pai direcionava a seus comensais. Depois de alguns segundos ele voltou a olhar atravéz da sala até parar sobre o Potter.
- Então, sem nota outra vez, Potter - disse Snape maliciosamente, esvaziando o caldeirão do Potter com um aceno da varinha - você vai me fazer um trabalho escrito sobre a composição desta poção, indicando como e por que errou, para me entregar na próxima aula, entendeu?
- Sim, senhor - respondeu ele com fúria. Snape por outro lado levava um pequeno sorriso em seus lábios.Não demorou muito até que o sinal indicando o final da aula tocasse. Arrumei minhas coisas devidamente em minha bolsa e peguei o pequeno frasco já com a poção devidamente selada dentro, deixando sobre a mesa do professor. Esse ainda se encontrava mal humorado.
Saímos todos juntos da sala, como sempre e seguimos rumo a orla da floresta proibida para mais uma aula, agora de trato de criaturas mágicas. Sinceramente, não aguentava mais ver esses Tronquilhos.
A aula se passou tranquila, hoje iríamos dividir a turma com a corvinal, o que não era de todo ruim já que os corvinos era bem espertos. A professora Grubbly-Plank pediu que como nas outras aulas os alunos se dividissem em grupos e pegassem um Tronquilho.
Entre conversas e barulhos de penas raspando sobre o pergaminho a aula logo chegara ao fim. E antes que a turma se retirasse, a professora deixará claro que nosso estudo dos Tronquilhos chegara ao fim. O que para mim foi um grande alívio.
Ao fim do costumeiro toque, seguimos para nossa próxima aula. Defesa contra as artes das trevas. Aguentar aquela velha mais uma vez. Suspirei.
Novamente nossa aula como quase todas seria dividida com a Grifinoria, o que me fez de certa forma bufar já que sempre os grifinorios acabavam transformando a aula em um debate de quem está mais correto com a professora.
Como sempre a sala estava repleta de murmurinhos entre os alunos, principalmente os da Grifinoria que não paravam de falar sobre algo que a professora teria feito com a professora de adivinhação Trelawney.
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A Filha De Voldemort
FanficFilha do lorde das trevas e de Serafin Slytherin, sua mãe morreu em seu parto e apesar de nunca ter conhecido seu pai sua avó sempre a agraciou com histórias sobre ele. Mesmo depois do lorde virar algo mais insignificante que um fantasma ele nunca d...